Império da Renascer começa a se desmoronar

Estevam Hernandes e Sônia, os donos da Renascer, estão tão enrolados em tramóias, que o império que eles construíram vai (já está) desmoronar como um castelo de cartas. Provavelmente nunca será reduzido a zero, porque sempre haverá gente inocente (ou otária, se alguém preferir essa palavra) que dará crédito a milagreiros. Nos Estados Unidos, onde o ‘apóstolo’ e a ‘bispa’ se encontram presos, pelo menos sete igrejas da Renascer foram fechadas nos últimos anos, informa Vinícius Queiroz Galvão, da Folha. Lá, agora só existe um templo na periferia de Miami.

As igrejas foram fechadas sob a acusação de que eram usadas para lavagem de dinheiro proveniente do Brasil. Lá (como aqui), as igrejas não pagam imposto de renda, mas são obrigadas a apresentar ao fisco a contabilidade da arrecadação do dízimo e que uso teve o dinheiro –no Brasil não existe esse controle.

No Brasil, a Renascer teria mais de mil igrejas. Ultimamente, a maioria delas têm estado vazias. O dízimo caiu bastante. Muitas vão ter de ser fechadas. Outras igrejas pentecostais deverão herdar parte da “clientela” da Renascer.

A isenção de imposto às igrejas tem de ser revista no Brasil, porque há suspeita de que outros templos pentecostais se valem disso para promover maracutaias e o enriquecimento de seus dirigentes. Fala-se até em lavagem de dinheiro do narcotráfico.

Mas esse é um assunto que nem sequer se cogita no Congresso Nacional. Os nobres parlamentares temem sofrer pressão das igrejas e, em conseqüências, perder votos.

Época faz resumo das maracutais da Renascer.