Crucifixo do STF foi citado em defesa da 'tradição cultural' |
A Justiça aceitou a argumentação da AGU (Advogacia-Geral da União) de que esses símbolos fazem parte da "expressão cultural do povo brasileiro" e estão inscritos na “história e identidades nacional ou regional” do país.
A AGU sustentou na Justiça não ser possível ignorar “as manifestações culturais das religiões nas tradições brasileiras, fato que não significa qualquer submissão do Estado ao poder clerical”.
Assim, para esse órgão consultivo da União, a exposição de crucifixos ou de qualquer outro símbolo religioso “não torna o Brasil em Estado clerical”, já que a religiosidade de cada indivíduo continua sendo respeitada.
A AGU ressaltou também, como prova de que essa “expressão cultural” não compromete a laicidade, que o STF (Supremo Tribunal Federal) exibe em seu plenário um crucifixo, o que não o impediu de aprovar o aborto de anencéfalos e a união homoafetiva, contrariando os dogmas religiosos.
O argumento da “tradição cultural” defendido pela AGU, e aceito pela Justiça, é o mesmo da Igreja Católica.
O MPF poderá recorrer da decisão da Justiça.
Com informação do site da AGU.
Justiça mantém Deus no real para não gerar 'intranquilidade'
novembro de 2012
Religião no Estado laico
Comentários
Como faz?
Eu quero colocar um símbolo de Baphomet lá na repartição pública, já que isso não torna o Brasil um estado satanista. Eu posso?
um cadáver pregado e exposto em toda sua miséria.
Dentro da mitologia cristã, o instrumento de tortura e morte (cruz) foi utilizado para cometer injustiças (condenar pessoas dissonantes à tirania do Império Romano).
Os crucifixos colocados nas repartições pública tem origem cristã e simbolizam o próprio cristianismo, isso é fato incontestável.
Tentem raciocinar sobre isso e ver essa questão sem os preceitos religiosos que lhes turvam a visão e confundem o pensamento.
Mas vir relativizar a questão de forma esdrúxula conforme for mais conveniente para suas crenças e ideologias pessoais é uma maravilha, não é mesmo?
Claro que a presença da cruz é uma referência aos cristãos, isso é óbvio, claro como água.
Se fosse um símbolo que fizesse referência às religiões afrodescendentes e às crenças indígenas, seriam outros 500. Os evangélicos seriam os primeiros a protestar. "Onde é que já se viu, tira esses símbolos satânicos daí!" Diria um pastor.
Alcrimen é de uma seita cristâ mal vista até no vaticano, mas muito rica. Se chama "opus dei".
Assustador.
Ruggero
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Das duas, ao menos uma: Ou age de má fé, ou teve o entendimento cegado pela religião.
Com certeza tem mais sentido culturalmente que um homem sendo torturado.
Os símbolos da justiça brasileira são a balança e a deusa romana Themis. É só reparar na estátua que está em frente ao STF .
A justiça divina não se compara nem de perto com a justiça humana.
Confundir os símbolos prejudica a imagem tanto do cristianismo como a do poder judiciário.
Não passa de falácia o argumento que a cruz faz parte do contexto histórico da nação, a não ser que queiram voltar ao passado de dominação, ao invés de avançar seguindo os princípios que fundamentam a nossa Constituição.
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