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'Otimismo, principalmente hoje em dia, é um desvio de caráter'

Titulo original: Ancestralidade

por Luiz Felipe Pondé para a Folha

Um homem deve reconhecer seus ancestrais. Existem várias formas de ancestralidade. Nossos autores prediletos são nossos patriarcas.

O primeiro texto que me marcou foi a Bíblia. Abraão e sua solidão diante de um Deus que armou sua tenda no deserto me deram um senso estético que nunca perdi. Seus profetas, num combate contínuo contra a estupidez do povo, fizeram de mim um cético com relação às virtudes populares.

Na medicina, Freud foi um encontro definitivo: o homem é um barco à deriva num mar de pulsões autodestrutivas. Vive como pode num mundo onde sua felicidade não parece fazer parte dos planos do Criador.

O Deus do ateu Freud é arrasador. Um judeu ateu é sempre um drama maior do que qualquer ateu, porque se assemelha à agonia de um vulcão.

Já na filosofia, o viés trágico se impôs com a descoberta de Nietzsche e sua filosofia do martelo, cujo desprezo mortal pela covardia e pelo ressentimento se tornou em mim uma segunda natureza. Sua política, uma espécie de anarquismo aristocrático, é sempre perigosa para os amantes dos rebanhos.

O ceticismo dos gregos, de Montaigne e de David Hume abalou para sempre minha capacidade de fé na razão, não em Deus, como pensa a vã filosofia.

Nunca acreditei muito no ser humano: considero o otimismo, principalmente hoje em dia, um desvio de caráter. Santo Agostinho e Pascal, cristãos pessimistas, me ensinaram que o cristianismo é uma história do homem combatendo ingloriamente (e cotidianamente) sua natureza afogada no mais sofisticado orgulho e na mais profunda inveja (de Deus). Quando me perguntam qualquer coisa sobre o ser humano, antes de tudo, penso como um medieval: os sete pecados capitais estão quase sempre certos. Somos pó que fecha os olhos diante do vento.

Dostoiévski é sempre essencial. Para mim, uma de suas descobertas capitais é que, ao contrário do que diz nossa miserável ciência da autoestima, apenas quando encaramos o mal (a "sombra" de uma espécie abandonada ao próprio azar) em nós é que recuperamos a vontade de viver. Só esmagando o orgulho com a humildade de quem se sabe insignificante é que vale a pena apostar no dia a dia.

Entre Nietzsche e Dostoiévski, aprendi que o niilismo, "esse incômodo convidado para o jantar", veio pra ficar e é apenas diante dele que vale a pena exercer a filosofia.

E o judeu Rosenzweig? Definitivo para quem pressente que a metafísica nada mais é do que pensamento mágico a serviço do medo da morte. E que não é a esperança mágica que deve nos guiar, mas a percepção de si mesmo como milagre em meio ao pó que em nós estremece. Rosenzweig pensa como o homem bíblico.

Quando "decidi" que a academia era pequena sem a mídia, os "jornalistas filósofos" passaram a marcar meu horizonte profissional. Otto Maria Carpeaux descreveu a imagem máxima da relação entre espírito e corpo: quando o primeiro se levanta, o segundo se põe de joelhos.

Nelson Rodrigues, que estava certo em tudo que falava, escrevendo uma obra entre Santo Agostinho, Dostoiévski e Freud, iluminou um fato consumado: se o mineiro for solidário apenas no câncer, então tudo é permitido.

Paulo Francis, uma eterna falta entre nós, percebeu que o medo e a mentira pautariam a vida intelectual futura e que o "bem político" seria a nova face da estupidez do pensamento público.

E finalmente a praga da "fé política". Contra essa, Edmund Burke e Tocqueville são bálsamos essenciais. 

Tocqueville, principal referência para entendermos a democracia, nos alertou para a natural vocação que esta tem para uma nova forma de tirania, a tirania da maioria. Antes de tudo, a democracia fez os "idiotas" (expressão rodriguiana) descobrirem que são maioria.

Burke nos lembrou, contra os que "amam a moda", que a sociedade é uma comunidade moral de almas, que reúne os mortos, os vivos e os que ainda não nasceram. Para Burke, é apenas neste arco de ancestralidade que o homem se faz homem, contra a banalidade do presente que nos assola.

Enfim, quem conhece sua ancestralidade, mesmo quando caminhando no vale das sombras, nunca está só. 

> As pessoas só valem pelo que servem para as outras.
setembro de 2010


Comentários

Anônimo disse…
Tiranias.

E, além da tirania da maioria, o nosso tempo nos oferece essa droga da tirania das minorias; os pequenos tiranos do politicamente correto que pretendem, com a sua presunção e a sua chatice, nos impor como pensar, que fazer, de que modo olhar o mundo.
Pondé é um alívio, pois nos faz pensar e entender um pouco essa confusão toda que nos cerca. Obrigado.

João Weiss
Anônimo disse…
Cacetada. To pra ver alguém mais chato que esse tal pondé. Aposto que eu vomitaria após 2 minutos de conversa frente a frente com ele.
Anônimo disse…
Cáspite! Pondé arrasou de novo! Bravo, paladino resistente contra a avalanche da besteira desencabulada, como dizia meu avô, da ignorância enfatuada...Só Pondé detectou e soube responder de modo magistral, à inquietação que nos consumia, acerca dessa paranóia coletiva de julgarmo-nos todos, baseados em nomes, meras convenções, e falácias do politicamente correto ou incorreto. Que coisa insuportável é você levantar na hora que o sistema quer, comer o que a doutrinação coletiva prescreve, ligar a televisão e ver aquela loura chata com o papagaio idiota lendo mensagens de auto-ajuda...Quanta imbecilidade propagandeada, alardeada aos quatro ventos pela mídia prostituída, confessional, parcial e escandalosa! Qual a relevância do fanático show da vila mostrar o barraqueirinho futebolesco pseudoevangélico viciado em surubas, se desculpar perante a nação para responder à sabatina da poeta...Todo leigo, todo amador é agora um especialista, um prático, um rábula, um didata um orientador, um conselheiro , e até analista! Ou seja, além da burrificação universal, temos de amargar a arrogância da opinião iletrada com ares de douta ignorância, a qual confunde a liberdade de opinar, com o DEVER DE ENSINAR, o que evidentemente, não sabe.
Evoé, viva para sempre, sábio Pondé!
Anônimo disse…
Noffa! Mais um pouco e essa tiete se rasga virtualmente...
Ricardo disse…
Os textos de Pondé já criaram uma seita na internet. É um tal de "gênio" pra cá, "sábio" pra lá. E ai de quem discordar de algo dito por Sua Santidade!
Agora, "bravo, paladino resistente contra a avalanche da besteira desencabulada"? Sério?
Menos gente, menos...
Anônimo disse…
É fato, que de tempos em tempos, o Pondé efetivamente publica textos impecáveis. Esta com certeza não foi a primeira e esperamos que não seja a última mensagem brilhante desse pensador. Como dizia Enrico Malatesta: "Quem não se põe a caminho, segue o caminho pelos outros definido". Transpondo para os termos de Pondé: Quem não reconhece as origens de seu pensamento; se perde nas bobagens cotidianas da miséria humana. O problema é que nem sempre é fácil separar a bagunça e o barulho da sinfonia de mensagens claras e coerentes; em especial no que se refere ao Pondé,confesso que esta tarefa se torna a cada dia mais díficil... mas talvez, o objetivo seja justamente este, pois nas palavras de Kierkegaard, a modernidade tem uma espécie de fetiche em facilitar as coisas, está na hora de novamente torná-las difíceis.
Ricardo disse…
Texto de Luiz Felipe Pondé publicado em 12/01/2009, intitulado "Dez teses sobre o ódio":

O link da Folha é só para assinantes, mas tem uma cópia fiel neste endereço:

http://www.luizberto.com/?p=18735&cpage=1#comment-60315

Na nona "tese" há este trecho:
"Rompe-se aqui a falácia judaica moderna por excelência porque não há judaísmo "cultural", só religioso."

No texto transcrito aqui ele fala da agonia do "judeu ateu", e cita Freud como exemplo.

Levando-se em conta o texto de 12/01/09, me parece um tanto contraditório o conceito de "judeu ateu", exposto no texto de 18/10/10. O que será que o Sr. Pondé quis dizer?
Anônimo disse…
Bravo, Pondé! Conseguis confirmar vossas tiradas impagáveis em cada cascata do besteirol judiciário e fiscalizador! Acossais a um só golpe os distiladores da inveja, os ressentidos e os ofendidos, com os presumidos sábios, pomposos, e não autorizados, nem solicitados, críticos e conselheiros...Ha, ha, ha, ha, ha...sórrindo. Dizia um professor meu, da minha terceira séria primária, porque eu não terminei nem o quarto ano, pois tinha de ajudar meu pai na padaria; aplicai Hegel a Hegel, Kant a Kant, e aprendereis o discurso irrefutável. A contradição performática do discurso é capaz de -pela retorsão argumentativa-, refutar qualquer argumento...Começemos pelo eterno e mazelento depressivo, que chafurda na autopiedade em cada crítica venenosa, espécie de refluxo do ácido da sua própria verve - graças a Deus!- autodestrutiva: nada ele concorda, mas , com que voláteis argumentos? Ponto para pondé. É a demonstração empírica de que a besteira desencabulou, que a plebe inculta, ignara e iletrada se arvora em doutora, ressentindo-se, é óbvio, quando o filósofo alegar ser PHD, pois é uma "carteirada"...Ha,ha,ha,ha, alegria de pobre dura pouco...Sinto que hoje vou ter raiva!
Após, intervêm o crítico não solicitado, pomposo, cheio de embáfia, pra alfinetar a tiete com sua bazófia...Pondé faz comentários impagáveis, mas é dificil garimpar alguma coisa que preste nesses comentários que o elogiam...Se eu não tivesse lido na alfabetização a cartilha de Karen Horney, e não soubesse que isso é apenas o velho...NÃO BASTA VENCER , É PRECISO TRIUNFAR.ha,ha,ha,ha,hasórrindo.
Anônimo disse…
Não é embáfia, é empáfia, sua ingnorante.
Anônimo disse…
Ah, gente, menos. Não acho o Poné tão sábio assim. Tambem é complicado, neh? Ele faz muitas afirmações...Temos que ter cuidado com as afirmações. O que você quis dizer com ...e aqui na página tantos e não sei quanto você afirma que taratarataratara-tatá, então você é algoISTA, ou AQUILOISTA? Olha, não é pegadinha, não viu? Mas eu vejo que você deixou um vazio metodológico aqui, uma fratura no seu texto, é algo epistemológico...Quanto essa boa gente teria feito na Academia, nas bancas de mestrado e doutorado...Cascavilham fraturas nos textos, rupturas epistemológicas, e encontram-nas com precisão e rigor metodológicos...Só que não remunerados, anônimos, poderiam estar ganhando dinheiro com isso. Como a mania não solicitada de ensinar e ajudar já pegou mesmo, vou orientar: primeiro você desenvolve um tema...POR EXEMPLO, OS TEXTOS DE PONÉ. Aí você desenvolve o problema, que é a pergunta que você vai lançar a Poné. E aí você convida aqueles que vão te encher de sorrisos e agradecimentos no começo da crítica à sua tese e depois vão te destruir. Você , obedientemente, docilmente, olha pra eles escondendo todo esse ódio que você está sentindo, e apenas faz meneios com a cabeça e sorri. Pode mentalizar, você é uma árvore, eu não estou vendo você, nunca mais você vai me ver sua filha d.p..., e vai anotando, pra fazer as correções. No final eles se levantam , te aplaudem e você recebe o grau. Tenha medo não, vá, e deixe de ser só o nome. Cê precisa do título. E aí você vai dar uma CARTEIRADA em Poné. Boa sorte!
Anônimo disse…
NÃO ESQUEÇA DO BODE

Ah, ia esquecendo, toda macumba tem que ter um bode, então não esqueça de colocar um bode no trabalho. O bode, na linguagem acadêmica, é um erro crasso, uma gritante falha ortográfica, ou bárbara omissão gramatical, um atentado ao léxico, qualquer coisa que possa receber um nome (essa boa gente, como você, adora e acredita em nomes) de BARBARISMO, erro bárbaro (bárbaro e crasso são nomes do dialeto deles, como você tem os seus). Daí eles vão perder tempo criticando o bode, e esquecem de encontrar coisas mais chatas e complicadas de consertar. Como você não sai de lá limpinho mesmo, tem sempre ressalvas, compromissos de refazer posteriormente etc., é melhor corrigir um erro BÁRBARO que essas imprecisões transcendentais e metafísicas das interpretaçoes.
boa sorte.
Anônimo disse…
Quando Poné se referiu aos dois termos judeu-ateu, não há contradição como o mestrando em poneologia avalia.

Segundo o pensamento do mestrando em poneologia, a primeira citação: não há judaísmo cultural, mas religioso,

e a segunda citação:judeu ateu,

são contraditórias

então eu quero dizer aqui, mestrando em poneologia, que Poné refere-se a judeu, como o senso comum apreende, como povo, nação, etnia, não como culturalidade. O que Poné quis dizer, mestrando em poneologia, é para um judeu, cuja etnia é baseada numa suposta eleição divina, e cuja nacionalidade é fundamentalismo religioso (não cultural), SER ATEU é capaz de deixar o sujeito perplexo, mas não deslocado. Vide o sentimento ateu comum partilhado hoje pela população média de Israel, onde os religosos fundamentalistas são rechaçados. Sugiro, - só a guisa de comentário -, que você leia A Questão Judaica, do judeu Karl Marx. Você vai adorar.
Volte pra casa, refaça a tese , mas parabéns, você agora é mestre.
Ricardo disse…
Anônimo das 13:23

Hegel e Kant na terceira série primária? Sério? E tudo isso pra você escrever "sórrindo", "embáfia", "distaladores"?
Sem mencionar os "conseguis", "acossais" e "vossas". Quanto ao seu argumento, bem... sei lá o que você quis dizer. Você escreve igual ao Augustinho Carrara (da Grande Família) falando.
E que conversa é essa de "crítico não solicitado"?. Este espaço existe justamente para comentar os textos de Luiz Felipe Pondé, seja elogiando, argumentando ou metendo o pau mesmo.
Que o Sr. Paulo Roberto Lopes (dono do blog) me corrija, por favor, se eu estiver errado.
Anônimo disse…
Oh, como é ingênua a parvoíce, além da intrusão judiciária, incompleta pois carece da sentença penitenciária, restando-nos o inautorizado e insolicitado veredicto; temos agora a correção gramatical inadvertida, não menos intrusa e , diga-se de passagem sem nenhuma elegância, quanto autoridade, pois não provêm da gramática, menos da estilística, mas da neurose. Além do ..."não basta vencer, é necessário triunfar", como dizia Karen Horney, observa-se o "não basta que eu esteja correto, é fundamental que o outro esteja errado"...é complicado professor, porque depressão tem controle, estabilidade, sei lá o que , mas neurose...
Anônimo disse…
Sugiro que refaça a tese, pois na apresentação você elencou algumas críticas infundadas, e não apresentou os devidos argumentos - exceto o argumento AD HOMINEM-, no qual sempre se sai muito bem, atacando pessoalmente o oponente. Sugiro que leia as 48 maneiras de vencer um debate sem ter razão, de shoppenhauer. Mas com as correções, e voltando pra casa pra refletir melhor, sua nota vai ser 6,5 e você está aprovado. Agora é doutor. Ah, não esqueça do bode.
Anônimo disse…
não é shoppenhauer, ignoranti, é Schoppenhauer, Arthur Schoppenhauer, escreve ingual o augustinho carrara, falando...mas komo dis a anapraga, acreditando, se consegue. não deixe de fazé o mínimu por que não consege faze o massimo.
Ricardo disse…
Ilustríssimo(a) Sr.(a) Anônimo(a)da banca examinadora,

Segundo minha avaliação, ainda continua a existir uma contradição.
Pois se a pessoa se considera judia (no sentido extritamente religioso) não pode ser ateia.
Ao dizer "judeu ateu" Pondé, ao que me parece, quis se referir ao judaísmo enquando identidade cultural, com toda a carga que isto traz ao indivídio, vide o título do texto.
É perfeitamente possível (pelo menos no mundo Ocidental)existir uma "cultura" judaica, cristã, mulçulmana, hindu ou qualquer outra, onde há pessoas que não acreditam, necessariamente, em tudo o que o contexto religioso dessas culturas prega.
Quando o(a) Ilmo(a) se refere ao "judeu Karl Marx", por exemplo. A qual "judaísmo" quis se referir? Pois, que eu saiba, Marx era um ateu confesso.


Espero que minha tese não tenha ficado confusa demais.
Anônimo disse…
Meu Prezado Senhor Doutor do Judaísmo.

O seu trabalho está muito bem escrito, e eu fico realmente muito agradecido por o senhor ter me convidado pra o exame da sua dissertação, e compor a banca examinadora. É uma oportunidade maravilhosa que eu tenho de deslocar-me de avião, do rio grande do sul, onde eu moro, até o nordeste, onde o senhor vive, tudo pago com o dinheiro da capes, cnpq, etc. O seu texto está muito preciso, muito coeso, muito bem sistematizado (vá aprendendo esses termos), e eu percebo algumas inferências(outro) que o senhor faz, por exemplo: o senhor distingue judaísmo como religião, etnia e cultura. Vamos por partes: a religião judaica não é o que faz a etnia judaica e sim o sangue (geralmente AB), e compõe-se majoritariamente dos ASKENAZIM, e dos SHEPARDS. Quando o autor Poné faz a critica...não existe judaísmo cultural mas religioso, é porque o alarde, a propaganda, o embuste que usa os estados unidos como polícia para manter expasionismos territorialistas impróprios, o faz em nome da religião, nada mais lógico porque o livro xiita é o que fundamenta ambos...judaísmo e império protestante yankee. Setores da direita imperialista como os mórmons, os batistas, são aliados dessa concepção fundamentalista de que a terra toda pertence a Israel...não são eles os eleitos, os escolhidos de Deus, dos quais nasceu Seu Filho? Então, não há cultura judaica, não há filosofia judaica, não há direito judaico, musica judaica, mas religião judaica. A citação do senhor Poné está correta (aprenda a separar o que a pessoa diz daquilo que se atribui à pessoa, como se esta fosse ou não correta). Quando cita o judeu-ateu Freud, ele se refere ao judaísmo étnico de freud, não ao religioso, uma vez que freud é ateu, o mesmo vale para Karl Marx , ok? Como o senhor está concluindo o doutorado agora, eu o envio de volta pra casa, faça as correções adequadas, e lembre-se: Um ateu pode ser judeu e vice e versa, não nos referimos a religião mas a etnia. Por isso os habitantes do Estado de Israel, em sua maioria ateus, não gostam mais do termo judeu (usado para o significado religioso) e sim israelitas. Aprovado, com nota 6,8, mas com ressalvas para correções.
Anônimo disse…
Não é israelitas, mas israelenses. E não é expasionismos mas expansionismos..Ops, nada a ver com sionismo, melo amor de jehovah.
Anônimo disse…
não é melo, mas pelo.
Anônimo disse…
Ricardo, vc escreve bem, cara, e argumenta melhor ainda. E um excelente crítico, com senso de jugular, como fala meu pai. Aproveita tudo isso na academia cara. Faz um curso onde vc possa canalizar toda sua experiência discursiva, escrever algo próprio, desinstalar os estabelecimentos e os desestabelecidos. Uma alternativa, ao nada se cria tudo se copia, penso eu. Perdoe-me a mania de orientação não solicitada e não autorizada. Tal qual o "dono" do blog, eu não o corrijo, nem considero vc errado. Não existe nada disso cara, é tudo virtual, ninguém tá aqui pra se digladiar. Eu não trabalho com a obrigação de acertar. Sei que podemos errar e até sentir vergonha dos nossos erros, mas isso não quer dizer que somos errados, ou que tenhamos vergonha de nós mesmos. Se lhe parecer melhor, sinta-se com a razão. Eu não quero tê-la, prefiro ser feliz ao meu jeito. Tem um filósofo que diz que não existe liberdade, mas pequenas liberdades que conquistamos com nossas resistências individuais. O seu modo de viver talvez seja uma delas, e embora não saiba, você é livre e até sem que se sinta, talvez seja também muito feliz. Boa Sorte.
Anônimo disse…
Há ainda outras contradições pertinentes à questão, por exemplo, os judeus acreditam em sua própria invenção, que são eleitos do tal deus, o de israel. Sustentam, inclusive que o deus de israel é o único e o verdadeiro deus. Por conta de serem eleitos, não devem misturar-se com outros povos, religiões, via casamento, misturas consanguíneas, daí um certo mito, de pureza étnica. Essa criação voltou-se contra eles, na própria história: o antisemitismo. O nazismo serviu-se do mesmo argumento para exterminá-los, via genocídio. Outra contradição: o fundamentalismo religioso deles, contamina as outras grandes religiões do mundo, como o cristianismo católico e o protestante, e o islamismo, com essa história de só eu tou certo os outros estão todos errados...É a inquisição católica, que hoje é intelectual, como no caso da cassação do direito de ensinar, de escrever, e que antes era fogueira mesmo; e a jihad ou guerra santa dos muçulmanos, ou a sharia, que promove a violência contra as mulheres, os gays, etc. Mas se você chamar alguém de judeu, ou criticá-lo, você é antisemita. É complicado.
Ricardo disse…
E quanto ao famoso humor judaico? Não seria uma manifestação de uma espécie de "modo de ser" judaico, distinto da religião?
Ricardo disse…
Calma lá Anônimo 16:02, todos os povos sempre acharam que seus deuses eram os únicos e verdadeiros, em qualquer época e qualquer lugar. Você está fazendo uma baita generalização.
Existem vários termos ofensivos usados contra os judeus mas eu nunca vi nenhum deles reclamar por ser chamado de... judeu!
Ricardo disse…
Anônimo 15:55

Valeu pela força, cara

Abraços
Unknown disse…
Patrick F. Besak (f.besak@gmail.com)

Faço uma autocritica, honesta, em o caso de admitir, não sem certa tristeza, que o judaísmo contém elementos fundamentalistas, como se diz, herança do patriarcado pastoral, comum tanto a hebreus como árabes, descendência comum dos pais e patriarcas, de abraão e sem.

Mas não posso deixar de lamentar algumas inverdades, pois, em primeiro lugar, o vestígio do fundamentalismo religioso que ninguém ousa enfrentar, é o patriarcado, o qual, como sabemos, pode ser hindu, chinês, africano, etc. Não é privilégio nosso - e aqui não quero ser simplesmente anti-antisemita, nem muito menos sionista!

Termos -, digamos, certas tendências sociais e religiosas que são resquícios do passado de crueldade e violência, de povos que são considerados primitivos?

...Mas, que povo moderno e civilizado não tem suas violências, suas crueldades? Está certo também o leitor acima quando diz que todos os deuses têm seus exclusivismos, pretensões de serem os únicos e verdadeiros, corrigindo: não são pretensões dos deuses, são presunções dos adoradores dos deuses, geralmente propensos a serem fanáticos.

As inverdades que me refiro, entretanto, são as de que o leitor mais acima, refere que não há música judaica, não há arte judaica, não há matemática judaica, não há pintura judaica,não há arquitetura judaica, filosofia judaica, etc.
O leitor pode blazonar-se ser muito culto mas é pouco educado...e menos inteligente, pois, a arte e a ciência do ocidente são repetições alternadas dos modelos greco-romanos, e nós judeus, sempre fomos avessos ao helenismo.

Também não nos prostituimos no sincretismo, na inculturação escandalosa com o opressor como os escravos de roma convertidos ao cristianismo fizeram com o edito de liberdade do imperador...

como o cristianismo católico, com o império romano...fomos rechaçados por eles, mas resistimos bravamente! Temos nossa filosofia, nossa música e nossa arte, temos uma cultura judaica, só que preferimos que ela seja realmente universal, não esse bairrismo faccioso e inexistente, mero eurocentrismo cristão.

Agradeço contudo, pelos pontos que o senhor esclarece, acerca de como o fundamentalismo cristão do ocidente, alia-se com setores do fundamentalismo judaico, em nada dessemelhante, do terrorismo árabe, que tanto criticam, e alegam combater.
Anônimo disse…
Esse texto parece um colcha de retalhos. O autor fica citando frases e pensamentos de escritores e filósofos a maior parte do tempo. Poderia, ao invés disso, desenvolver um texto próprio sem recorrer o tempo todo a outros autores.


Paula
Anônimo disse…
Paula: Pondé cita vários autores porque a proposta do seu artigo foi justamente esta: mencionar os autores que tiveram influência em sua visão de mundo.

Existem outros artigos, inclusive neste blog, em que Pondé, no seu dizer, "desenvolve um texto próprio".

Acesse o menu de artigos em http://integras.blogspot.com/2009/06/artigos-de-luiz-felipe-ponde-para-folha.html e escolha algum texto.

Eu lhe sugiro o que está em http://e-paulopes.blogspot.com/2010/08/temos-medo-de-ser-como-sao-quase-todos.html: "Temos medo de ser como são quase todos: medíocres".
Anônimo disse…
Paula é daquelas que DIZEM A MESMA COISA que a gente acabou de dizer, só que como SE ESTIVESSE DIZENDO OUTRA COISA, nos debates intermináveis acadêmicos, sem argumento algum, nem citação nenhuma que prove o contrário , apenas o subjetivo e parcialíssimo NÃO CONCORDO...Ou então, é daquelas que recebe o mesmo santo que a gente ia receber, e canta a curimba do caboclo que a gene ia cantar, e deixa a gente puta da vida por não se lembrar mais de nenhum pra incorporar,kkkkkkkkkkk......
Anônimo disse…
Com certeza eu vomitaria com 2 minutos de conversa com você, tenho nojo de baixarias e conversas de pouca profundidade e sem cultura, como parece ser o seu caso. Você aborrece a sabedoria, seu lixo.

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