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Religiosos tentam anular veto municipal a sacrifício de animais

A associação que representa as religiões de matriz africana de Campinas (SP) e região entrou com recurso no Ministério Público Federal contra a lei de Valinhos que proíbe sacrifício de animais em rituais religiosos.

Religiosos alegam que
só sacrificam bichos que
servem para o consumo
Embora tenha apenas um terreiro de Candomblé, Valinho é a única cidade do Brasil que estabeleceu essa proibição.

O autor da lei em vigor desde o mês passado é o vereador César Rocha (PV). Vegetariano, ele é militante dos direitos dos animais.

Tiago Silva, advogado da associação dos religiosos, disse que a lei é inconstitucional por três motivos: discrimina determinadas religiões, não é atribuição municipal legislar sobre esse tema e o sacrifício de animais é feito de acordo com determinações da Agricultura.

O Pai Gita, de Campinas, disse que nos terreiros não há sacrifício de gatos, cachorros ou animais silvestres, mas só daqueles que servem para o consumo humano, como cabrito, frango e pombo.

Disse que os animais são degolados em um só golpe, sem sofrimento, diferentemente do que ocorre nos matadouros de indústrias, como a Sadia e Friboi, onde os bichos são torturados e afogados.

Quando propôs a lei, o vereador Rocha argumentou que a Constituição não permite que animais sejam submetidos à crueldade.

Acrescentou, na época, que a Constituição garante a liberdade religiosa, desde que seja respeitado o bem mais essencial dos seres, a vida.

Com informação do JTV.







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