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“Indignação não deve se nutrir da vingança”

Quem hoje no espaço de opinião da Folha critica o professor de ética Renato Janine, embora sem citá-lo, é Oswaldo Giacoia Júnior, professor de filosofia da Unicamp, em referência ao brutal assassinato do menino João Hélio.

Escreve Giacoia:
(...) por penoso que seja dizê-lo, o açodamento das reações emocionais não é um bom companheiro do prudente equilíbrio que deve balizar nosso juízo e discernimento nessas ocasiões. É justo que exijamos punições exemplares. Mas não que nossa indignação se nutra no desejo de vingança.

Giacoia transcreve o filósofo Nietzsche:

"O último terreno conquistado pelo espírito da justiça é o terreno do sentimento reativo! Quando ocorre, de verdade, que o homem justo seja justo inclusive com quem o prejudicou (e não apenas frio, comedido, estranho, indiferente: ser justo é sempre um comportamento positivo), quando a elevada, clara, profunda e suave objetividade do olho justo, do olho julgador não se turva nem sequer sob o assalto de lesões, escárnio, imputações pessoais, isso constitui uma obra de perfeição e de suprema maestria sobre a terra".

O saldo da discussão desencadeada pelo artigo do Janine na Folha talvez seja o de fazer a academia se manifestar sobre o avanço da barbárie no Brasil. Já era tempo. A discussão tem apresentado bom nível, ainda que alguns críticos (não é o caso de Giacoia) a Janine estejam contaminados pela emoção –e essa é justamente a acusação que se faz ao professor de ética.

O direito de julgar (por Oswaldo Giacoia Junior), só para assinante da Folha.

Mais críticas a Janine, acusado de ser o “filósofo da tortura”
xxx

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