Houve escândalo de abuso em vários países |
Nos últimos anos, países onde há profundas raízes católicas foram chacoalhados pela descoberta de atuação sistemática de padres pedófilos que contaram com a benção do silêncio da hierarquia da Igreja.
Entre esses países estão Estados Unidos, Alemanha, Irlanda, França, Itália, Austrália, Bélgica e Argentina.
Curiosamente, o Brasil está fora dessa lista, embora o país seja (ao menos por enquanto) um dos mais católicos do mundo.
Aqui, os casos de padres pedófilos têm sido pontuais. O escândalo de maior repercussão ocorreu em 2011, o dos padres de Arapiraca, Alagoas.
Não há no noticiário nenhuma história como da Alemanha, onde centenas de padres abusaram de coroinhas e estudantes de estabelecimentos católicos ao longo de décadas.
Na Itália e Argentina, em outro exemplo, os tarados da Igreja não pouparem sequer alunos de escola de surdos-mudos.
O que explica não haver algo parecido no Brasil?
Por algum motivo, a Igreja Católica brasileira tem menos padres pedófilos do que a de outros países?
É desejável que sim, porque isso significa que, proporcionalmente, no Brasil há menos vítimas da santa pedofilia.
Mas ninguém pode garantir que a Igreja Católica brasileira seja uma exceção.
A Igreja Católica é tida como a primeira multinacional, uma percussora do McDonald's, cujos sanduíches e atendimento são padronizados, igual em todo mundo.
Em todos os templos católicos há água benta, por exemplo.
Os rituais da missa são exatamente os mesmos.
É frequente a transferência de sacerdotes de um país para outro.
A Igreja Católica é única, e não várias, diferentemente, portanto, da igreja protestante.
Por essas e outras razões, cabe a suspeita de que a hierarquia católica brasileira tem sido mais eficiente no acobertamento de casos de pedofilia em grande escala.
Eis aí uma questão que merece atenção de historiadores e jornalistas.
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