No direito romano não havia pena por crucificação
Já outros profetas de seitas judaicas foram mencionados por seus contemporâneos, embora não tenham sido tão espetaculares como Jesus.
É o que afirma o norte-americano David Fitzerald, autor de “Dez mitos cristãos” (em tradução livre para o português) e de outro sobre o mesmo tema que será lançado em breve.
Ele afirma ser no mínimo estranho Jesus ter feito os milagres fantásticos, conforme relata a Bíblia, e ninguém de sua época falar dele, nem durante quase um século após a sua morte.
Fitzerald diz que a explicação só pode ser uma: Jesus não foi uma figura real.
Para ele, os apóstolos também são personagens literários. Eles e Jesus foram inventados cerca de 100 anos após a suposta morte do “filho de Deus”, diz Fitzerald. A importância dos apóstolos é que dão credibilidade aos evangelhos.
Por ordem cronológica, o primeiro evangelho, o de Marcos, foi escrito em Roma em 64 d.C. O segundo, de Mateus, foi escrito em Jerusalém para judeus-cristãos em 70 d.C. O terceiro, por Lucas em Antioquia para os gentios, é de 80 d.C. E o quarto, que João escreveu em Éfeso para os gentios da Ásia Menor, é de 95 d.C.
Fitzerald afirma que esses escritos parecem ser “alegorias literárias”.
Jesus é uma mistura de crenças antigas |
O escritor diz inconsistências nos evangelhos que sugerem terem sido escritos por pessoas que não viveram na Judeia. “Marcos, por exemplo, comete muito erros a respeito da vida e da geografia do local.”
Fitzerald afirma que também não convence o relato de que Pôncio Pilatos tenha feito o que os líderes religiosos judeus pediram, a execução de Jesus. Os judeus não tinham tanta influência, explicou.
Ele estranha que, pela Bíblia, Jesus tenha sido crucificado, uma pena do direito romano, e não apedrejado, de acordo com a lei judaica.
Diz que o cristianismo vem da época em que deuses e tradições antigas foram substituídos por outros, de novas seitas (com messias e evangelhos próprios), que concorriam entre si.
Uma dessas seitas acabou sendo incorporada ou absorvida pela dos judeus-cristãos. Trata-se da que tinha como culto João Batista.
Fitzerald lembrou que em 2002 o judeu Oded Golan descobriu urna de 64 d.C. com ossuário onde estava escrito: “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”. Mas em 2003 autoridades de antiguidades de Israel prenderam Golan pelo crime de falsificação. Ele saiu da cadeia em 2012 e nunca mais falou sobre a urna.
Para o escritor, é incrível que dois bilhões de pessoas acreditem na existência de Jesus e em seus milagres sem que “haja evidências”.
> Com informação do Daily Mail.
Jesus é uma farsa criada pelos romanos, afirma pesquisador
Não há nenhum relato da época de Jesus sobre sua existência