da BBC Brasil
Alguns brasileiros moradores de Sendai, a cidade mais próxima do epicentro do terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira, dizem se sentir desamparados após a tragédia.
A paulista Andrea Matsubara, 36, ainda está abalada por causa do desastre e não esconde certo ressentimento com a atuação do governo brasileiro na região.
“Estamos nos sentindo completamente abandonados”, reclamou à BBC Brasil, por telefone.
Andrea contou que uma equipe do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio fez uma visita ao apartamento dela nesta terça-feira e levou alguns alimentos enlatados e água.
“Mas foi tudo muito frio e, como está chovendo, eles queriam sair logo daqui, talvez com medo da contaminação nuclear”, disse.
“É o famoso salve-se quem puder”, ironizou.
Andrea conta que um ônibus fretado pela embaixada brasileira está a caminho de Sendai e de outras áreas bastante atingidas para buscar os brasileiros.
“Querem nos levar para outra província. Não queremos ir porque sabemos que daqui a algumas semanas seremos logo esquecidos lá. Nossa vida está aqui e o que queremos é ir embora para o Brasil”, disse.
“Largar tudo para ficar só uma semana, não resolve. Queremos algo mais concreto e estamos brigando com as autoridades para que entendam isso”, disparou a brasileira.
A amiga Mirian Kikuti, 38, é outra brasileira que espera a ajuda do governo brasileiro.
“Estou tão abalada que nem consigo falar direito”, disse ela, com a voz embargada.
Casada com japonês, ela mora em Sendai há 20 anos. Assim como Andrea, também quer ser removida para o Brasil com a família.
“Estou muito desapontada com nosso governo. Há outros brasileiros passando frio e fome em cidades vizinhas”, contou.
Miriam e a amiga Andrea esperam as roupas, mantimentos e água que estão sendo enviados pela comunidade brasileira para ajudar a distribuir entre os desalojados.
“Temos de nos mover, porque parece que o governo brasileiro não está nem aí para a gente”, criticou, sem esconder o choro.
Andrea, que trabalha como intérprete da prefeitura de Sendai, tem muitos contatos de brasileiros e diz que ninguém lá está bem e que querem algo mais concreto.
A assessoria de imprensa do Itamaraty disse que a Embaixada brasileira em Tóquio montou um esquema de plantão para atender cidadãos afetados pela tragédia. Além disso, consulados itinerantes estariam levando mantimentos para os brasileiros e transferindo os mais afetados para áreas de menor risco.
O Itamaraty também afirma que não há planos de realizar a retirada em massa de brasileiros do Japão, mas lembrou que aqueles que quiserem deixar o país podem fazê-lo com seus próprios meios.
> Brasileira afirma não aguentar mais as humilhações dos portugueses.
fevereiro de 2011
> Comunidade no Orkut pede a Deus a destruição do Japão.
março de 2011
> Brazucas.
Alguns brasileiros moradores de Sendai, a cidade mais próxima do epicentro do terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira, dizem se sentir desamparados após a tragédia.
Andrea e Mirian |
“Estamos nos sentindo completamente abandonados”, reclamou à BBC Brasil, por telefone.
Andrea contou que uma equipe do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio fez uma visita ao apartamento dela nesta terça-feira e levou alguns alimentos enlatados e água.
“Mas foi tudo muito frio e, como está chovendo, eles queriam sair logo daqui, talvez com medo da contaminação nuclear”, disse.
“É o famoso salve-se quem puder”, ironizou.
Andrea conta que um ônibus fretado pela embaixada brasileira está a caminho de Sendai e de outras áreas bastante atingidas para buscar os brasileiros.
“Querem nos levar para outra província. Não queremos ir porque sabemos que daqui a algumas semanas seremos logo esquecidos lá. Nossa vida está aqui e o que queremos é ir embora para o Brasil”, disse.
“Largar tudo para ficar só uma semana, não resolve. Queremos algo mais concreto e estamos brigando com as autoridades para que entendam isso”, disparou a brasileira.
A amiga Mirian Kikuti, 38, é outra brasileira que espera a ajuda do governo brasileiro.
“Estou tão abalada que nem consigo falar direito”, disse ela, com a voz embargada.
Casada com japonês, ela mora em Sendai há 20 anos. Assim como Andrea, também quer ser removida para o Brasil com a família.
“Estou muito desapontada com nosso governo. Há outros brasileiros passando frio e fome em cidades vizinhas”, contou.
Miriam e a amiga Andrea esperam as roupas, mantimentos e água que estão sendo enviados pela comunidade brasileira para ajudar a distribuir entre os desalojados.
“Temos de nos mover, porque parece que o governo brasileiro não está nem aí para a gente”, criticou, sem esconder o choro.
Andrea, que trabalha como intérprete da prefeitura de Sendai, tem muitos contatos de brasileiros e diz que ninguém lá está bem e que querem algo mais concreto.
A assessoria de imprensa do Itamaraty disse que a Embaixada brasileira em Tóquio montou um esquema de plantão para atender cidadãos afetados pela tragédia. Além disso, consulados itinerantes estariam levando mantimentos para os brasileiros e transferindo os mais afetados para áreas de menor risco.
O Itamaraty também afirma que não há planos de realizar a retirada em massa de brasileiros do Japão, mas lembrou que aqueles que quiserem deixar o país podem fazê-lo com seus próprios meios.
> Brasileira afirma não aguentar mais as humilhações dos portugueses.
fevereiro de 2011
> Comunidade no Orkut pede a Deus a destruição do Japão.
março de 2011
> Brazucas.
Comentários
As pessoas quando saem do país, o fazem por livre decisão...
É engraçado, as pessoas escolhem o que fazer, onde viver, e como viver, depois reclamam pois querem imediatismo. A tragédia acaba de ocorrer e querem ser atendidas prontamente.
15/03/11 14:34
Ora sr anônimo,independente de onde e como escolhemos viver, a FUNÇÄO do Itamaraty é prestar auxílio (imediato) aos brasileiros que assim necessitarem, sendo mais claro: Cabe ao Itamaraty, às Embaixadas socorrer estas pessoas, estes BRASILEIROS. A verdade é que estes órgäos "competentes" sempre deixam a desejar. O inverso näo se passa quando se trata de prestar ajuda humanitária (sem dúvida que se deve ajudar) a vítimas näo brasileiras de grandes catástofres. Pra se mostrar o GRANDE, o governo brasileiro, logo se doa por inteiro, agora quando é pra socorrer os seus, fica nesta embromaçäo e miserabilidade.
Se o Brasil quiser ajudar essas daí, o fará por MERA LIBERALIDADE, porque, já que estão em solo japonês, que peçam ajuda ao governo de lá.
Quer que o Itamaraty leve comida e cobertores?
Façam como os japoneses, vão às ruas, organizem-se, lutem, ajudem os outros!
Preguiçosas!
O caramba que deve fazer alguma coisa! A pessoa vai pro outro lado do mundo trabalhar em um lugar onde as pessoas tem preconceito contra brasileiros, e quando o bicho pega quer pedir auxilio?
Que essas vagabundas se virem da mesma forma que a IMENSA maioria dos brasileros tem que se virar aqui quando eh assaltado, agredido ou tem a casa levada por falta de estrutura nas cidades! Tenho absoluta certeza que elas ganham muito mais dinheiro la que muita gente com DIPLOMA aqui no Brasil e provavelmente nunca passaram fome na vida, ai quando recebem ajuda com comida RECLAMAM em vez de AGRADECEREM por terem o que comer no dia.
Mandem elas irem trabalhar no Haiti para elas verem o que e bom!
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