Mello argumentou que uso da erva estaria ligado à liberdade de crença |
Ele fez uma comparação com a utilização já permitida do consumo de chá de ayahuasca – uma substância psicotrópicas – pelas igrejas do Santo Daime e da União do Vegetal.
Disse que o uso do psicotrópico, nesse caso, está vinculado à "liberdade de crença, de culto, de organização religiosa e a liberdade contra a interferência do Estado", conforme previsto na Constituição.
Algumas igrejas do Santo Daime já usam em seus cultos a maconha, chamada de Santa Maria, o que causou um racha entre os daimistas, com acaloradas discussões entre eles.
Uma dessas igrejas seria a Céu de Maria, fundada pelo cartunista Glauco, de acordo com denúncia de Emiliano Dias, o Gideon Lakota. Glauco foi assassinado em março de 2010 por Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, que estaria sob efeito de maconha, além de sofrer de transtornos mentais.
O uso da maconha em rituais daimistas teria começado já com um dos fundadores da seita na Amazônia, o Sebastião de Mota Melo (1920-1990), na denúncia de Lakota.
Celso Mello foi o relator da ação que liberou na quarta-feira (15) pela unanimidade dos votos dos ministros do STF a marcha da maconha que ocorre todo ano em diferentes regiões do país. Ele disse que, no seu voto sobre essa questão, “praticamente sugeriu” que o uso da maconha por religiões fosse levado à apreciação daquela Corte.
Com informações de portais e deste blog.
março de 2010