O marxista Leandro Konder era tido como um "suave contestador" |
A cordialidade era uma característica da personalidade de Konder. Ele era descrito como um “suave contestador”.
Leandro Augusto Marques Coelho Konder nasceu no dia 3 de janeiro de 1936 e morreu em 12 de novembro de 2014. Ele sofreu do mal de Parkinson por 10 anos.
Ele se formou em direito e fez doutorado em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi divulgador das ideias do marxista húngaro György Lukács. Foi preso e torturado pela ditadura militar. Escreveu mais de 20 livros. Militou no PCB e PT e foi um dos fundadores do PSOL.
Na mesma entrevista, ele disse que a religião e a consciência religiosa são muito mais ricas do que Marx pôde perceber em sua época.
Por isso, ele pedia que houvesse, da parte dos marxistas, uma reavaliação positiva do papel da religião, porque ela não se limita a ser um pensamento dogmático, petrificado.
Ele próprio começou a ver a religião pela perspectiva de uma benevolência a partir de sua amizade com o teólogo Leonardo Boff e Frei Betto.
Mas acrescentou que isso não significava que ele tinha deixado de ser descrente, de ser ateu. Garantiu não haver nenhuma possibilidade de se converter ao catolicismo.
Konder disse também, na entrevista, que procurava participar da política não apenas no plano teórico, mas também no prático.
Ele citou o teatrólogo Bertold Brecht para quem a vitória da razão só pode ser a vitória das pessoas razoáveis. E a razão não existe por si mesma, mas pela condução das pessoas, da ação. “Então, se as pessoas razoáveis não vencem, a razão não prevalece.”
Com informação do site da FAPESP e foto de divulgação.
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