por Marco Pasqua
para La Repubblica
Mulheres que "pretendem ter uma vida autônoma, trabalhando" e que "se lamentam se são violentadas, talvez quando pediram uma carona de minissaia". São elas o objeto dos ataques de um bando selvagem de internautas ultracatólicos, às vezes com simpatias neonazistas, que disseminam na rede pílulas de uma cultura retrógrada que chega até a justificar o feminicídio. E que, como demonstra o caso do pároco de San Terenzo, na Itália, consegue fazer prosélitos. Virtuais, mas não só.
A principal forja do ódio sexista contra as mulheres se chama Pontifex e, desde que foi criado, em setembro de 2008, propagandeou teses homofóbicas, racistas, muitas vezes antissemitas e até mesmo negacionistas. E onde a chamada "mulher moderna" é atacada por bispos (quase sempre eméritos e, muitas vezes, repudiados pela própria hierarquia eclesiástica), ou pelos próprios gestores da plataforma, que também se servem das redes sociais para difundir as suas ideias malucas (não por acaso, no dia 27 de dezembro, despontaram perfis no Facebook que elogiavam o padre Piero Corsi).
A alma dessas páginas é Bruno Volpe, 50 anos, obcecado pelos homossexuais (aos quais ele muitas vezes define como "doentes") e simpatizante do fórum neonazista Stormfront, recentemente fechado pela polícia. Natural de Bari, nunca desmentiu ter sido preso por perseguição, no verão de 2011, depois de ter atormentado uma garota.
Para veicular as suas teses, ele se serve muitas vezes de rostos conhecidos, mesmo do mundo da televisão e da política, que, aceitando ser entrevistados, se prestam – muitas vezes inconscientemente – a dar brilho ao site: de Assunta Almirante a Albano Carrisi, de Roberto Gervaso a Aldo Biscardi.
Mas são os prelados aqueles que, mais frequentemente, ele utiliza para ofender as mulheres. "Algumas vezes, há uma falta de prudência por parte das vítimas", argumentou, por exemplo, Dom Arduino Bertoldo, bispo emérito de Foligno. "Se uma mulher caminha de modo particularmente sensual ou provocante, ela tem alguma responsabilidade no evento, e quero dizer que, do ponto de vista teológico, tentar também é pecado. Mesmo aqueles que, caminhando ou vestindo-se de modo provocante, desperta reações excessivas ou violentas peca em tentação".
Por isso, defende o próprio Volpe em um dos seus editoriais, as "reações agressivas" são "favorecidas por espetáculos objetiva e moralmente desordenados", como quando "uma moça bonita pede uma carona à noite e de minissaia, e depois é estuprada".
Mesmo diante dos assassinatos, o Pontifex vai muito além do paradoxo, defendendo que "a culpa nunca está de um lado só. Cuidado para não beatificar ou santificar todas as mulheres mortas". Segundo o site, "a onda de violências estourou desde quando a mulher pretendeu ter um excesso de vida autônoma, muitas vezes não se importando com a família, com os deveres conjugais e chegando até a libertinagem sexual".
Por isso – é o que defende outro monsenhor – "a mulher deve se inspirar em Maria e na Imaculada Conceição, abandonando a tendência à libertinagem". O bispo emérito de Senigallia, Oddo Fusi, está convencido de que "o trabalho é secundário. Na crise de valores atual, depende muito do fato de que a mulher saia muitas vezes de casa e reivindique uma independência desenfreada do marido e vá trabalhar".
A mesma tese se encontra na Salpan, revista eletrônica de aprofundamento dos "assuntos que mais interessam ao mundo católico atual". Aqui se afirma que "antepor o emprego, o trabalho, aos filhos ou ao marido é quase contra a natureza e certamente contra a ordem estabelecida por Deus". Mas o ataque às mulheres dos ultracatólicos também ocorre utilizando a questão do aborto, causa daquilo que é impropriamente definido como o "Holocausto silencioso". A pílula abortiva RU-486 é renomeada como "pesticida humano".
Nas páginas do site Bastacristianofobia, são relançadas entrevistas com moças "que sobreviveram ao aborto" (o que determinaria, em nível mundial, "o maior genocídio da história"). No post "As mulheres e a moda", publicado no site PreghiereGesùeMaria (um site que tem como objetivo a "salvação de todas as almas através da difusão da Palavra de Deus"), dirige-se um apelo a todas as mulheres, para que voltem a ser um tesouro de modéstia e de pudor, um anjo de conforto", deixando de ser "provocantes" e de "pôr em movimento os sentidos e os instintos".
Alguns, como os animadores do site PontiLex, tentam se opor a estes regurgitos medievais. Nos últimos anos, foram apresentadas denúncias e foram enviadas dezenas de indicações ao Escritório Nacional Antidiscriminação (UNAR), da Itália, exigindo o fechamento do Pontifex: "Mas ninguém jamais fez nada", diz Sandro Storri, à frente de uma pequena rede virtual nascida para combater os odiadores ultracatólicos.
Com tradução de Moisés Sbardelotto para IHU Online.
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Igreja ajudou fascismo até com forneciamento de armas
agosto de 2012
Fanatismo religioso Intolerância
para La Repubblica
Ultraconservadores da religião têm simpatia pela neonazismo |
A principal forja do ódio sexista contra as mulheres se chama Pontifex e, desde que foi criado, em setembro de 2008, propagandeou teses homofóbicas, racistas, muitas vezes antissemitas e até mesmo negacionistas. E onde a chamada "mulher moderna" é atacada por bispos (quase sempre eméritos e, muitas vezes, repudiados pela própria hierarquia eclesiástica), ou pelos próprios gestores da plataforma, que também se servem das redes sociais para difundir as suas ideias malucas (não por acaso, no dia 27 de dezembro, despontaram perfis no Facebook que elogiavam o padre Piero Corsi).
A alma dessas páginas é Bruno Volpe, 50 anos, obcecado pelos homossexuais (aos quais ele muitas vezes define como "doentes") e simpatizante do fórum neonazista Stormfront, recentemente fechado pela polícia. Natural de Bari, nunca desmentiu ter sido preso por perseguição, no verão de 2011, depois de ter atormentado uma garota.
Para veicular as suas teses, ele se serve muitas vezes de rostos conhecidos, mesmo do mundo da televisão e da política, que, aceitando ser entrevistados, se prestam – muitas vezes inconscientemente – a dar brilho ao site: de Assunta Almirante a Albano Carrisi, de Roberto Gervaso a Aldo Biscardi.
Mas são os prelados aqueles que, mais frequentemente, ele utiliza para ofender as mulheres. "Algumas vezes, há uma falta de prudência por parte das vítimas", argumentou, por exemplo, Dom Arduino Bertoldo, bispo emérito de Foligno. "Se uma mulher caminha de modo particularmente sensual ou provocante, ela tem alguma responsabilidade no evento, e quero dizer que, do ponto de vista teológico, tentar também é pecado. Mesmo aqueles que, caminhando ou vestindo-se de modo provocante, desperta reações excessivas ou violentas peca em tentação".
Por isso, defende o próprio Volpe em um dos seus editoriais, as "reações agressivas" são "favorecidas por espetáculos objetiva e moralmente desordenados", como quando "uma moça bonita pede uma carona à noite e de minissaia, e depois é estuprada".
Mesmo diante dos assassinatos, o Pontifex vai muito além do paradoxo, defendendo que "a culpa nunca está de um lado só. Cuidado para não beatificar ou santificar todas as mulheres mortas". Segundo o site, "a onda de violências estourou desde quando a mulher pretendeu ter um excesso de vida autônoma, muitas vezes não se importando com a família, com os deveres conjugais e chegando até a libertinagem sexual".
Por isso – é o que defende outro monsenhor – "a mulher deve se inspirar em Maria e na Imaculada Conceição, abandonando a tendência à libertinagem". O bispo emérito de Senigallia, Oddo Fusi, está convencido de que "o trabalho é secundário. Na crise de valores atual, depende muito do fato de que a mulher saia muitas vezes de casa e reivindique uma independência desenfreada do marido e vá trabalhar".
A mesma tese se encontra na Salpan, revista eletrônica de aprofundamento dos "assuntos que mais interessam ao mundo católico atual". Aqui se afirma que "antepor o emprego, o trabalho, aos filhos ou ao marido é quase contra a natureza e certamente contra a ordem estabelecida por Deus". Mas o ataque às mulheres dos ultracatólicos também ocorre utilizando a questão do aborto, causa daquilo que é impropriamente definido como o "Holocausto silencioso". A pílula abortiva RU-486 é renomeada como "pesticida humano".
Nas páginas do site Bastacristianofobia, são relançadas entrevistas com moças "que sobreviveram ao aborto" (o que determinaria, em nível mundial, "o maior genocídio da história"). No post "As mulheres e a moda", publicado no site PreghiereGesùeMaria (um site que tem como objetivo a "salvação de todas as almas através da difusão da Palavra de Deus"), dirige-se um apelo a todas as mulheres, para que voltem a ser um tesouro de modéstia e de pudor, um anjo de conforto", deixando de ser "provocantes" e de "pôr em movimento os sentidos e os instintos".
Alguns, como os animadores do site PontiLex, tentam se opor a estes regurgitos medievais. Nos últimos anos, foram apresentadas denúncias e foram enviadas dezenas de indicações ao Escritório Nacional Antidiscriminação (UNAR), da Itália, exigindo o fechamento do Pontifex: "Mas ninguém jamais fez nada", diz Sandro Storri, à frente de uma pequena rede virtual nascida para combater os odiadores ultracatólicos.
Com tradução de Moisés Sbardelotto para IHU Online.
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Igreja ajudou fascismo até com forneciamento de armas
agosto de 2012
Fanatismo religioso Intolerância
Comentários
Ruggero
Pensador livre
Espero que Deus me perdoe por esse pecado que cometi!
essa igreja precisa ser boicotada para o bem da humanidade.
Para você ter uma idéia de como ele pensava com relação as mulheres, veja alguns discursos dele, como este - http://www.youtube.com/watch?v=S4Fd49_A61A&bpctr=1357563965
Além disso, você não pode generalizar só porque um único padre ultracatólico italiano falou besteira, capaz que o bichinho até tava bêbado.
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/padre-culpa-criancas-pedofilia-seduzem-seus-agressores.html
Aleluia...
Ironia off
O discurso do Bruno Meirelles causou-me asco em vc que viveu isso deve ter lhe trazido sentimentos ainda mais revoltos.
Ou vc vai dizer, em alto em bom som "eu mereci isso, a culpa foi minha", no dia que alguém roubar a sua casa e machucar/matar seus familiares porque você...esqueceu a porta de casa aberta? Colocou uma placa na sua casa escrito "sou rico?" Você mereceu a violência por isso?
E isso de "despertar a mente criminosa" é altamente ambíguo e sem lógica prática. Há "mentes criminosas" despertas por minissaias, por sáris, por burcas, por véus, por sapatos fechados, sandálias, abóboras penduradas na orelha...de forma que a roupa da vítima não justifica seu sofrimento.
Pense bem.
Esse raciocínio de que a maneira de se vestir das mulheres de certa forma responsabiliza a mulher pelo estupro é absurdo: se você tem uma casa bonita, ninguém pode dizer que você está "provocando" o ladrão.
Em tempo: a maior taxa de incidência de estupros se dá em países em que as mulheres são obrigadas a se vestir de maneira "decente", cobrindo grande parte de seus corpos ou escondendo-se completamente atrás de um monte de pano.
Sem contar que, estatisticamente, grande parte das mulheres são atacadas em momentos de fim de expediente/horário de aula, momento em que estão vestindo roupas *aham* que nossa respeitável e nem um pouco doente sociedade diz ser "comuns":calça comprida, blusa, tênis, etc.
Agora, vamos colocar outra situação hipotética: digamos que você esquece a porta da sua casa aberta. Uma "mente criminosa" adormecida passa na frente da sua casa. Vê essa "provocação" e desperta. Entra e rouba todo o seu dinheiro e assassina a sua família. Aparentemente, segundo seu raciocínio, você causou aquilo, não? A culpa é sua. Você não tem o direito de esquecer de trancar a porta da sua casa, uma vez que isso despertará "mentes criminosas". Você não pode praguejar contra isso. Você tem que se contentar "a culpa é minha, eu provoquei isso". Vai ter que ouvir isso, também, da boca de terceiros, o resto da sua vida: que o mal que ocorreu a você foi por sua culpa.
Essa é a lógica do seus raciocínio. Vê o quanto é absurda?
Não é que "daqui a pouco os padres vão dizer que os culpados pelos casos de pedofilia são as próprias crianças..." Em uma entrevista concedida ao diário La Opinión de Tenerife, o bispo Bernardo Álvarez já disse isso, com todas as letras e o cinismo que lhes é peculiar. Veja:
O bispo Bispo justifica pedofilia: ‘tem criança que provoca’
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/08/bispo-justifica-pedofilia-tem-criancas.html
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/08/bispo-justifica-pedofilia-tem-criancas.html
seguinte, não concordo de maneira nenhuma que a culpa seja da mulher num estrupo, mas de maneira nenhuma mesmo, acho que o estrupo deveria ser considerado um dos piores crimes com penas severas.
masssssssssssss, existem os doentes mentais, como pedófilos, existem mentalidades doentes, e isso é igual a uma droga, imagina um viciado em crack deixar de usar o crack com a droga a todo segundo aparecendo na sua frente? alguém sabe se ele consegue largar da droga? a liberdade trouxe junto com ela uma vazão de sentimentos obscurecidos de uma liberação sexual estranha e desenfreada, citei exemplos de musicas que interferem radicalmente na mentalidade das pessoas, fazendo-as liberarem os desejos secretos mais sombrios do ser humano, a libertinagem sexual é explicito para todos ouvirem, ate crianças que deturpam o sentido que deveriam ter sobre família e cidadania, exemplifico: qual criança que ouve funk e pagode baiano que quer saber de casar? nenhum pois aprendem que toda mulher é vagabunda, promiscua, e o pior de tudo, várias mulheres apoiam essa ideia, dizem a pleno pulmões: " SOU PIRIGUETE". podem muitos aqui ficar nervosinhos com a igreja, mas na realidade a "liberação sexual", "o feminismo", o "machismo", o "hetero", o "homo", deixou no armário não foi sua opção sexual, foi a moral, a decência, foi o bom senso, apesar de não aceitar que para modificar a atual "imundice moral" que esse nosso pais vive, seja necessário entrar em uma igreja, concordo que as mulheres se valorizem mais,para ser gostosa e desejada não é necessário que se mostre o útero na rua, numa festa, ou na escola, não frequente baladas onde existam musicas que as denigrem, ensinem seus filhos a se portarem como cavalheiros perante um mulher, e nao sirva de exemplo de vagabunda perante eles, para que no futuro seus filhos não se tornem um estrupador ou um pedofilo. fui bem claro???
Primeiro porque nem todo homem é "um estuprador em potencial". Só estupra quem tem propensão à isso. Por mais que eu possa me sentir tentado a fazê-lo, jamais o farei, pois sei me controlar. Sei respeitar a mulher, e sei que ela não é propriedade minha.
O argumento de que "a culpa é da mulher" só piora a situação do homem, pois o coloca como sendo uma criatura incapaz de controlar seus impulsos.
Não, a culpa não é da mulher. Sexo é algo consensual. Aliás, para uma pessoa normal, sexo é muito mais prazeroso se você sabe que está dando prazer para o conjugue.
O Brasil é o Afeganistão Cristão, e estamos cercados de Talibans de Cristo por todos os lados.
Se o uso de roupas discretas protegesse alguém contra estupros, países que adotam a burca teriam índice zero deste tipo de crime. Muito antes pelo contrário. E acho que nem preciso falar da Índia, talvez o país com o maior índice de violência contra a mulher. Vc acha que as mulheres lá usam shortinho e minissaia?
Depois dizem que a igreja sempre prega o amor. Desse jeito?!
É sempre assim, é culpa da mulher, que estava usando "roupas indecentes" na rua. A culpa é do gay que estava na boate numa rua "perigosa" de madrugada. NUNCA a culpa é do criminoso! Chega a ser espantoso! É simplesmente nojento!
E consequentemente, pessoas que pensam assim se tornam tão baixas e podres quanto esses criminosos, merecedoras de nosso total repúdio.
Foi! Deixou bem claro seus achismos e preconceitos!
Que digam as judias, ciganas e negras... :~(
Obrigado
Este italizano é apenas um exemplo, mas de forma alguma é uma exceção à regra.
Religiosos que pensam diferente dele, é que são a exceção (se existirem)
até mesmo a espiritualidade (seja lá o que isso represente para o religioso) é prejudicada.
Não é possível que essas pessoas não percebam o erro que estão cometendo, daí minha crítica ao poder de degradação da moralidade humana que a religião possui. É de dar medo.
Aconteceu algo semelhante comigo.
Há alguns meses eu fui assaltado e as pessoas tiverem a imbecilidade de falar que eu tive culpa por, segundo elas, estar esnobando meu dinheiro na carteira na frente das outras pessoas e por ter cordão e anéis de ouro à vista. Eu falei:
- Ah! Então a culpa é minha por ter mais dinheiro que a média das outras pessoas? Então não é crime se eu assaltar quem tem mais dinheiro que eu?
Ah! vá a m****
Vai me dizer que as pessoas saem por aí descontroladas levando tudo que está exposto no supermercado? Que saem roubando carros que estão ali super visíveis e brilhantes nas concessionárias?
A exposição não justifica a invasão, a apropriação. Está a vista, pode olhar. Quanto a tocar, cheirar, enfiar, usar... aí já é outra história!
Tenho a impressão que tal comportamento de submeter mulheres tenha tido origem nos tempos das cavernas e foi sendo reforçado por diferentes culturas. Não conheço nenhuma que tenha sido diferente, se houve algum grupo onde mulher era que dominava, deve já ter sido extinto. Triste ver que evoluímos em tantas coisas, mas em algumas ainda estamos pensando agindo como o Brucutu e a Ula...Aquela imagem do troglodita arrastando a 'fêmea' pelos cabelos até a caverna nunca perde a atualidade...
A culpa NUNCA é da vítima!
Antecipo que, de acordo com a visão da ICAR, as mulheres não devem ter prazer sexual e devem servir unicamente para procriação. Logo, para tais religiosos, só os homens são capazes de cometer estupros. Mas existem casos mundo afora de estupros cometidos por mulheres contra homens. E aí, ICAR e demais cristãos, e mesmo muçulmanos? Está certo isso?
Também devemos lembrar que a ICAR e os templos evangélicos têm muitas riquezas; estaria correto então um criminoso ou uma quadrilha tomar à força tais riquezas? Ou ladrão que rouba ladrão tem mesmo 100 anos de perdão!?
Então, não importa muito a roupa que se usa na rua, né...
Maria ?? a mesma que foi estuprada pelo Espirito Santo?
A opressão constante, praticada pelas sociedades em geral contra elas, tem que ser parte da explicação.
Ateístas não podem usar fatos como esses, como pretextos para extinguir a liberdade de pensamento e culto.
Ainda vivemos num mundo q segue uma rígida padronização do q se considera normalidade. E entre os parâmetros de presumida normalidade, para os mais conservadores, se destaca a rígida diferenciação de status de gênero na qual o homem se coloca superior à mulher e deve ser o provedor essencial.
O q os ultraconservadores (não só católicos, deixo claro) não sabem é q a mulher não está imune à violência em lugar algum. Mais de 70% dos estupros ocorrem em casa, por autoria de companheiros, maridos ou pais/padrastos, para satisfazer o desejo de autoafirmação masculina superior. Assim como estes casos, os ultraconservadores não saberiam explicar o ataque a idosas. Será q mulher idosa anda de biquíni, de shortinho ou piercing no umbigo e tops ruas afora? Será q ela sai por aí na necessidade de seduzir? Acho difícil,a despeito da crescente adaptação aos modismos atuais, pois elas já não possuem mais os antigos atrativos.
A desculpa está em um somatório de misoginia com a teoria do "coitadinho do homem" segundo a qual o cara "naturalmente" "não tem domínio sobre os seus instintos". Essa teoria não se justifica. E faz parte da natureza a mulher de certa forma provocar seu parceiro para ter uma relação afetiva e erótica mais saudável. Com tantos bilhões de pessoas na Terra, com consequências sociais e ecológicas importantes em nível global, o velho objetivo procriativo do sexo cai por terra. E ponto final, seu anônimo de 14 de janeiro de 2013 14:07.
É um homem infeliz, misógino, racista, doente, cheio de preconceitos.
Deve ser uma bichina enrustido coitado.
Morra com teus preconceitos.
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