O personagem foi citado por Sottomaior em um debate com quatro religiosos |
“Você está debochando da nossa religião”, disse Cruvinel.
“Eu não posso permitir, senhor e senhora telespectadores, a comparação entre [um personagem de] história em quadrinho com o Deus criador do Céu e da Terra, que mudou a minha vida.”
O pastor foi um dos quatro religiosos convidados pelo programa “Mulheres”, da TV Gazeta, de São Paulo, para que fizessem perguntas ao Sottomaior sobre o que é ateísmo.
Os demais religiosos foram o umbandista Pai Guimarães, o rabino Michael Marmur (da Congregação Israelita Paulista), e Afonso Moreira Junior (Federação Espírita do Estado de São Paulo). O programa foi apresentado na tarde de quinta-feira (15) por Cátia Fonseca.
Cruvinel disse que Sottomaior estava recorrendo ao deboche — inclusive na página da Atea no Facebook — porque não consegue fundamentar a inexistência de Deus.
O pastor insistiu que o presidente da Atea apresentasse provas “científicas e laboratoriais” de que Deus não existe. Sottomaior respondeu que o ônus da prova cabe a quem acredita em divindade.
Pai Guimarães disse que a prova de que Deus existe são as forças da natureza. Para Sottomaior, contudo, essas forças não vêm de nenhuma divindade e podem ser comprovadas em laboratório.
“Eu vejo as forças da natureza e as comprovo, eu não creio nelas. Eu sei que existem as marés, eu posso explicá-las e colocá-las em uma equação”, disse.
O rabino Michael Marmur admitiu que a sua fé não é linear. Disse que, dependendo das circunstâncias, “às vezes acredita mais [em Deus] e às vezes menos”. Ele quis saber se esse tipo de coisa ocorre também com os descrentes.
Sottomaior falou que não no caso dele, mas reconheceu que existem pessoas que, quando se encontram no processo de desconversão, podem oscilar entre a crença e a descrença.
De qualquer forma, disse o presidente da Atea ao fazer uma comparação, quando se descobre que a barba do Papai Noel é falsa não há mais como acreditar em sua existência.
O ateu ficou surpreso com a pergunta do rabino, porque geralmente, segundo Sottomaior, os religiosos costumam dizer que sua fé é inabalável.
O espírita Afonso quis saber o que é, para um ateu, ser bom. Sottomaior respondeu que é se preocupar com o bem estar do próximo. É sentir o que o outro sente, é empatia, e não porque se teme um deus, que é o caso dos crentes.
Ao final do programa, o pastor Cruvinel disse que, na eternidade, Sottomaior ia ter de prestar conta ao Deus que ele diz não existir.
Comentário do presidente da Atea: “As religiões estão sempre fazendo ameaças”.
Tweet
http://www.paulopes.com.br/2013/08/pastor-se-irrita-com-a-comparacao-entre-biblia-e-hq.html
Com informação do vídeo do programa.
fevereiro de 2011
Comentários
Postar um comentário