Autor diz que faz um trabalho de "educação" |
O professor americano de filosofia Peter Boghossian, 47, escreveu um polêmico livro intitulado “Um manual para criação de ateus”, cujas vendas têm se destacado na Amazon.
Ele afirmou que não se trata de proselitismo ateísta, mas de uma forma amigável de convencer aos poucos crentes a abandonar a sua fé por intermédio da razão.
"A fé é um processo de raciocínio não confiável", disse. "Por isso precisamos ajudar as pessoas a valorizarem os processos de raciocínio que irão levá-las para a verdade. "
No livro, ele apresentou um método para que crentes pensem mais criticamente. Boghossian chama de “epistemólogos de rua” os ateus que se dedicam a esse trabalho de convencimento.
O método se baseia em três pontos:
1 – Evitar argumentar com fatos, porque eles raramente conseguem persuadir. O que o “epistemólogo de rua” deve fazer é questionar as “verdades” dos crentes, de modo que eles façam uma reavaliação do que acreditam.
2 – O “epistemólogo” deve ter muita paciência, porque a “desconversão” leva muito mais tempo que a conversão. Nesse trabalho, os ateus têm de resistir à frustração.
"Manual" está na lista daAmazon dos mais vendidos |
Boghossian tem aplicado o método em alunos e amigos, e o resultado, segundo ele, tem sido satisfatório.
Ele disse que os crentes são dependentes da fé, e, como tais, podem ser comparados aos viciados em drogas. “A fé é um vírus contagioso.”
O seu livro tem sido criticado por religiosos e também por ateus que o acusa de fazer proselitismo.
Boghossian tem se defendido com o argumento de que proselitismo é, por definição, converter pessoas a uma “forma fechada” de pensamento, a uma crença.
Ele afirmou que a proposta do seu livro é “educar” os crentes, o que é bem diferente de converter pessoas ou fazer proselitismo.
Com informação do site Religion News Service, entre outras fontes.
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