Foi uma aparição rara. Sempre que é visto na TV, Edir Macedo (foto) está investido no papel de “bispo primaz” e líder supremo da Igreja Universal do Reino Deus. Ontem, porém, surgiu como proprietário de um dos maiores grupos de comunicação do País - com redes de TV e de rádio, além de jornais impressos.
Sua ascensão foi rápida. Em 1977, quando decidiu fundar sua própria igreja, o então funcionário da Loteria do Rio de Janeiro nem tinha lugar para pregar. Começou num coreto, na zona norte do Rio. Meses depois, ele comprou alguns minutos por dia numa emissora de rádio - e não parou mais.
Passados 13 anos, durante os quais espalhou templos por todo o País e montou o mais eficiente sistema de cobrança de dízimos e arrecadação de contribuições já visto nas igrejas evangélicas do País, ele arrematou por US$ 45 milhões a Rede Record - então nas mãos dos empresários Silvio Santos e Machado de Carvalho.
O negócio foi feito inicialmente em nome de Odenir Laprovita, apresentado como presidente da Universal. Mas logo em seguida, quando o Ministério Público contestou a transação, dizendo que pela lei a igreja não poderia ter comprado a emissora, Macedo apresentou-se à Justiça para dizer que era o proprietário e tinha pago os US$ 45 milhões com recursos próprios.
Em 1992, o Ministério Público voltou a investir contra ele, por “delitos de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular”. Edir Macedo ficou preso por 15 dias e a Justiça até decretou o seqüestro da TV.
Dizendo-se perseguido, o “bispo” livrou-se das acusações e investiu mais na expansão da Record. Em 1995, ela já era a terceira rede do País, passando de 6 para 14 emissoras. Ao mesmo tempo, Edir Macedo adentrou o campo da política - especialmente as comissões do Congresso que tratam de concessões de emissoras de rádio e televisão. Em 2002, a Universal elegeu 22 deputados federais.
No mesmo ano o “bispo” aliou-se ao PT, na campanha pela eleição de Lula à Presidência. Foi uma guinada histórica. Em 1989, quando apoiou a candidatura de Fernando Collor a presidente, os ataques a Lula eram tão virulentos que chegou a compará-lo ao demônio.
Mesmo poderosa e em expansão - no ano passado comprou o jornal Correio do Povo, um dos mais tradicionais do Rio Grande do Sul - a Universal continuou enfrentando problemas com a Justiça. Em 2005, um de seus principais dirigentes foi preso com sete malas de dinheiro, num valor total de R$ 10 milhões, e acusado de sonegação fiscal. No ano passado, 18 de seus 22 deputados federais foram citados em escândalos de corrupção - e a bancada murchou para 7 deputados.
No meio desses problemas, a figura de Macedo sempre é preservada - reservando-se a ele o papel de líder espiritual. Daí a surpresa de ter aparecido ontem como empresário.
Sua ascensão foi rápida. Em 1977, quando decidiu fundar sua própria igreja, o então funcionário da Loteria do Rio de Janeiro nem tinha lugar para pregar. Começou num coreto, na zona norte do Rio. Meses depois, ele comprou alguns minutos por dia numa emissora de rádio - e não parou mais.
Passados 13 anos, durante os quais espalhou templos por todo o País e montou o mais eficiente sistema de cobrança de dízimos e arrecadação de contribuições já visto nas igrejas evangélicas do País, ele arrematou por US$ 45 milhões a Rede Record - então nas mãos dos empresários Silvio Santos e Machado de Carvalho.
O negócio foi feito inicialmente em nome de Odenir Laprovita, apresentado como presidente da Universal. Mas logo em seguida, quando o Ministério Público contestou a transação, dizendo que pela lei a igreja não poderia ter comprado a emissora, Macedo apresentou-se à Justiça para dizer que era o proprietário e tinha pago os US$ 45 milhões com recursos próprios.
Em 1992, o Ministério Público voltou a investir contra ele, por “delitos de charlatanismo, estelionato e lesão à crendice popular”. Edir Macedo ficou preso por 15 dias e a Justiça até decretou o seqüestro da TV.
Dizendo-se perseguido, o “bispo” livrou-se das acusações e investiu mais na expansão da Record. Em 1995, ela já era a terceira rede do País, passando de 6 para 14 emissoras. Ao mesmo tempo, Edir Macedo adentrou o campo da política - especialmente as comissões do Congresso que tratam de concessões de emissoras de rádio e televisão. Em 2002, a Universal elegeu 22 deputados federais.
No mesmo ano o “bispo” aliou-se ao PT, na campanha pela eleição de Lula à Presidência. Foi uma guinada histórica. Em 1989, quando apoiou a candidatura de Fernando Collor a presidente, os ataques a Lula eram tão virulentos que chegou a compará-lo ao demônio.
Mesmo poderosa e em expansão - no ano passado comprou o jornal Correio do Povo, um dos mais tradicionais do Rio Grande do Sul - a Universal continuou enfrentando problemas com a Justiça. Em 2005, um de seus principais dirigentes foi preso com sete malas de dinheiro, num valor total de R$ 10 milhões, e acusado de sonegação fiscal. No ano passado, 18 de seus 22 deputados federais foram citados em escândalos de corrupção - e a bancada murchou para 7 deputados.
No meio desses problemas, a figura de Macedo sempre é preservada - reservando-se a ele o papel de líder espiritual. Daí a surpresa de ter aparecido ontem como empresário.
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