Dinheiro do dízimo tem atraído cada vez mais bandidos |
Se o assalto tivesse sido em uma pequena agência bancária não teria sido tão rendoso e os riscos de um possível confronto com policiais militares seriam infinitamente maiores.
Não há nenhuma estatística sobre assaltos a igrejas evangélicas, mas ao se observar o noticiário é possível concluir que elas – principalmente as pentecostais e neopentecostais – começam a figurar nas listas dos alvos preferenciais dos bandidos. Tanto que um dos objetivos de a Igreja Universal estar adotando o recebimento eletrônico do dízimo, por intermédio do cartão de crédito, seria livra-se da cobiça dos marginais.
Cerca de um mês antes do assalto aos transportadores de dízimo da Universal, no dia 12 de outubro, dois bandidos tinham sido mais ousados, ainda que não tenham ‘faturado’ tanto. Eles invadiram o culto da igreja Presbiteriana Independente, em Brasília, e fizeram um rapa nos fiéis: levaram dinheiro, celulares, relógio. Usaram a toalha do púlpito para carregar o roubo.
A ousadia dos bandidos fez com que o presidente do Conselho dos Pastores de Brasília, Josimar Francisco da Silva, cobrasse das autoridades mais segurança.
Ele admitiu que são freqüentes os roubos aos templos, principalmente à noite, quando marginais arrombam portas e janelas para pegar aparelhos de som e o que mais estiver disponível. Mas arrastão em pleno culto, disse, tinha sido a primeira vez.
Para não expor os fiéis ao perigo, Silva informou que alguns templos estão encerrando os cultos noturnos mais cedo.
No Estado do Rio, a igreja Evangélica Congregacional do Parque Modelo, em Niterói, foi assaltada várias vezes. A igreja recorreu à Justiça e o Estado foi condenado a lhe indenizar em R$ 7 mil.
Na falta de estatística, resta o Google, que, só em 2008 e 2007, registra dezenas de assaltos a igrejas evangélicas e a pastores em diferentes regiões do país, como em Coxim (MS), Santos (SP), Taubaté (SP), Birigüi (SP), Limeira (SP), Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Uberaba (MG), Londrina (PR) e Serraria (PB).
Ainda que tenha isenção fiscal (e não só no Brasil), a contabilidade das igrejas (evangélicas e católicas) não tem nenhuma transparência, e, por isso, não se sabe do montante dessa arrecadação. Mas é certo que esteja na casa dos milhões.
Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) revela que, embora sejam 12,5% da população, os evangélicos pentecostais pagam 44% do total do dízimo.
Sendo assim, até que demorou para que os marginais considerassem as igrejas evangélicas como ‘fonte de renda’.
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Evangélicos pentecostais pagam mais dízimo
maio de 2007
Comentários
fodam se esses malditos...
Acho errado haver menos seguranças para as igrejas, nestes casos deveriam ser tratadas como bancos, possivelmente são melhores na arrecadação de fundos do que os próprios bancos.
Pensei que eu seria o primeiro a comentar coisa do tipo, mas a galera passou na minha frente...
Pra esse tipo de coisa eu só tenho uma frase, um dito popular: LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO TEM 100 ANOS DE PERDÃO.
"Se o assalto tivesse sido em uma pequena agência bancária não teria sido tão rendoso".
É impressionante. É por essas e outras que digo mesmo: essas igrejas constituem-se, hoje, no melhor negócio que alguém pode abrir ou financiar.
Deus e Jesus: iscas.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u70421.shtml
kkkkk
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cadê jesus nessa horas pra fazer a segurança do caixa...
kkkkkk
ladrao q rouba ladrao tem 100 anos de perdão
Primeiro a generalização.
Em segundo lugar e como razão desta postura, percebemos uma falta de informação demonstrando que a sociedade, em geral, forma conceitos (na verdade, pré-conceitos) e posicionamentos levada por "notícias" de fontes tendenciosas e pela tão criticada, mas, ao mesmo tempo, tão creditada rede globo. Não falo do artigo em destaque, mas das afirmações preconceituosas e infundadas, veiculadas pela mídia e que, ainda, generalizam intencionalmente. Diga-se, de passagem, que o autor do artigo não parece ter acesso ao valor roubado, mas afirma ter sido mais lucrativo que um assalto a banco. Generalização e pura ignorância em relação às estatísticas acerca da média de número de fiéis por congregação e seu recurso financeiro.
Em terceiro lugar, ao juntarmos todas estas coisas, percebemos uma preocupante ausência de coerência para julgar e discernir os verdadeiros enganadores daqueles religiosos sérios.
Em quarto lugar, os comentários, em sua maioria, parecem estar envoltos por algum sentimento de raiva e forte tendência para a violência - ou para a justificação da mesma. O erro justificado pelo erro. É a justificação da estúpida destruição do outro por causa de discordâncias de idéias. Justificar a violência e/ou manifestar o desejo da mesma em relação à outra pessoa não é coerência e humanidade, ainda que o outro esteja sendo incoerente. Não devemos esquecer que, neste caso, não estamos apenas incitando a violência contra o outro, mas, também, municiando qualquer um que discorde de nossas idéias, a que use da mesma violência contra nós. E o caminho da barbárie.
Em quinto lugar, sejamos críticos com inteligência. Sejamos críticos com justiça.
Em sexto lugar, discordar, criticar é um direito do cidadão. Discordâncias de idéias são comuns e podem ser sadias. Por isso, se vamos ter um embate de idéias que seja este maduro, civilizado e não entre pela via dos sentimentos enraivecidos, com sinais de agressividade e atitudes insanas.
Em sétimo lugar, não acredito na ingenuidade generalizada de pessoas. Também não acredito na malignidade generalizada nas intenções. Ora, certamente existe gente mal intencionada. Mas alimentadas pessoas iludidas por suas próprias cobiças. Este mal que leva pessoas aos bingos, jogos viciantes, pirâmides financeiras, promessas religiosas, dentre outros; todas interessadas em promessas cujas chances são quase nulas. Mas continuam lá; movidas por um interesse incontrolável de ganhar dinheiro fácil. Presas fáceis de empresários e outros cujo interesse é arrancar seus bens.
Finalmente, as reações de cada um de nós, quando somos contrariados, mostram nosso interior e nosso estado de personalidade e de maturidade emocional. Posturas, como algumas que li aqui, mostram dificuldade de relacionar-se com equilíbrio e coerência em situações conflitantes da vida. O debate de idéias é comum nas relações e sadio. Contudo, a raiva não traz crescimento. Ela indica personalidades movidas por algumas emoções ocultas violentas e que precisam ser superadas para que possam enfrentar, de forma madura, os conflitos de idéias comuns nas relações.
Tem muita coisa que discordo. Absurdos. Contudo, dentre tantas coisas, entendo também que as pessoas são livres para pensarem, crerem e dizerem o que quiserem – respeitados os direitos garantidos por lei. Este deve ser um bem universal. E eu não tenho que me ofender por isso ou me indignar a ponto de desejar a desgraça delas em virtude de nossas discordâncias de crenças e idéias. O que posso e me sinto responsável é contribuir, de forma coerente e sem emoções primitivas, emitindo argumentos que visam oferecer suporte que auxilie na decisão em favor de idéias coerentes e não por sentimentos nocivos às relações humanas saudáveis e sublime.
Discorde, se preciso for com veemência. Mas sem ultrapassar esta linha.
Desejo a paz e o bem para todos.
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