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Universidade da Bahia discrimina estudante branco

Veja só: a ficha de inscrição do vestibular da UFBA (Universidade Federal da Bahia), quanto à etnia do candidato, tem as opções: ‘preto’, ‘pardo’, ‘índio descendente’, ‘aldeado’ (índio que vive em aldeias) e quilombola.

Não tem ‘branco’.

Isso é preconceito ou ‘preconceito às avessas’, como se diz.

O estudante branco tem de assinalar ‘outras’ [etnias]. A informação saiu n’O Globo.

Maerbal Marinho, pró-reitor de Ensino de Graduação da universidade, nega que haja discriminação a estudante branco e diz que a ficha de inscrição só listou as etnias beneficiadas pela reserva de vagas.

Mas o vestibular não se destina somente a quem tem direito a essa reserva, mas a todos, o que obviamente inclui os brancos, não é mesmo?

imageO frei David Santos (foto), fundador de uma rede de cursos pré-vestibulares para negros e pobres, comentou que, com a omissão, o candidato branco vai ter a experiência da exclusão, como os pretos e pardos.

Como se percebe, o frei é um fomentador de ódio entre as etnias e classes sociais. Sou branco e não preciso me submeter a formulários como este da Universidade da Bahia para ter consciência da gravidade do preconceito aos negros.

Ao menos o frei admite que a universidade errou ao omitir a etnia branca na inscrição do vestibular.

Apesar do preconceito, negros e pardos têm -- claro! -- condições de ingressarem na universidade com seus próprios méritos, sem nenhum favor, o qual deveria ser considerado uma ofensa. 

Se é para existir cotas, que elas sejam instituídas para os pobres (entre os quais os negros e pardos são maioria), mas em larga escala, de modo que, na prática, se corrija um pouco a histórica concentração de rendas no Brasil.

O ideal mesmo, para que haja uma justa distribuição das riquezas do país, seria investir mais, muito mais em educação, saúde, saneamento básico etc.

O sistema de cotas das universidades é ridículo: passa a impressão que de que finalmente está se fazendo justiça para os negros. Não está, não. Porque os beneficiados são uns poucos.

É preciso cuidar dos pobres -- e eles são de todas as cores.

> Nascem gêmeos negro e branco. E agora defensores de cota?
julho de 2008

> Mudança genética faz casal de negros ter filho loiro.
maio de 2011

Casos de racismo.

Comentários

Anônimo disse…
Ao invés de melhorar, piora. Lamentável mesmo.
Abraços
Unknown disse…
Poucas vezes li matérias tão inteligentes. Estou cansada de ser taxada de preconceituosa porque sou contra as cotas e o que aqui está escrito reflete com clareza a minha opinião.
parabéns pela brilhante colocação
João disse…
Paulo,

As cotas sejam elas com que intenções tenham,tem as suas limitações muito questionáveis de eficácia,mas como são defendidas com empenho por uns,elas estão aí para tentar mudar o mundo.

Acho que talvez falte estudos sobre os resultados das cotas,se elas tem mesmo efeito real,ou se é só uma aparente intenção politicamente correcta.

Abraço amigo,
joao
Anônimo disse…
Sinceramente seria interessante para quem é negro e já sofreu algum tipo de preconceito ver um branco passar por tal situação. Mas acredito que não se fará justiça aos negros fazendo separação.Ué!Os negros não querem direito de igualdade? Ou querem exclusividade?"As cotas só servem para provar que o negro não tem capacidade se igualar a um branco".Sou índia descendente e não me orgulharia de entrar na faculdade porcausa da minha raça.
Tereza disse…
OLá Paulo,
Interessante esse jogo das identidades, não?
E o pobre branco(se é que temos brancos no Brasil!)? Não tem direito de ingressar em uma Universidade Federal ?

É por aí que as coisas vão....
Paulo Lopes disse…
Pois é, Tereza: o branco pobre, além de ter de disputar com o branco rico, concorre agora a um menor número de vagas nas universidades federais por causa do sistema de cotas. Mas que ninguém ouse defender o branco pobre, porque pode ser acusado de racista. Abs.
bap disse…
realmente um absurdo...
é claro que o preconceito existe, mas tentar combatê-lo com mais preonceito é bobagem...
no máximo gerará mais revolta e, obviamente, discriminação.
Anônimo disse…
COMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEDIAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ESSE É MALUCO MESMO,HAHAHAHAHAHAHAHAH
Lucas Conrado disse…
Pois é...
realmente, essa história de cotas é o governo dizendo "aí negro, você não tem capacidade de entrar na universidade sozinho. Então vou te dar uma ajuda!"
É um preconceito disfarçado...

E aquela história de REUNI, é outro engano do governo quanto às universidades...
É um problema atrás do outro
Anônimo disse…
Caro Paulo,

Seu texto já tem um tempinho mas fico muito feliz sempre que leio textos inteligentes sobre o tema.

Sou RADICALMENTE contra as cotas e estou mais cansado ainda dos cyber-ativistas tiranos que as defendem e infundem uma reação de bullying contra quem diz o contrário. Acho que está mais que provado que o Brasil é CONTRA as cotas.

Toda vez que eu trato de explicar um sistema de cotas a um estrangeiro - e não precisa ser de muito longe não, argentinos por exemplo, país quebrado! - nem eles entendem. Rapidamente devolvem que é mais segregação, todo mundo com 2 neurônios sabe disso.

Mas nosso país adoooooora tapar o sol com a peneira mesmo. E há uma "classe" de "líderes" negros que tá ganhando muito, MAS MUITO DINHEIRO dizendo-se os porta-vozes dos negros necessitados.

Faça uma conta matemática. As cotas são uma mentira e explico o motivo: se entre 60 vagas, digamos, 5 serão destinadas, não a negros, mas àqueles que SE DECLARAREM negros, e digamos que a maioria da população brasileira tente a pardo/negro/negão, as cotas na verdade RESTRINGEM o acesso à universidade. Entendeu?

Eu não entendo como ninguém ATÉ HOJE percebeu isso! Acredito que quem inventou o sistema realmente teve boa intenção, mas de boa intenção o inferno está cheio. Parece ter se esquecido, APENAS e nada mais nada menos de algo chamado matemática!

É um absurdo. Ser contra as cotas é ser mais a favor de quem se acha negro e não o contrário, como estes cyber-terroristas e ativistas raciais tentam plantar no Brasil (Negro que, pra mim tb o Brasil não tem - negro é africano, é outra cor, outra pele, tudo diferente! Eu reconheço negro brasileiro em qq lugar, pq eles são bem mais claros e a maioria dos que se dizem negros têm estrutura de corpo de branco... tudo mestiço!)

Espero ler mais dos seus textos geniais.

Abs

Raí
Anônimo disse…
Paulo
O sistema de cotas são ações afirmativas, têm como característica a provisoriedade, caso contrário seriam a perpetuação do estado de coisas que o próprio sistema combate.
No Brasil, cotas significam punição.Para os cotistas e para os supostos estupradores dos direitos das minorias. Por que digo isso? Basta observar o frei se justificando a respeito da não inclusão da cor branca na ficha de inscrição. São estas pessoas que administram o sistema.Querem fazer o outro, o branco, o hetero, sentir na pele!Quem são essas pessoas que agora podem legislar direito penal?? Quem deu a essas pessoas o direito de punir, que é exclusividade do Estado??
Vê-se esta brutal distorção de valores, de finalidade no sistema de cotas. A consequência é esta que estamos assistindo: batalha de cor e sexo.Conseguiram avivar em nós aquilo que estávamos tentando combater ,que é justamente a discriminação racial e sexual.
Oa mais atingidos são os próprios cotistas, que se vêem obrigados a justificarem o tempo todo esse "privilégio", à falta de palavra mais adequada.
O sistema de cotas deveria,esta é sua função, diminuar a desigualdade, provisoriamente,enquanto o governo se prepara adequadamente, para dar aos jovens, o exercício pleno de sua cidadania, aqui não só o direito de voto,mas de participação efetiva e igualitária na sociedade.E isso significa projetar escolas com a estrutura de uma escola particular,com professores qualificados e material de primeira. Isto custa quase exatamente o que a escola pública gasta.Mas o que faz o governo? Publica livros ensinando os mais humildes a andar por baixo, a se desqualificarem para o mundo real.Mata os professores de fome com salários miseráveis.
Qual é a saída? Responsabilizar toda a sociedade e se justificar com cotas, muito mais barato e menos trabalhoso.
Nunca, nesta situação, um menino pobre, branco ou negro, terá oportunidade de ser reconhecido pelo mérito, porque não pôde andar pelas próprias pernas. O estado lhe retirou esse direito, sob o pretexto de igualá-lo aos outros.
As pessoas não entenderam ainda que seu direito não é de ter cotas, mas de ter oportunidade para competir.Eu posso ser cotista, sendo loira de olhos verdes porque meu pai é negro?Veja que absurdo.Ou terão que me dizer que ele é um negro que desprezou a raça ao casar com uma italiana e, por isso, é menos negro que os outros? Qual é a finalidade da cota? Servir à cores ou opção sexual, ou permitir às pessoas que elas dêem um passo a frente até que o governo permita que elas sejam cidadãs?
Qual a finalidade de cotas para negros e homossexuais? Eu preciso entender porque eu só os vejo como detentores dos mesmos direitos meus, que estão na Constituição. Não consigo entender o que eu pediria, qual argumento eu deveria usar para dizer: eu quero isso porque sou negro, é um direito de negro.Quando eu exijo um direito, exijo direito de cidadão!Eu quero escola decente porque eu sou cidadã, não porque sou descendente de negro. Eu quero respeito porque sou cidadã, não porque sou homossexual. Não me matem porque sou gay, não me matem porque eu tenho o direito de permanecer viva!Eu quero poder me unir a uma outra mulher, não porque sou gay, mas porque está escrito na Constituição que somos iguais em direitos e obrigações.
Enfim, Paulo,enquanto não me mostrarem, efetivamente, qual é o direito oculto, eu permaneço firme na ideia de que cotas são para o governo, a expressão de sua irresponsabilidade e incapacidade; para seus administradores, são punição e para quem delas se utiliza, apenas uma comodidade ( em alguns casos) e uma necessidade, para a maioria que não brigou pelos seus direitos antes de precisar delas.
Ju
P.S. Aguardo as pauladas hehehe!
Abraços
Anônimo disse…
Ao prezado comentarista acima, os parabéns. A verdadeira política afirmativa é a de cidadão. Não quero ser respeitada por ser mulher, mas por ser cidadã. Tampouco quero nenhuma avaliação acadêmica por ser pobre, uma vez que compro todos os livros, nunca uso Xerox, e esforço-me por obter a excelência como aluna, habitualmente, também sendo pobre. É uma questão de opção e prioridades. Enquanto minhas colegas compram carro, eu viajo à Europa pra tomar um banho de civilização e história. Elas gastam mais com sapatos, bolsas, perfumes, hidratantes caros, eu uso os genéricos, ou os similares, e invisto em internet, TV a cabo, congressos nacionais e internacionais. E mesmo assim enfrento preconceitos, por não possuir os ornamentos exteriores do poder, muito apreciados pelos acadêmicos, os mesmos que dizem hipocritamente não valorizarem tais coisas, por isso gosto tanto do Pondé. Ele pelo menos é sincero. Nunca quis ser tratada como coitadinha, porque (me perdoe o autoelogio) minha mãe ensinou-me “pobre e bonita, se não quiser ser puta, seja inteligente”. Meu pai não deixava a gente assistir televisão, então eu me refugiei nos livros. Abençoada fuga.
Anônimo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.

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