O historiador Paulo César de Araújo disse que se sentiu abandonado pela editora Planeta na defesa do seu livro “Roberto Carlos em Detalhes”, contra o qual o cantor recorreu à Justiça para tirá-lo de circulação sob a alegação de houve invasão em sua privacidade.
Araújo falou a Eduardo Simões, da Folha, que, na sexta-feira, quando foi fechado um acordo judicial para tirar definitivamente a biografia das livrarias, sabia-se desde o começo que a sorte do livro já estava selada.
Além da falta de empenho do advogado da Planeta, acrescentou, houve da parte do juiz criminal Tércio Pires, que presidiu a audiência, um “clima favorável” a Roberto Carlos. O juiz, segundo Araújo, afirmou várias vezes que poderia haver uma condenação cuja indenização seria muita alta. O juiz contesta essa versão.
O juiz é também músico, cantor e compositor de MPB. O seu nome artístico é Thé Lopes (foto). Ele e os promotores tiraram fotos com Roberto Carlos. O cantor recebeu do juiz, como presente, o CD “Pra Te Ver Voar”. Araújo disse que viu o seu livro “sendo queimado nesse cenário surreal”. Pires lembrou que também deu o seu CD --o primeiro de sua carreira musical-- a todas partes do caso, como “um gesto de pacificação”.
O advogado da Planeta, Ronaldo Tovani, disse que o acordo só foi fechado porque houve concordância de Araújo. “Se houve arrependimento [do biógrafo], é uma situação em que não se pode recuar”, disse.
Fechado o acordo, o Araújo chorou.
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