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Ivan Lessa, ateu famoso

escritor e cronista Ivan Lessa
Lessa: um pagão-ateu 
desde criancinha
O jornalista, escritor e cronista Ivan Lessa se declarou ateu em alguns de seus textos no site da BBC Brasil. Como quando escreveu sobre o apreço que os britânicos têm pelo seu idioma, o que pode ser verificado, segundo ele, na Bíblia, na versão do rei Jaime.

Lessa morreu no dia 8 de junho de 2012 em Londres, onde se encontrava desde 1978. Fumante, sofria de enfisema pulmonar e se recusava a se internar, apesar de suas dificuldades de respiração cada vez mais graves. Foi encontrado morto pela mulher.

Ivan Pinheiro Themudo Lessa, seu nome de cartório, nasceu em São Paulo no dia 9 de maio de 1935. Era filho único do escritor Orígenes Lessa e da jornalista Elsie Lessa. Colaborou em diversos jornais brasileiros e foi um dos fundadores do Pasquim. Publicou três livros, nenhum deles o “grande romance” o qual a sua geração esperava dele.

Chamava o Brasil em suas crônicas de Bananão. Seu estilo era leve, brincalhão (talvez mais para o deboche) e mordaz, sem concessão a ninguém. Na crônica “O papa e o ateu”, por exemplo, ele escreveu: “E no oitavo dia Deus criou Richard Dawkins. Sendo que Richard Dawkins viu que isso era bom e logo se declarou o maior ateísta vivo”.

Algumas de suas frases são consideradas lapidares, como "sincretismo religioso é quando um padre não passa debaixo de uma escada".

Em 2006, escreveu:

Eu sou pagão e me considero ateu. Meus pais preferiram deixar comigo essa história de dar uma chegada à pia batismal, ashram ou seja lá o que for. Também não bato bola nos Agnósticos Futebol e Regatas. Pra mim, isso é coisa de mineiro de anedota. Uma espécie de cerca mais para a física do que a meta.

Agnóstico tem vida boa, lá na ponta esquerda, meio esquecido pelo meia armador. É teologicamente ficar no bem-bom, essa história de que é impossível provar que Deus existe ou não existe.

Trata-se de uma questão de fé, se é que eu peguei direito o espírito da coisa, e que não me façam piadinha besta com “espírito” e “espírito santo” porque, mesmo pagão e ateu, eu acho uma judiação (epa! Perdão, leitores!) fazer uma coisa dessas.

Faço questão de acrescentar que nunca, mas nunca, nunca mesmo, nem no playground da infância ou no porre adolescente, eu argumentei que “deve haver uma inteligência superior por trás disso tudo.


A última crônica de Lessa fez ironia com a morte. Elaborou algumas frases, como "Na verdade, nunca me senti à vontade nessa posição incômoda de cidadão do mundo" e "só quero ver quanta gente vai sincera no meu funeral".

Em 2011, escreveu a crônica "Morrer por Cremação É Joia". Seu será cremado em Londres, conforme seu desejo.

Com informação da BBC Brasil, entre outros sites.





Comentários no Facebook.   Ateus brasileiros famosos.



Ateus brasileiros famosos

Comentários

Grande homem.
"Faço questão de acrescentar que nunca, mas nunca, nunca mesmo, nem no playground da infância ou no porre adolescente, eu argumentei que “deve haver uma inteligência superior por trás disso tudo"."

Simplesmente magnífico! Só por essa já merece a "vida eterna".
Enquanto isso, políticos demagogos e religiosos corruptos continuam vivinhos da silva...
Anônimo disse…
Triste ironia.
Anônimo disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse…
Li a última crônica dele. Genial! Com as citações de Millôr sobre a morte, sua última crônica ganhou brilhos épicos! Ass: Winston Smith
Anônimo disse…
Deve ter sido uma morte horrível!
A dificuldade, cada vez maior, de respirar. A tosse, que antes ajudava, no final devia provocar dores por todo o corpo e aumentar a falta de ar. Como ateus não invocam divindades, certamente, ele praguejava. Os palavrões ecoavam no quarto escuro. Sua pressão subia, ele devia sangrar pelo nariz, pelos ouvidos, pelos olhos e pelo ânus.
No final, cansado e vencido, ele deve ter se entregado à morte, num estado deplorável de pura agonia.
Enquanto isto, a mulher dele esperava do lado de fora, torcendo, já que ateus não rezam, para que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível. Ela deve ter ficado afoita para se livrar daquele corpo, que nunca foi nada mais que uma máquina; apenas um saco de gordura, água e compostos químicos.
Pedro Lobo disse…
Foi também o que pensei quando li a notícia. Morte por falta de ar deve ser horrível.
Anônimo disse…
Falou e disse o satanás.
Anônimo disse…
O pior de tudo é a falta de esperança!
Não é possível, fisicamente, dividir a dor entre duas ou mais pessoas, para que doa menos em uma só. Isto só é possível mentalmente. Se a pessoa for educada, durante a vida, para construir entidades imaginárias que possam compartilhar sua dor, ela sofre menos. Mentalmente, é possível até existir uma entidade com autoridade para suprimir a dor, eliminando por completo o sofrimento. Mas esse processo de alívio, puramente mental, do sofrimento só é possível, hoje, por meio da Religião.
É claro que, fisicamente, o indivíduo pode usar drogas. Mas, com o tempo, adquire tolerância a elas e a dor se torna só dele, até o fim, se não tiver os tais colaboradores mentais.
Anônimo disse…
Não sabia que enfisema pulmonar causava sangramento pelo anus. Vai ver que o pentecostelho acima foi a um curandeiro de XEÇUÇ.
Mas quando um crentino fala de medicina sem conhecimento de causa, ele nos dá abertura (UEPA!) para praguejarmos sobre a BRIUBA!!!

Depois de Jeovanildo criar o homem branco e ter morto quase todos, deixando só um punhado num barquinho encalhado num morro -- isso num deserto tão árido que, mesmo depois de tanta água doce (da chuva), não nasceu sequer um cacto --, resolveu criar os índios, negros, asiáticos, etc. por fora, e disse:
-- Criei seus próprios mitos e lendas, e falei línguas diferentes, mas me ignorem. Não quero repetir convosco a cagada que fiz com os escravos dos egípcios, povinho de merda.
Assim, Ele criou povos isentos do pecado original.
Depois disse:
-- Farei com que um centurião romano, alto, forte e loiro, carque numa judia, para que nasça um semideus esguio e de olhos azuis (eu que intentei a genética, sabiam?), que será torturado e morto por aquele povinho, meramente pro ser ilegítimo. Assim produzirei um mártir.
Eis que assim surge o cristianismo!!!
Anônimo disse…
O sangramento é devido à forte tosse e ao esforço para respirar.
Roberto disse…
Sim, como se rezar fosse reduzir um sofrimento... Mas façamos assim: quando vocês cristãos cairem numa cama de hospital, recusem os remédios e apenas digam ao médico "Obrigado, doutor, mas a minha fé vai aliviar o meu sofrimento e me curar". Daí decerto não vai ser uma morte horrível. É cada uma...
Roberto disse…
A propósito: Ivan Lessa foi um dos maiores jornalistas brasileiros de todos os tempos, dono de verve e perspicácia raras. Da velha turma do Pasquim era o meu preferido, por parecer o mais sensato dentre aqueles loucos geniais. Antes de algum leigo ou cristão de último tipo resolver criticá-lo pelo ateísmo, procure ao menos saber quem foi Ivan Lessa e sua importância na crônica brasileira dos anos 70 até hoje.
Anônimo disse…
Só pessoas estúpidas rejeitam alternativas de diminuir sua dor.
Anônimo disse…
Nunca ouvi falar e não fez diferença pra minha existência.
Roberto disse…
Via de regra só os teus pais fizeram diferença para a tua existência, por motivos óbvios. O resto é o resto. Incluindo Deus, Jesus e esses personagens todos.
Roberto disse…
Na verdade só pessoas estúpidas é que acham que rezar é uma "alternativa" para diminuir a dor. Mas você pode ir tentando... E, se quiser, vá reportando aqui os teus avanços nesse campo.
Anônimo disse…
O único que falor em rezar aqui foi você, estúpido.
Roberto disse…
Bom, então me diga qual o teu método "alternativo" eficaz - que não evolva Ciência ou Medicina - para diminuir uma dor. Educação certamente não é.
Anônimo disse…
Basta ver os textos em 10 de junho de 2012 00:21 e em 10 de junho de 2012 01:41 para entender que minha investigação envolve educação e treinamento.

Mas não estou aqui para lhe instruir nas coisas que você não pode alcançar por si mesmo. Na verdade não me importo com sua opinião nem com sua concordância. Procure apenas ler e entender melhor as idéias, antes de fazer julgamentos. Pega mal pra você; demonstra falta de inteligência.
Roberto disse…
Você chama religião de processo investigativo que envolve educação e treinamento? Mais correto seria dizer "adestramento", já que neste processo de "educação" simplesmente não há espaço para questionamentos.

Religião nunca foi e nunca vai ser Ciência. Ela é tão efetiva sobre a vida na Terra quanto a astrologia (que não deve ser confundida com a astronomia). Ter fé numa "força superior" ou ter fé num paralelepípedo possui rigorosamente as mesmas propriedades terapêuticas ou anestésicas.

O pastor americano picado pela cascavel dele também foi seguir essa sublime educação e treinamento: em vez de procurar um hospital qualquer e ministrar um simples soro anticrotálico, ele preferiu ir para casa e agonizar durante 9 horas seguidas - com um bando de patetas rezando em torno dele.

Quando ele se deu conta de que a brincadeirinha da fé não vale NADA frente ao veneno de uma cascavel, ele resolveu pedir para ser levado a um hospital (depois são os ateus que se "convertem" na hora derradeira). Só que aí já era tarde demais: a ação neurotóxica, anticoagulante e miotóxica sistêmica do veneno já tinha causado prejuízos irreparáveis até mesmo pelo soro - que deveria ter sido ministrado até 6 horas após a picada.

Mas, enfim: para uns "falta de inteligência" é negar a baboseira da fé e da crença como elemento terapêutico.

Vá investigando e treinando bastante aí. E, se não for pedir muito, apresente evidências passíveis de comprovação científica dos teus "estudos".
Tão poético quanto poesia de porta de banheiro público.
Anônimo disse…
"Você chama religião de processo investigativo que envolve educação e treinamento?"

Não. Mas digo que um processo investigativo sobre os fatos associados às crenças religiosas podem nos levar a técnicas que nos permitam educar ou treinar o pensamento para superar um sem número de males, como a depressão, síndrome do pânico e até mesmo a dor.

Como foi que o Pastor aguentou aquela dor, que dizem ser intensa, e seus efeitos por nove horas? Um indivíduo comum, nesse tempo, morreria de taquicardia, resultante do pânico!

Não tenho de provar nada pra você! Afinal, não te devo nada.

Mas, essas técnicas, se desenvolvidas, podem ser amalgamadas a uma doutrina, que contenha os melhores princípios de cada fonte ética deste mundo. Isto seria o Santo Graal que todos: homens comuns, ditadores e exploradores do passado, buscaram e não conseguiram.

Seria o próximo passo evolutivo do Ser Humano!
Fofoqueira disse…
Elsie Lessa casou-se com Orígenes Lessa, seu primo-irmão. Neste casamento teve um filho, IVAN Lessa. Então, ela, considerada uma das mulheres mais belas do Rio de Janeiro nos anos 1940, separou-se e casou com IVAN Pedro de Martins.

Como poderia um filho, tido entre primos-irmãos, viver até os 77 anos de idade. Isto é pouco comum!

Será que Ivan Lessa é, na verdade, filho do Roteirista Ivan Pedro de Martins?
Roberto disse…
Não diga bobagens, meu caro. Para sua informação, uma pessoa pode "sobreviver" por até 48 horas a uma picada de cascavel - sem fazer absolutamente nada (sem rezar, sem meditar, sem fazer simpatia, sem usar nenhum tipo de remédio etc).

Mas isso é apenas uma sobrevida relacionada à resistência humana natural, que varia conforme as características fisiológicas de cada indivíduo e que também vai depender da quantidade efetiva de veneno injetado na corrente sanguinea.

Esse conjunto de fatores é que vai determinar o tempo que alguém vai suportar uma picada de cascavel (que por sinal é uma das poucas que não é dolorida na hora), e não a "elevação espiritual" do sujeito.

A questão é que a pessoa picada invariavelmente vai morrer ou sofrer danos graves no sistema renal, por exemplo, se não ministrar o soro anticrotálico (para o caso de cascavéis) a tempo, o que geralmente é indicado nas primeiras 6 horas.

O fato do pastor-tonto ter suportado 9 horas não tem absolutamente nada a ver com a fé dele ou com a fé de quem o rodeava.

Como você pode afirmar que um "indivíduo comum" (isso é para se deduzir que quem tem fé é um "indivíduo superior"?) morreria de taquicardia derivada de pânico?

A propósito, não é para mim que você tem que provar as besteiras que está dizendo: é para todos leem este blog e eventualmente podem cogitar que você faz algum tipo de estudo sério, baseado em preceitos e métodos científicos - o que está cada vez mais claro que não é o caso.
Anônimo disse…
Tirando as suposições de lado e se concentrando apenas na hipótese de que Ivan era filho legítimo e viveu até os 77 anos, talvez isso explique uma parte da questão:
http://veja.abril.com.br/100402/p_075.html
Anônimo disse…
Só alguém estúpido descarta de antemão algo que nunca investigou.
Fofoqueira disse…
Nas Décadas de 1920 e 1930 o discurso do Movimento Eugenista Brasileiro estava em alta. Intelectuais da época se esforçavam para "sanitarizar" a "Raça Nacional".

Daí, muito jovens brancos preferiam perpetrar a prática, muito utilizada nas cortes européias até o século XIX, do casamento consanguíneo.

Se Ivan Lessa é filho legítimo de Orígenes Lessa, ele é o resultado de um esforço de melhoramento da "Raça Brasileira". E se Ivan Lessa não é filho legítimo de Orígenes Lessa, ele é o resultado de uma traição conjugal.
Ora, Ivan Lessa é ou não filho legítimo de Orígenes Lessa, logo ele é fruto de uma cultura racista ou o resultado de um relacionamento extraconjugal.


http://www.bioeticaefecrista.med.br/textos/eugenia%20no%20brasil_ciencia%20e%20pensamento%20social.pdf

http://www.congressods.com.br/segundo/images/trabalhos/eugenia/Fabiano%20Cordeiro%20Cesar.pdf
Roberto disse…
Sem querer me intrometer, mas já me intrometendo... Acho que teu silogismo está um tanto quanto precipitado. Até porque se Ivan Lessa era filho de um relacionamento extraconjugal acho que isso só interessa às famílias envolvidas, não? Pulemos essa parte.

E se ele era filho legítimo, como consta nos registros, por que deveria decorrer de um "esforço de melhoramento da raça brasileira"? Não poderia ser apenas... paixão?

Na minha adolescência (e lá se vão algumas décadas) eu fui completamente apaixonado por uma prima, sem nunca ter ouvido falar em movimento orquestrado para criar uma "raça nacional" - até porque em termos de Brasil, verdadeiro caldeirão de etnias, isso soa até engraçado. Meus pais, aliás, não gostaram nada dessa ideia e trataram de separar os primos.

O certo é que em todos os lugares do mundo, em épocas distintas ou concomitantes, sempre existiu algum louco com alguma teoria de "pureza racial" para determinado povo, linhagem ou etnia. E, como todo louco sempre encontra plateias onde quer que vá (bastando às vezes subir em cima de uma pedra e sair dizendo coisas ilógicas a esmo para conseguir admiradores), às vezes essas ideias "prosperam" ou sobrevivem ao tempo.

Pelo que sei os Lessa eram muito práticos e objetivos na vida, ligados às letras e à cultura em geral, cheios de amigos do mesmo métier. Não creio que fossem ter preocupações dessa ordem.
Roberto disse…
Na verdade só alguém realmente estúpido gasta tempo "investigando" algo inócuo, enquanto poderia estar dentro de um laboratório auxiliando a Ciência e a Medicina a encontrarem soluções efetivas para os problemas da humanidade. Ou você acha que os soros, as vacinas, os medicamentos, as próteses, os aparelhos, os equipamentos e as técnicas cirúrgicas foram inventadas por pessoas sentadas de pernas cruzadas no chão "rezando", "meditando" ou fazendo "investigação espiritual"?
Anônimo disse…
O Jovem Maxwell e o Velho Faraday, muito devotos, falavam de círculos divinos para descrever o campo eletromagnético. Newton buscava interpretar a perfeição das medidas do Templo de Salomão. Einstein queria saber como Deus pensava. Stephen Hawking já disse uma vez que a Ciência pode chegar ao um ponto em que não vai evoluir, a não ser que considere Deus como uma hipótese verdadeira. Steve Jobs era Budista, adepto de retiros espirituais.

Todos estes Cientistas e Realizadores buscavam algo que transcendia os dispositivos e regras que descobriram. Os Sábios que mudaram o Mundo não estavam atrás de respostas imediatas, eles queriam responder as últimas questões.

E para dizer que algo é ou não inócuo, é preciso investigar. Descartar, simplesmente, porque crê na inexistência de utilidade é algo estúpido.
Roberto disse…
Meu caro, vários cientistas acreditavam (e ainda acreditam) em Deus. Porém não foi isso que pautou o trabalho deles.

Michael Faraday não descobriu a indução eletromagnética por acreditar em Deus: ele descobriu porque estava em um laboratório fazendo experimentos com base em métodos científicos.

Albert Eintein não formulou sua teoria da relatividade porque "queria saber como Deus pensava": ele era um físico teórico! A Física não se pauta em nenhum momento por inspiração divina: ela se ampara em equações matemáticas de grande complexidade lógica.

Duvido que Steve Jobs tenha inventado o iPhone para falar com Deus. E sobre Stephen Hawking, sugiro você ler os livros mais atuais dele.

As crenças pessoais de um eventual cientista não podem se confundir com o seu campo de trabalho. Todo cientista sério sabe que religião não entra em laboratórios. Em casa ele pode fazer o que quiser, mas em um ambiente científico só há espaço para Ciência e para hipóteses formuladas a partir de preceitos científicos - interim onde não entram astrologia, teologia e outras pseudociências.

O mais engraçado é que você fala como se estivesse sendo precursor na área das "investigações espirituais"... Sinto dizer que você está atrasado somente uns dois mil anos: milhares de outros pretensos "pesquisadores" já tentaram provar alguma utilidade prática - que é diferente de suposição - para o exercício da fé, mas até hoje só conseguiram demonstrar a total iniquidade dessas coisas.

É uma pena que essa sua perseverança não esteja a serviço da Ciência, porque assim talvez você pudesse dar alguma contribuição à humanidade.
Anônimo disse…
Não sou um precursor nesta área. Nem tampouco pratico qualquer religião. Mas acho que descrer, sem investigar, é tão inválido quanto crer sem investigar.

Veja o que diz o ganhador do Prêmio Nobel de Química do ano de 1907, Sir William Crookes, sobre fenômenos que pesquisou sobre levitação, telecinese e outros:

"Já se passaram trinta anos desde que publiquei um relatório dos experimentos tendentes a mostrar que fora de nosso conhecimento científico existe uma Força utilizada por inteligências que diferem da comum inteligência dos mortais ... Nada tenho a me retratar. Confirmo minhas declarações já publicadas. Na verdade, muito teria que acrescentar a isto". (Crookes, 1898).

"Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro". (Fodor, N. - Encyclopaedia of Psychic Science, U.S.A.: University Books, 1974, p.70).

http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Crookes

http://www.larnossorecanto.org.br/downloads/historia-do-espiritismo.pdf


Pesquisas mais modernas foram relatadas no Scole Report, relativo a experimentos realizados de 1993 a 1998.

http://ipce-ce.blogspot.com.br/2009/03/os-fenomenos-de-scole.html
Fofoqueira disse…
Sujeito interessado não invalida argumentação lógica.
Os Lessa eram cheios de amigos do mesmo metiê, inclusive o racista e eugenista Monteiro Lobato.
Roberto disse…
Por que será que "pesquisas espirituais" jamais são publicadas em revistas e sites científicos sérios? Publicar uma OPINIÃO é muito diferente de publicar um estudo efetivo.

Isso é mais ou menos como eu dizer que dei "entrevista" para certo veículo de imprensa quando na verdade só respondi uma pergunta vaga feita por algum repórter durante um contexto específico.

Um cientista citar suas ideias a respeito de espiritimo, ou de qualquer outra questão "espiritual", não faz disso algo respeitável do ponto de vista científico. E muito menos o fato disso ser publicado em sites como "Instituto de Pesquisa Científica Espírita". Como é que alguém pode misturar espiritismo com Ciência!?

Desde quando as religiões entraram em franco declínio frente às descobertas progressivas da Ciência, as pessoas ligadas a essas religiões trataram de tentar equiparar misticismo e pesquisa científica, inventando eufemismos como "Ciências da Teologia" (existe até curso superior com essa nomenclatura! - em universidades privadas mantidas por instituições religiosas, naturalmente, porque nenhuma universidade federal decente teria um curso chamado "Ciências da Teologia", pois isso é um motocontínuo paradoxal).

Como livros manipulados, delírios coletivos e supostas visões pessoais já não convencem mais nem as crianças nesse planeta, a bola da vez dos charlatões é tentar transformar crenças em Ciência, evangelização em educação e associações de fundo de quintal em entidades reconhecidas no meio científico.

Teologia não é ciência. Espiritismo não é ciência.

Se você quer uma coletânea de frases de cientistas e outros profissionais versando sobre religião, fé, crenças, Deus, espiritismo, curandeirismo, etc., há várias condensadas e disponíveis na web. Vou procurar uma boa coletânea que vi esses tempos e colocarei o link aqui, especialmente para você que gosta de frases alheias como suporte a conceitos e óticas particulares.
Roberto disse…
Bom, eu tenho amigos racistas (quem não tem?). Mas isso não faz de mim um racista, pelo contrário. Até agora a lógica da tua argumentação está só na sua cabeça.

Eu acho que você deveria ter colocado essa questão quando Ivan ainda estava vivo. Embora eu duvide que ele fosse se prestar a conjeturar sobre algo tão pequeno.
Anônimo disse…
"Por que será que "pesquisas espirituais" jamais são publicadas em revistas e sites científicos sérios?"

Simples preconceito.
Fofoqueira disse…
"Bom, eu tenho amigos racistas (quem não tem?). Mas isso não faz de mim um racista, pelo contrário."

Isso não faz de você um racista e sim amigo de racistas.


"Eu acho que você deveria ter colocado essa questão quando Ivan ainda estava vivo."

A vida é assim mesmo. As pessoas passam, mas as questões nascem a qualquer momento.
Suspeito que ele sabia ser filho ilegítimo. Ele tentou, ao máximo, se isolar da família de Orígenes: Optanto pelo Ateísmo, em vez do Presbiterianismo e radicando-se nos EUA definitivamente.
Roberto disse…
Não é "simples preconceito": é ausência de métodos e procedimentos que caracterizam um estudo científico.

Até para fazer um mero trabalho de conclusão de curso em nível de graduação acadêmica é necessário seguir princípios científicos, o que todavia não transforma o pesquisador em cientista. Em resumo não basta ter uma "ideia" e "pesquisar" por conta própria: é preciso se ater aos caminhos e normas que conceituam um estudo científico de fato.

Para entender o que são métodos científicos antes de mais nada é preciso compreender o que é Ciência. Se a pessoa não tiver a clara percepção disso, é óbvio que vai confundir qualquer observação empírica como um "estudo científico".

Mas entre o "querer" e o "ser" há um espaço abissal.

A metodologia científica é compreendida por várias etapas, todas interdependentes. Não é possível pegar apenas uma parte - como têm pretendido as religiões - e adequar isso às preposições da fé ou da crença.

O grande entrave das religiões é justamente isso: elas sabem que se submeterem a todos os critérios científicos não vão viscejar em lugar nenhum, então elas se predispõem a alguns critérios que eventualmente encaixam na lógica defendida pelos religiosos e tentam fazer disso uma conclusão irrefutável.

Porém em Ciência não existe "meio-grávida": ou você cumpre todos as premissas relacionadas a um estudo científico, ou o seu estudo não tem nada de científico.

O espiritismo tenta fazer metonímia com a Ciência. Eis a diferença. E eis porque não pode ser levado a sério.

Conforme comentei antes, abaixo há uma boa coletânea de frases de cientistas e outros profissionais, já que você se apega muito a elas:

http://pt.scribd.com/doc/97099138/Ceticus-Plus

Posso procurar outras, caso não sirvam.
Roberto disse…
1º) Ivan Lessa se radicou no Reino Unido, que fica bem longe dos EUA.
2º) Por que ele teria que optar pelo presbiterianismo? Só porque o avô dele era pastor presbiteriano?
3º) As pessoas podem passar, mas acredito que o respeito à memória delas não. Eu acho que se você se incomoda tanto com essa questão, deveria escrever à família do Ivan - já que não fez ao próprio por razões desconhecidas (afinal não é de hoje que se sabe que ele era filho de primos) - e postular uma explicação para a dúvida que está te inquietando.
Anônimo disse…
"Não é "simples preconceito": é ausência de métodos e procedimentos que caracterizam um estudo científico."

Veja neste livro, escrito pelo próprio Crookes, se há essa ausência de procedimentos característicos de um estudo científico. Observe os dispositivos montados por ele.

Uma das características de experimentos científicos aceitáveis é a possibilidade de replicação, por outros pesquisadores, em outros laboratórios, sob as mesmas condições. Entretanto, no caso dos fenômenos psíquicos, o principal componente da equação morre depois de algum tempo de vida.

Sua argumentação não está à altura de refutar o trabalho de William Crookes, nem lançar dúvidas ou encontrar fraudes nos experimentos Scole. Ninguém o fez até hoje.

Não seja um mero descrente. Investigue.
Fofoqueira disse…
"As pessoas podem passar, mas acredito que o respeito à memória delas não."

Sua postura é uma crítica aos ateus deste blog, que defendem que se faça caricaturas de Maomé? Ou você acha que ele, por ser religioso, não merece respeito?

A questão não me incomoda, aguça minha imaginação.

Como deixei implícito acima, só deduzi esse achado depois da morte desse inútil.
Roberto disse…
Investigar o quê, meu caro? Procurar espíritos é como procurar Deus: você corre atrás de algo intangível, irreproduzível e impraticável pelas leis mais elementares da Física - como é que se vai "investigar" isso?

Pergunte a si mesmo porque você não "investiga" fadas e duendes e você terá a resposta para o fato de nenhuma pessoa sensata gastar tempo investigando "espíritos".

Crookes, que você venera, era tão rigoroso e infalível nos seus estudos que foi enganado de forma melancólica pelas irmãs Fox.

Aliás até nisso o espiritismo guarda semelhança com o Cristianismo: ambos se fundamentaram sobre um farsa inicial, que para ter sustentação precisou de inúmeras outras farsas em sequência.

É a velha lógica da mentira: quando você conta a primeira, vai precisar de várias outras para tornar ela plausível porque ela não se sustenta sozinha. Quanto mais complexa fica a mentira, mais confusas e inverossímeis são as explicações.

Não creio que Crookes fosse mal-intencionado (como hoje são boa parte dos "estudiosos" do espiritismo), porém ele foi suficientemente ingênuo para acreditar nas irmãs Fox e relativamente descuidado a ponto de confundir fenômenos eletromagnéticos, radiação, radiofrequência, transmissão celular e reações químicas com supostos "espíritos".

Com os equipamentos hoje disponíveis é bem provável que Crookes revisasse suas conclusões e colocasse um ponto final nessa estória de espíritos.

O mundo não é apenas uma questão de crer ou não crer: há coisas que dependem fundamentalmente de visualização ou constatação.
Roberto disse…
Certamente você deduz que chamando um dos maiores cronistas brasileiros de "inútil" está ofendendo a ele e/ou a mim por tabela, mas na prática você está ofendendo somente a si próprio.
Anônimo disse…
Não me tome por um mero crente ou descrente. Conforme já revelei, acima, sou um investigador. Assim, no final de minha análise não direi que creio ou que não creio e sim que foi comprovado ou não.

A participação de Crookes no episódio, a que você se refere, foi apenas de dar chancela às observações de um médico na análise de um esqueleto humano e outros restos mortais.

Você se refere aos eventos de Hydesville, em 1848 e ao que se pode chamar de carreira espiritualista das irmãs Fox (Leah, Kate e Maggie), que no final se desentenderam e resolveram acusar a mais velha (Leah) de ser a cabeça de uma fraude.

Você, como um fervoroso adepto da descrença, pesquisou (E o felicito por isto!) somente até o ponto em que surgiu a palavra "fraude". Deu-se por satisfeito por, numa breve leitura, ter CONSTATADO a ingenuidade de mentes mais poderosas que a sua e provar a falsidade, por indução, de todos os fenômenos psíquicos do Universo.

Mas, veja o que Conan Doyle disse, nas suas investigações, compiladas na obra: História do Espiritismo.

À medida que se espalhavam as notícias dessas
maravilhas, os vizinhos chegavam em bandos, um dos quais
levou as duas meninas, enquanto Mrs. Fox foi passar a noite
em casa de Mrs. Redfield. Em sua ausência os fenômenos
continuaram exatamente como antes, o que afasta de uma vez
por tôdas aquelas hipóteses de estalos de dedos e de
deslocamentos de joelhos, tão freqüentemente admitidas por
pessoas ignorantes da verdade dos fatos.(Doyle, 1848, p.70)

Então?
A denúncia de fraude era confiável? Ou foi o resultado de uma briga entre irmãs, regada a alcoolismo e perda da guarda dos filhos?

E mais, supondo que o relato de Doyle seja verdadeiro, me mostre uma menina de 14 anos que pode estalar os dedos dos pés e, com isto, fazer os móveis de uma casa tremer diante de grande assistência. Eu, ainda, diria que isto não é normal!

E um detalhe importante é que Maggie desmentiu a denúncia de fraude, posteriormente.

Não seja um mero descrene, investigue.
Anônimo disse…
Correção: "descrente"
Fofoqueira disse…
Sabe aquele garoto da escola, que se colocava fora do seu alcance e ficava fazendo chacota? Pois é exatamente isto que Ivan Lessa fez a vida toda.

Durante a Ditadura tentou se esconder atrás do Jornal que montou com outros iguais a ele. Mas o Governo Militar se foi. E o que Ivan Lessa fez? Radicou-se no Reino Unido e continuou a fazer chacota do país, que ele chamava de Bananão.

Não passou de um moleque inútil.
Fofoqueira disse…
Tem mais. Se você se sentiu ofendido pelo que falei do Ivan Lessa, pode enterrar a carapuça na cabeça até que ela fique com contornos bem lisinhos!
Roberto disse…
O que não faz o anonimato, não? Queria ver você ter toda essa coragem e despautério na minha frente.
Roberto disse…
Meu caro, a primeira vez que ouvi falar de William Crookes foi durante os anos 70, quando ainda fazia faculdade de Engenharia Elétrica.

Eu não sei se você já era nascido nesta época, mas foi um período em que os "espíritas" e "paranormais" estavam com a corda toda no Brasil, especialmente por causa do Chico Xavier.

Não bastasse isso, que tinha todo o apelo "mediúnico" de envolver suposta cura de doenças, ainda aconteceu o seguinte: um belo dia chegou por aqui um ilusionista israelense que dizia entortar objetos com a força da mente... O circo estava completo.

Uri Geller não foi levado a sério nem mesmo pelos "espíritas", mas serviu para introjetar no imaginário coletivo dos menos esclarecidos que realmente poderia haver forças sobrenaturais - notavelmente guiadas por espíritos - atuando na vida da Terra.

Nós, em um ambiente acadêmico, só podíamos achar graça disso tudo, porque sabíamos que fenômenos naturais que envolviam simples condução elétrica, radiação e reações químicas estavam sendo transformados em fenômenos "sobrenaturais" ou "paranormais".

Você se apropria de uma das versões da história das irmãs Fox para determinar que não houve fraude. Obviamente esta é a versão defendida por todos os "pesquisadores" do espiritismo, presente em todas as obras que visam dar consistência e veracidade à teoria dos espíritos. Não podia ser diferente. O nome disso é redundância.

Como eu falei, a premissa inicial é a que tem que ser defendida até a morte, pois todo o conjunto que segue está edificado em torno dela.

Evocar autores ou obras dedicadas ao espiritismo para fundamentar a suposta lógica disso é o mesmo que evocar a Bíblia e os cristãos para dar sustentação à história do Cristianismo.

Além de você não ser original na sua "investigação", não está sendo original nem na defesa desta "investigação".

Esperar-se-ia que você tivesse fatos e elementos novos para sustentar outro "estudo" nesta área sem precisar recorrer aos argumentos que já são usados há séculos e que jamais comprovaram a veracidade ireredutível da presença de espíritos entre nós.

Se você os tiver, eu adoraria conhecê-los. Inclusive eu me ofereço para participar como voluntário das tuas "investigações". Já estou meio velho, mas ainda lúcido. Você tem algum telefone para contato?
Anônimo disse…
Meu caro, você já contribui satisfatoriamente para minha investigação!

Aqui me despeço.

Obrigado!
Anônimo disse…
Correção: *contribuiu
Fofoqueira disse…
Usei a mesma técnica do Ivan Lessa. E você acabou demonstrando que não o admira tanto assim!
Roberto disse…
Ivan não usava anonimato: ele assinava tudo que escrevia, e todos sabiam quem ele era, onde estava, onde trabalhava.

Se alguém não concordasse com as opiniões dele, bastava contra-argumentar. Mas ele tinha um rosto e um nome, não era apenas um "fantasma" protegido pelo anonimato da web, desses que convenientemente vilipendiam, levantam suspeitas infundadas baseadas tão somente em achismos e depois ainda acabam perdendo a compostura quando confrontados, infantilizando debates que até poderiam ser proveitosos.

Eu somente respondi à sua colocação inicial porque achei que você tinha uma dúvida de ordem científica, mas agora já está claro que eu não devia ter desconsiderado o propósito explícito no teu nickname.

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