Em sua crônica de ontem no Estadão, Arnaldo Jabor escreveu uma carta a um hipotético “Sr. Juiz” defendendo-se da acusação de Arlindo Chinaglia (presidente da Câmara) de que tenha chamado todos os deputados de canalhas. Jabor explicou que estava referindo-se apenas aos deputados que nos primeiros dois meses do ano pediram o reembolso de R$ 11,2 milhões por supostos gastos com gasolina, embora assim não tenha ficado claro no comentário que fez na rádio CBN.
Jabor:
Esse foi o meu ‘crime’, Sr. Juiz. Irrefletidamente, escrevi ‘os deputados’, talvez parecendo uma generalização; mas é óbvio que me referia aos autores da falsificação de notas fiscais das viagens interplanetárias e não a todos os parlamentares, principalmente porque há alguns que respeito profundamente - talvez não mais que uns 17, já que ultimamente cresceu o número dos 300 picaretas referidos uma vez por nosso ‘grande timoneiro’.
No último dia 26, Chinaglia disse que pretendia processar o comentarista. Ao hipotético juiz, Jabor pediu absolvição, “com a mesa leniência concedida recentemente a grandes brasileiros como Waldemar da Costa Neto, Paulo Rocha, José Janene, e tantos outros...”
E finalizou:
Agora, se V. Exa. se decidir por minha condenação, peço-lhe um único favor, humildemente: Condene-me a serviços comunitários, como faxineiro da Câmara dos Deputados , e garanto a V. Exa. que varrerei a sujeira dos tapetes verdes, lustrarei bronzes e mármores com o mesmo zelo e empenho que tenho tido, nos últimos 15 anos, usando apenas as vassouras da ironia e as farpas do escovão.Jabor, ateu famoso.
xxx
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