Musauer foi à Justiça contra a música |
O muçulmano brasileiro Marcelo Abbas Musauer (foto), produtor e apresentador de TV, acusou a marchinha de Carnaval “Cabeleira de Zezé”, composta por João Roberto Kelly e Roberto Faissal e gravada em 1963, de ser uma ofensa a Maomé.
Ele afirmou que a marchinha “enxovalha” o nome do profeta que criou o islamismo, uma das maiores religiões. “A música mistura o profeta com uma festa profana. Imagina se fosse com Jesus Cristo, e as pessoas gritassem ‘bicha, bicha’?”
A letra da música é: "Olha a cabeleira do Zezé / Será que ele é / Será que ele é / Será que ele é bossa nova / Será que ele é Maomé / Parece que é transviado / Mas isso eu não sei se ele é / Corta o cabelo dele! / Corta o cabelo dele!"
Em 2008, Musauer pediu a abertura de processo contra a Irmãos Vitale, detentora dos direitos autorais da marchinha. Mas a Justiça fluminense indeferiu o pedido com o argumento de que a “Cabeleira de Zezé” não se refere à religião islâmica nem faz alusão negativa a Maomé.
Além disso, o juiz Maurício Chaves de Souza não aceitou Musauer como parte legítima da questão porque, caso houvesse ofensa, o alvo seria a religião, e não o fiel.
Lima sentenciou: "A letra apenas relaciona Maomé a uma pessoa cabeluda, aliás, como assim é retratado em gravuras, e isto, ainda por cima, para permitir a rima. (...) De outra parte, quando a letra da canção alude a transviado, palavra que não tem o significado de homossexual, antes de pessoa corrupta em seus costumes, está claramente a referir-se a Zezé".
Musauer acredita que é descendente de Maomé. Em 2012, ele concorreu a uma vaga de vereador na Câmara do Rio de Janeiro. Ele gosta de ser chamado de “sultão”, que é um título de autoridade islâmica.
Disse estar disposto recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal) contra a "Cabeleira do Zezé".
Será que ele é?
Com informação do jornal Extra.
Justiça decide que funk com trechos do Corão não é ofensa
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