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Agora é a estética evangélica que se infiltra na cultura brasileira


da colaboradora Lukretia a propósito de
Ateu de filme de cineasta cristão procura irmão e acha Deus

Primeiro foi a Igreja Romana, majoritária no Ocidente, depois hegemônica, adaptando ao seu bel-prazer teológico e sincretismo as lendas e figuras mitológicas das diversas culturas que dominava, transformando-as em imagens de santos e madonnas incontáveis, como símbolos de sua comunicação universal em todas as linguas, destruindo todas as crenças particulares dos povos dominados.

Depois da reforma vieram os livros, as sucessivas revelações, as eternas datas marcadas para o fim do mundo e outras bobagens literárias, propagadas até à náusea em todos os rincões do planeta. Por último descobriram os fanáticos o rico filão da mídia, televisões, rádios e recentemente o cinema. Desde enlatados americanos e outras carochinhas bíblicas de mau gosto estético e qualidade duvidosa.

Pululam agora os vídeos de auto-ajuda evangélica, geralmente temas de falência econômica, seguidos de "súbita" (e miraculosa) prosperidade financeira, ao "aceitar" Cristo e outras regras que vêm no pacote, ditadas pelas igrejas. Como se Cristo tivesse necessidade de tantas virgens, e a humanidade de tantas vítimas!

Já dizia Diderot, e não contentes de dominarem boa fatia do mercado literário, querem os humildes e desprendidos crentes abocanhar o mercado cinematográfico...Pois sim.

Pastor escreve: ‘Deus nos livre de um Brasil evangélico’.
fevereiro de 2011

Comentários

Anônimo disse…
Considero com apreço a produção artística não panfletária, aquela que questiona todos os credos, todas as fantasias inúteis de transposição do real para o além-morte, ou quaisquer outras enrolações que mesmo geograficamente localizadas, tentam apresentar grupos econômicos , nacionalidades, etnias como símbolos de poder, prestígio e sucesso, elementos claros da ocultação da dominação. Mas não vejo como imparcial a pré-condenação de qualquer obra artística, antes de conhecê-la, avaliá-la. Julgo PRECONCEITO avaliar de antemão um filme só por ser uma produção evangélica. Vale ressaltar que sou ateu, e não descarto a possibilidade de que o referida obra contenha elementos de alienação e proselitismo, mas penso CONVIR assisti-la ANTES e tecer as eventuais considerações DEPOIS. Só isso.
Anônimo disse…
Depois de um filme mostrando um caipira virar presidente, outro exaltando a violência policial,
tornada barbárie contra a barbárie das drogas
e tráfico, e corrupção legal,
um a mais, outro a menos, vai que o evanjegue
descubra a fórmula da prosperidade nacional!
peron disse…
de serta forma é até natural que grupos religiosos busquem manobras p/manter ou atraír maior número de fiéis(clientes)más a tendência p/o futuro é o enfraquecimento dessas crênças religiosas e o fortalecimento da razâo;além disso eu digo que é impossível fundir-(desenvolvimento com imobilismo).
Este comentário foi removido pelo autor.

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