por Ahmenoui em resposta a Marta sobre
Leitora rebate este blog 'tendencioso' e diz que 'muçulmanas são felizes'
Não, não são. Infelizmente concordo com a egípcia, mulheres não são felizes sob nenhuma dominação, mesmo a da religião. Já escrevi antes para esse blog pedindo menos ataques ao Islam, mas não podemos escamotear a verdade, com essa mentira que todas as mulheres muçulmanas são felizes.
Pra começar, não existe liberdade suficiente nem pra se expressar. Não há alternativas, e as razões por que novas convertidas se mostram MAIS dóceis e mais obedientes e mais submissas - não sei se me faço entender, porque as razões são tão óbvias: é que nós, muçulmanas de nascimento, temos séculos de opressão nos precedendo e já nascemos mais calejadas pela dor de sermos à força silenciadas.
Para quem vem de uma certa anomia em situações de decadência econômica, encontrar um marido rico pode ser motivo de muita inveja até entre muçulmanas! Mas a situação no geral para nós não é boa...
Tive a sorte de nascer num lar de bastante despreocupação financeira, mas, justamente por não ser machista, meu pai poupou-nos e a si mesmo de sermos perseguidos pelos fundamentalistas. Migramos para o mundo ocidental justamente porque não há liberdade de expressão e religiosa.
Saindo de um pai benévolo fui para a companhia de um marido amoroso, mas isso não me dá o direito de achar que o controle masculino é desejável. Nem vindo de um filho, tal controle deixa de ser detestável para uma mulher.
Pergunte-se a uma dessas defensoras do antifeminismo do Islam se elas estudam, se elas possuem nível superior em alguma outra coisa que não prendas domésticas, se elas viajam sozinhas, se elas LEEM alguma coisa, se sabem conversar sobre assuntos políticos, se têm cidadania...Sobretudo se possuem o próprio dinheiro e não o precisam pedir a maridos, filhos ou pais.
Mesmo com toda prosperidade que um matrimônio possa dar, se a mulher não possui o próprio dinheiro, não pode pensar por si mesma, não pode conhecer outras pessoas e lugares se não for sob vigilância; tal mulher não é feliz, não importa se sob Jesus, Muhammad ou Jeová ou Alá. E todas religiões prometem o paraíso depois desta vida.
O problema é que ultimamente há virgens de menos e candidatos perigosos demais, para ressuscitar, não sei se me faço entender. Aí o mundo ficar realmente um inferno, tal como pregam lamentavelmente ainda, todas as religiões.
Com a possibilidade de um sofrimento no inferno, não só as mulheres, mas nem os homens são felizes. Melhor seria um mundo como quer a egípcia, com Estado laico e Constituição secular, que garanta a todos igualdade. Pois igualdade é justiça, cerne da Lei e de qualquer profeta, e se houver justiça, nenhum sangue precisa mais se derramar, nem sacrifício para em nome de Deus se matar.
Agradeço ao autor do blog ter publicado minha primeira reclamação e ter a transformado num post, o que prova que não é parcial, nem tendencioso, nem antimuçulmano.
Liberdade de expressão é isso, todos têm direito de se expressar, não importa se para discordar de nós, o que importa é a liberdade de manifestar.
Quem defende a sua posição como a única, a verdadeira, não está preparado para a liberdade de expressão.
Concordo que há excessos nas referências dos ocidentais aos muçulmanos, mas não seria motivo para uma autocrítica, se nós pelo menos isso pudéssemos?
Não podemos porque a religião nos impede, o Estado teocrático e os religiosos nos impedem até de fazermos uma autocrítica, de nos questionarmos..."não estamos dando motivos aos ocidentais de nos criticarem, com nossas posições extremistas, permitindo em nome de Deus que se preparem assassinos e atentados odiosos de fundamentalistas"?
Mulheres que clamam por opressão representam um lamentável retrocesso, tal como li aqui noutro post, pessoas que vão pra rua pra protestarem contra os outros. Mas pelo menos podem ir pra rua e protestar, e quanto a nós? Podemos?
> Mulher é inferior em todas as religiões, afirma feminista egípcia.
março de 2011
> Muçulmana é morta a pedradas por participar de concurso de beleza.
maio de 2011
> Casos de fanatismo islâmico. > Violência contra mulher.
Não, não são. Infelizmente concordo com a egípcia, mulheres não são felizes sob nenhuma dominação, mesmo a da religião. Já escrevi antes para esse blog pedindo menos ataques ao Islam, mas não podemos escamotear a verdade, com essa mentira que todas as mulheres muçulmanas são felizes.
Pra começar, não existe liberdade suficiente nem pra se expressar. Não há alternativas, e as razões por que novas convertidas se mostram MAIS dóceis e mais obedientes e mais submissas - não sei se me faço entender, porque as razões são tão óbvias: é que nós, muçulmanas de nascimento, temos séculos de opressão nos precedendo e já nascemos mais calejadas pela dor de sermos à força silenciadas.
Para quem vem de uma certa anomia em situações de decadência econômica, encontrar um marido rico pode ser motivo de muita inveja até entre muçulmanas! Mas a situação no geral para nós não é boa...
Tive a sorte de nascer num lar de bastante despreocupação financeira, mas, justamente por não ser machista, meu pai poupou-nos e a si mesmo de sermos perseguidos pelos fundamentalistas. Migramos para o mundo ocidental justamente porque não há liberdade de expressão e religiosa.
Saindo de um pai benévolo fui para a companhia de um marido amoroso, mas isso não me dá o direito de achar que o controle masculino é desejável. Nem vindo de um filho, tal controle deixa de ser detestável para uma mulher.
Pergunte-se a uma dessas defensoras do antifeminismo do Islam se elas estudam, se elas possuem nível superior em alguma outra coisa que não prendas domésticas, se elas viajam sozinhas, se elas LEEM alguma coisa, se sabem conversar sobre assuntos políticos, se têm cidadania...Sobretudo se possuem o próprio dinheiro e não o precisam pedir a maridos, filhos ou pais.
Mesmo com toda prosperidade que um matrimônio possa dar, se a mulher não possui o próprio dinheiro, não pode pensar por si mesma, não pode conhecer outras pessoas e lugares se não for sob vigilância; tal mulher não é feliz, não importa se sob Jesus, Muhammad ou Jeová ou Alá. E todas religiões prometem o paraíso depois desta vida.
O problema é que ultimamente há virgens de menos e candidatos perigosos demais, para ressuscitar, não sei se me faço entender. Aí o mundo ficar realmente um inferno, tal como pregam lamentavelmente ainda, todas as religiões.
Com a possibilidade de um sofrimento no inferno, não só as mulheres, mas nem os homens são felizes. Melhor seria um mundo como quer a egípcia, com Estado laico e Constituição secular, que garanta a todos igualdade. Pois igualdade é justiça, cerne da Lei e de qualquer profeta, e se houver justiça, nenhum sangue precisa mais se derramar, nem sacrifício para em nome de Deus se matar.
Agradeço ao autor do blog ter publicado minha primeira reclamação e ter a transformado num post, o que prova que não é parcial, nem tendencioso, nem antimuçulmano.
Liberdade de expressão é isso, todos têm direito de se expressar, não importa se para discordar de nós, o que importa é a liberdade de manifestar.
Quem defende a sua posição como a única, a verdadeira, não está preparado para a liberdade de expressão.
Concordo que há excessos nas referências dos ocidentais aos muçulmanos, mas não seria motivo para uma autocrítica, se nós pelo menos isso pudéssemos?
Não podemos porque a religião nos impede, o Estado teocrático e os religiosos nos impedem até de fazermos uma autocrítica, de nos questionarmos..."não estamos dando motivos aos ocidentais de nos criticarem, com nossas posições extremistas, permitindo em nome de Deus que se preparem assassinos e atentados odiosos de fundamentalistas"?
Mulheres que clamam por opressão representam um lamentável retrocesso, tal como li aqui noutro post, pessoas que vão pra rua pra protestarem contra os outros. Mas pelo menos podem ir pra rua e protestar, e quanto a nós? Podemos?
> Mulher é inferior em todas as religiões, afirma feminista egípcia.
março de 2011
> Muçulmana é morta a pedradas por participar de concurso de beleza.
maio de 2011
> Casos de fanatismo islâmico. > Violência contra mulher.
Comentários
Torá-talmud , Gibiblia e albobão são livros imbecis que reduzem a mulher a um ser inferior a um cachorro....
Lugar de mulher para Deus e dentro de casa cuidando da familia , dos filhos e dos afazeres domesticos.
As mulheres que querem liberdade vão sofrer a ira de Deus.
Deus não fez homem e mulher para que houvesse igualdade entre ambos os sexo, e um dia por Deus as mulheres vão voltar para seus lugares. A palavra de Deus é ,lugar de mulher é na cozinha, e se isto fosse respeitado o mundo seria bem melhor.
Só mesmo com muita lavagem cerebral e promessa de putaria depois da morte para os homens para conseguir aguentar esse tipo de vida reprimida e sem futuro que o islã impõe (e que se pudesse e tivesse força militar superior ao ocidente, imporia ao mundo inteiro como já tentou no passado não resta dúvida).
Vocês são uma religião patriarcal tentando, a todo custo, se sobrepor à liberdade que o Ocidente propõe a seus indivíduos, todos iguais. Guardadas as devidas difrenças. Mas vocês, muçulmanos, são incapazes de entender isto, porquê estão por demais cegos pela sua religião. Os judeus são infinitamente superiores a vocês, porquê conseguiram se integrar, e não se impor.
Mas vocês só querem se impor, malditos fanáticos.
O conflito de civilizações se impõe a cada dia, e não é mera invenção de algum filósofo. Mas nós vamos prevalecer e sabe porquê? Porquê temos mulhereres corajosas, que não vão aceitar de boa vontade a sua "vontade religiosa".
Talvez isto signifique a extinsão de todos os seres do sexo feminino, aqui na Terra, mas nós estamos dispostos a morrer por isto, porquê vocês vão ter setenta e duas virgens a seu dispor no "afterlife", seus fanáticos ridículos!
Primeiro, a jovem, ou a senhora, é muçulmana de nascimento, enquanto a patrulha é nova-convertida.
Segundo, a jovem é nitidamente rica, vê-se pelo modo fino de falar, de se expressar, dizendo claramente que as brasileiras se vendem aos maridos muçulmanos (sabemos que é verdade!), mas sem ofender, sem mesmo citar, de modo SUBLIMINAR.
A patrulha é pobre, é vendida, é defensora de uma religião que forma TERRORISTAS assassinos.
Cherchez la femme, ou melhor l'argent, e vereis que não é fake, aliás, ela tem pelo menos a coragem de mostrar a cara, isto é o NOME.
PUNK
Pelos comentários dá para ver o tipo de "conhecimento" que vocês tem sobre o Islã! Com certeza já devem ter lido o Corão inteiro e toda a Sunnah, né? Hahah...
Engraçado rsrs... quem é essa mulher? Ou foi o próprio moderador do blog que escreveu isto? rsrs. Se ela não gosta do Islam, porque não vai para outra religião ou vira atéia? Não está vivendo numa "cultura de liberdade"? Então porque não sai, ué?
"Pergunte-se a uma dessas defensoras do antifeminismo do Islam se elas estudam, se elas possuem nível superior em alguma outra coisa que não prendas domésticas, se elas viajam sozinhas, se elas LEEM alguma coisa, se sabem conversar sobre assuntos políticos, se têm cidadania...Sobretudo se possuem o próprio dinheiro e não o precisam pedir a maridos, filhos ou pais.
Mesmo com toda prosperidade que um matrimônio possa dar, se a mulher não possui o próprio dinheiro, não pode pensar por si mesma, não pode conhecer outras pessoas e lugares se não for sob vigilância; tal mulher não é feliz, não importa se sob Jesus, Muhammad ou Jeová ou Alá. E todas religiões prometem o paraíso depois desta vida."
Antifeminismo? Uma pessoa que fala que as muçulmanas são antifeministas não me parece ter nascido no Oriente! Feminismo na cabeça dela deve ser esse "feminismo ocidental", digamos assim, onde as mulheres saem com os peitos de fora para protestar contra alguma coisa (contra o quê mesmo? hehe). 'Vocês' homens adoram isso, né? Gostam de perder alguma oportunidade de ver fotos de mulheres semi-nuas nos jornais? Não né?
Nasci muçulmana e na França, já morei no Brasil e atualmente moro no Oriente Médio e posse te dizer que estou casada e fazendo faculdade de Relações Internacionais e já falei ao meu marido que quando eu terminar esta - quero estudar Ciência da Religião e vou ter meu próprio negócio.
Eu não sei fritar nem um ovo, acredita? Pois é rsrs. Meus pais sempre foram super protetores comigo e tinham medo que eu chegasse perto de um fogão para não me queimar rsrs... a única coisa que sei fazer é miojo (aprendi na hora da fome e do desespero!). Quem gosta de cozinhar aqui é meu marido... (Levaram um susto, né? É a realidade!)
Enquanto isso, eu trabalho em horas vagas que tenho e o dinheiro que recebo é todo para o meu próprio consumo (assim como diz na Sunnah) - associando estudo, trabalho e família. E ele nasceu aqui em Meca!
E todos os homens que conheço daqui são assim como ele. Se brincar os homens aqui cozinha melhores do que as mulheres!
O Islam sempre deu todos os devidos direitos a mulher desde 1.400 anos atrás, enquanto a sociedade "cheia de liberdade" de vocês veio conceder isso recentemente e olhe lá... porque ainda possuem todos! Já tinhamos direito a trabalho, voto, estudo, divórcio, falar, dar opinião etc! Isso desde 1.400 anos!
Estudem sobre o Islam! Mas conheçam o verdadeiro Islam e não aquele que você viu em sites tendenciosos de internet! Vá numa mesquita se quiser conhecer o Islam. Leiam o Corão, estude a Sunnah e assim vocês irão saber!
Mah Salam.
Se possuissem, não estariam ainda "lutando" tanto, né? Ou vai me dizer que os salários femininos são iguais aos dos homens no Brasil?
Quanto ao constante argumento de que não se conhece o islam o suficiente, não é convincente. Ninguém precisa conhecer, por exemplo, o budismo a fundo para perceber que trata-se de uma religião pacífica e que defende a compaixão.
Quanto ao divórcio, há meia verdade: Só os homens podem pedir e a mulher concede.
Como é esta situação para você?
Lúcia
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