por Laura Coutinho, para Zero Hora
"Hoje o Brasil significa para nós aquilo que Portugal significava quando viemos: uma oportunidade." Esse é o pensamento que Viviane Bernardo, administradora de 34 anos, há oito residente em Portugal, divide com uma parte da comunidade brasileira em terras lusitanas.
Há alguns anos, fazer o caminho contrário dos nossos colonizadores era sinônimo de colheita de bons frutos para aqueles que se dedicavam a juntar dinheiro em Portugal. Hoje não é bem assim. O retorno ao Brasil, se já não está agendado, povoa os sonhos de muitos imigrantes. O aumento do desemprego e do custo de vida, a desvalorização do euro frente ao real e a situação “pré-falimentar” do governo português, que aguarda uma ajuda bilionária da União Europeia, estão entre as causas do fim do sonho de fazer o pé de meia na Europa.
Logo que chegaram, a catarinense Viviane e o marido Jeferson Bernardo, gaúcho de 40 anos, viam os 200 euros que economizavam transformarem-se em R$ 800 reais no Brasil. Hoje, o mesmo valor vira apenas R$ 454.
"Nos primeiros dois anos foi duro, mas foi a época em que mais conseguimos ganhar dinheiro. Conseguimos quitar as parcelas da nossa casa no Brasil e ainda compramos quatro terrenos lá", relata Viviane.
Há três anos, começaram a sentir os efeitos da crise e viram diminuído seu poder de compra. Há dois anos, o casal decidiu que ia voltar a Porto Alegre, mas a possibilidade de ganhar a cidadania portuguesa se completassem seis anos de residência fez com que adiassem o retorno, que deve ocorrer no próximo mês.
"O humor aqui mudou completamente. Paira um clima de insatisfação, como se fosse uma doença psicológica", conta Viviane.
Também há três anos, o empresário gaúcho Zeno Cunha, 58, conhecido como o homem que popularizou a picanha e a caipirinha em Portugal, começou a sentir o dinheiro escassear. No entanto, foi em 2011 que o faturamento nos seus quatro restaurantes, um deles localizado dentro do famoso Cassino de Estoril, despencou. Desde janeiro, o movimento caiu 35%. Dos 60 funcionários, sobraram 38. "Tive que demitir." muita gente boa.
Morador de Portugal há 18 anos, o gaúcho confessa que a vontade de voltar tem aumentado. "Nunca senti tanta saudade do Brasil. Em dezembro estive lá e vi todo mundo trabalhando, aquela euforia. Muitos portugueses me perguntam o que eu ainda faço aqui."
> Modelo brasileira morre em Lisboa de uma queda do 15º andar.
abril de 2011
> Brazucas. > Notícias de Portugal.
"Hoje o Brasil significa para nós aquilo que Portugal significava quando viemos: uma oportunidade." Esse é o pensamento que Viviane Bernardo, administradora de 34 anos, há oito residente em Portugal, divide com uma parte da comunidade brasileira em terras lusitanas.
Há alguns anos, fazer o caminho contrário dos nossos colonizadores era sinônimo de colheita de bons frutos para aqueles que se dedicavam a juntar dinheiro em Portugal. Hoje não é bem assim. O retorno ao Brasil, se já não está agendado, povoa os sonhos de muitos imigrantes. O aumento do desemprego e do custo de vida, a desvalorização do euro frente ao real e a situação “pré-falimentar” do governo português, que aguarda uma ajuda bilionária da União Europeia, estão entre as causas do fim do sonho de fazer o pé de meia na Europa.
Logo que chegaram, a catarinense Viviane e o marido Jeferson Bernardo, gaúcho de 40 anos, viam os 200 euros que economizavam transformarem-se em R$ 800 reais no Brasil. Hoje, o mesmo valor vira apenas R$ 454.
"Nos primeiros dois anos foi duro, mas foi a época em que mais conseguimos ganhar dinheiro. Conseguimos quitar as parcelas da nossa casa no Brasil e ainda compramos quatro terrenos lá", relata Viviane.
Há três anos, começaram a sentir os efeitos da crise e viram diminuído seu poder de compra. Há dois anos, o casal decidiu que ia voltar a Porto Alegre, mas a possibilidade de ganhar a cidadania portuguesa se completassem seis anos de residência fez com que adiassem o retorno, que deve ocorrer no próximo mês.
"O humor aqui mudou completamente. Paira um clima de insatisfação, como se fosse uma doença psicológica", conta Viviane.
Também há três anos, o empresário gaúcho Zeno Cunha, 58, conhecido como o homem que popularizou a picanha e a caipirinha em Portugal, começou a sentir o dinheiro escassear. No entanto, foi em 2011 que o faturamento nos seus quatro restaurantes, um deles localizado dentro do famoso Cassino de Estoril, despencou. Desde janeiro, o movimento caiu 35%. Dos 60 funcionários, sobraram 38. "Tive que demitir." muita gente boa.
Morador de Portugal há 18 anos, o gaúcho confessa que a vontade de voltar tem aumentado. "Nunca senti tanta saudade do Brasil. Em dezembro estive lá e vi todo mundo trabalhando, aquela euforia. Muitos portugueses me perguntam o que eu ainda faço aqui."
> Modelo brasileira morre em Lisboa de uma queda do 15º andar.
abril de 2011
> Brazucas. > Notícias de Portugal.
Comentários
Postar um comentário