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Crença que rejeita a ciência não merece respeito, diz Dawkins


O biólogo evolucionista britânico Richard Dawkins afirmou que crença religiosa que se coloca contra o consenso da comunidade científica não merece nenhum respeito.

“Uma coisa é uma pessoa dizer que acredita em Papai Noel e manter esta crença dentro de sua família, ainda que eu considere uma pena para os filhos. Mas quando começam a ensinar que a Terra tem apenas cerca de 10 mil anos, aí eu acho um absurdo e quero lutar contra isso.”

Ele discordou da afirmação de que as religiões são importantes porque fornecem códigos morais à sociedade. Tanto que, disse, por causa das crenças, “até bem recentemente considerávamos a escravidão como algo normal e também que as mulheres não deveriam participar dos processos democráticos”.


Em entrevista a Ronaldo Ribeiro, colaborador da Folha de S.Paulo nos EUA, Dawkins afirmou que não sabe se Deus existe, assim como “não sabemos se fadas existem.”

Acrescentou que ninguém leva a sério a existência dos deuses Thor, Zeus, Dionísio ou Shiva. “Por que deveria ser diferente com o Deus cristão ou com o judeu ou com o muçulmano?”

Dawkins afirmou que muitas pessoas acreditam no sobrenatural porque são “preguiçosas, covardes e derrotistas”. “[Elas] afirmam que não conseguem explicar, portanto deve ser algo sobrenatural”, quando deveriam dizer “eu ainda não sei, mas estou trabalhando para saber”.

Disse que não se deve perder tempo com divindades, até que haja prova de que alguma delas existe ou existiu.

Ao responder uma pergunta sobre a queda do número de católicos no Brasil e o aumento de evangélicos, falou não estar informado sobre o contexto do país, mas supõe que esse fenômeno se deva ao apelo social das igrejas evangélicas para atrair os jovens. Ele citou como exemplo os Estados Unidos, onde os cultos são como shows, se canta e dança.

Dawkins se encontra nos Estados Unidos em mais uma temporada de palestras que tem atraído milhares de pessoas. "Fila dando volta no quarteirão. Parecia estreia de um filme de Hollywood", escreveu Ribeiro, que se encontrou em março com o cientista na Universidade de da Pensilvânia.

Com informação da Folha de S.Paulo.




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