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Deputado propõe distribuição de kit bíblico evangélico e católico

Kennedy Nunes
Para Kennedy Nunes, falta de religião
transforma ser humano em androide
O deputado estadual do PSD Kennedy Nunes (foto), de Santa Catarina, apresentou projeto de lei para que o Estado financie e distribua um kit bíblico às escolas da rede estadual, abrangendo alunos de 6 a 12 anos.

Pela proposta, o kit vai contemplar “todas as religiões”, mas curiosamente se apresentará em apenas duas versões, uma com a Bíblia evangélica e outra com a católica. Não haverá livros sagrados de outras religiões, como Corão e Torá.

Filho de missionários da Assembleia de Deus, Nunes há mais de 30 anos é harpista do grupo “Dedos de David”, de acordo com a Wikipédia.

O projeto de lei é inconstitucional porque a laicidade do Estado impede que qualquer instância de governo se envolva direta ou indiretamente com crenças religiosas.

Apesar disso, o deputado não vê qualquer “problema” em se falar de religião nas escolas. “Querem falar de religiosidade e até de gêneros, e por que a religião não?”

No Twitter ele escreveu: “Falta de religião faz do ser humano um androide”.

Cássia Ferri, especialista em educação, disse que o projeto de lei pode causar desconforto nos alunos se não contemplar todas as religiões.

“As escolas públicas precisam aceitar toda a diversidade religiosa, e a leitura dos textos bíblicos é válida, mas não pode ser a única opção aos alunos”, disse ela, sem mencionar que a descrença é também um direito assegurado pela Constituição.

O projeto de lei tem repercutido nas redes sociais, com mais críticas do que elogios.

Na página do Facebook de Nunes, por exemplo, Ricardo Gama escreveu: “Deputado, androide é um ser automatizado que imita a figura humana. Sou ateu e digo-lhe que essa carapuça não serve para mim, e sim para esse monte de religiosos que acredita num suposto deus como se fossem robots, obedecendo a regras arcaicas de um livro primitivo escrito por pessoas primitivas e delirantes”.

O projeto de lei ainda precisa passar por comissões da Assembleia Legislativa, para, se aprovado, ser votado em plenário.

Com informação do Clic RBS e do Facebook do deputado, entre outras fontes.





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maio de 2010


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