Podvin, porta-voz da Igreja, diz que
feriados fazem parte da tradição
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Trata-se de proporcionar aos trabalhadores a opção de substituir esses feriados por outros de sua escolha, de modo que possa ser preservada “a consciência individual” de cada um deles, incluindo os casos de neutralidade religiosa ou de descrença.
Os feriados sugeridos para serem “neutralizados” são o da quinta-feira da Ascensão (que ocorre 39 dias após a Páscoa), a segunda-feira de Pentecostes (9 dias após a Ascensão do Senhor) e Ascensão (40 dias depois da Páscoa).
A associação propõe que sejam mantidas as festividades do Natal, da segunda-feira de Páscoa e de Todos os Santos, porque estão “revestidas de uma forte dimensão societária”.
O documento argumenta que os trabalhadores não cristãos ficam frustrados quando na empresa suas convicções religiosas são desprezadas. “Há um sentimento de discriminação, além da falta de respeito pelo estilo de vida de cada um”, diz. No entendimento da associação, essa contrariedade dos trabalhadores se reflete na produtividade e, consequentemente, no desempenho das empresas.
Pelo documento, a “neutralização” dos feriados seria negociada pelas empresas e sindicatos dos trabalhadores de cada setor de atividade, cidade por cidade.
A associação reconheceu que a sua proposta é polêmica e, por isso, defendeu que ela seja submetida a um debate nacional antes de o governo aprová-la ou não.
Esse debate já está ocorrendo por parte da Igreja Católica, que, como era de se esperar, discorda da medida.
Dom Bernard Podvin (na foto acima), porta-voz da Conferência Episcopal Francesa, a CNBB de lá, admitiu que nenhuma religião é dona do calendário, mas, segundo ele, o que a associação dos profissionais de recursos humanos propõe “não constitui uma resposta ideal aos desafios da diversidade”.
Além disso, argumentou, os feriados cristãos foram “criados pela república, em função de uma história e de uma tradição”.
Com informação do La Croix.
Íntegra em pdf da proposta da associação.
Portugal se submete ao Vaticano para extinguir dois feriados.
maio de 2012
Religião no Estado laico.
Comentários
cade o feriado da saturnalia, da bacanalia? dos solsticios.
O mimimi da tradição não tem mais cabimento, sem contar que nem religiões mais antigas e tradicionais, como judaísmo, impõe descanso nos dias que consideram consagrados a Deus,conheço vários que trabalham e estudam aos sábados, sim. Nem muçulmanos, quase tão antigos qto cristãos, só meio século de diferença. temos de ter cuidado para não enfraquecer uma e acabar aceitando tradições piores das outras, isso é importante ter sempre em mente.
O medo de alguns é perder os feriados, a folga, ser obrigado a trabalhar em tais dias como outros quaisquer. Nem todos os feriados descritos caem em dias 'úteis', muitas vezes coincidem com os domingos, nem por isso reclamam da falta. Há anos com mais, anos com menos. Acontece também com feriados cívicos, se caírem nos fds, domingos, perdeu, perdeu. E daí?
A proposta lá dos cabeças de galiqueiras é bem sensata e plausível. A igreja chiou e chia quando da venda de templos católicos na França, só aceita vender se aceitar restrições de uso. Pode isso? vende e o comprador não pode abrir um bar ou boate? Chiaram mas a igreja virou franquia da KFC e fim de papo.Templo de consumo...
Chega de mudar até nome de dias da semana por imposição religiosa. Tradições evoluem, se modificam e desaparecem. Já foi tradição ter escravos e mulher não ter direito a voto. Mudou não mudou? E sempre para melhor.
Uma sugestão é juntar os feriados e acrescentar aos dias de férias previstos em leis. Em vez de 30, podem ser 40 e inclusive com opção de dividir em duas etapas. Pagar a mais por trabalhar aos domingos e feriados de origem religiosa é que tem de acabar. Já passou da hora.
Sou pela jornada máxima de 40h semanais, com garantia de dois dias de folga para descanso conforme a lei[ hoje é um dia e meio, sábado é metade útil], mas as folgas não precisam ser todas aos domingos e fechar tudo como ocorre. Tem gente que usa feriados e domingos para passear, mas chega aos lugares e não tem onde comer um mísero lanche, tudo fechado, que se diga, até igrejas fechadas à visitação. Então para que a folga? Domingo é um porre, uma chatice, um tédio. Um amigo me disse que em Jerusalém não tem tais paradas porque quando cristão não trabalham aos domingos os judeus e muçulmanos trabalham, o mesmo acontece quando são esses que param e cristãos trabalham. Se não fosse o calor e as bombas ele moraria lá.
Com relação ao Natal e festas Juninas[ embora estas não sejam feriados], podem ficar, mas que voltem a ser o que eram antes da cristianização: festas de solstícios de inverno e de verão lá no HN. Invertendo aqui para baixo do Equador.
“O documento argumenta que os trabalhadores não cristãos ficam frustrados quando na empresa suas convicções religiosas são desprezadas. “Há um sentimento de discriminação, além da falta de respeito pelo estilo de vida de cada um”, diz. No entendimento da associação, essa contrariedade dos trabalhadores se reflete na produtividade e, consequentemente, no desempenho das empresas.”
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Santa boiolice!
Até parece que o cara no dia de Nossa Senhora Aparecida é obrigado a ajoelhar diante da Santa.
São feriados “tradicionais” o cara pode fazer o que quiser com ele.
No dia de Tiradentes este tipo de gente deveria comemorar se enforcando...
http://www.youtube.com/watch?v=2REBuzID6h4
Santa negrisse!
Santa baianisse!
Santa nordestisse!
Exato, Paulo Lopes. A Conferência Episcopal Francesa é tão progressista quanto a CNBB. Ou será que você não sabia que a Conferência Episcopal Francesa é pra lá de esquerdista?
Desta vez na vida você acertou. Será que foi sem querer?
Gozado que cheiro de HOMOFOBIA na expressão do seu xará ao dizer "santa boiolice", o senhor não sentiu não, não é mesmo?
Por mim eu ficava só com os feriados estaduais e federais, que ainda não são poucos.
Boa Walter (6 de julho de 2012 20:30)!
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