O ex-jogador Walter Casagrande Júnior (foto) deixou de comentar os jogos transmitidos pela Globo porque ele está sob tratamento médico para livrá-lo da dependência de cocaína, heroína e álcool, entre outras drogas.
A informação é da revista Placar, que foi criticada pelo comentarista esportivo Juca Kfouri com o argumento de que a revista invadiu a privacidade do ex-jogador.
A revista Veja, da Abril, a mesma editora da Placar, afirma que a notícia é importante porque mostra como as drogas interferem na carreira de um profissional, a exemplo do que ocorreu com o jogador argentino Maradona.
A dependência química de Casagrande já era comentada entre os profissionais de futebol. Em setembro de 2007, Casagrande e sua namorada foram feridos em um acidente que envolveu o seu jipe Cherokee.
Casão pegou Galvão pelos colarinhos por maltrato a funcionários |
A revista lembra que houve outro afastamento de Casagrande das transmissões de futebol da Globo, em 2006. Na época, a explicação oficial foi de que o ex-jogador estava com depressão, mas na verdade Casagrande passava por uma crise de dependência das drogas e quase não foi à Copa.
Além de viciado, Casagrande sofre de hepatite tipo C. Ultimamente, antes do acidente, estava magro e faltava com freqüência aos jogos para os quais eram escalados pelo Globo. Mesmo afastado, a emissora continua lhe pagando de R$ 50 mil por mês.
Veja lamenta o patrulhamento feito à Placar por ter dado a notícia. Diz: “Tanto quanto as agruras de Maradona com a cocaína ou o alcoolismo de Garrincha, é natural e legítimo que a imprensa se debruce sobre sua tragédia. A condenação da Placar é mais um sinal de que um vício não menos pernicioso ronda a imprensa brasileira: a balela de que, em nome da ‘camaradagem’, há que se cercear a reportagem”.
No site da Placar, Sérgio Xavier escreve que Casagrande é um “cara legal”, a ponto de, na Copa de 2002, segundo uma versão, ter pego o locutor Galvão Bueno pelo colarinho por ter tratado mal funcionários da Globo.
Mas “Casão”, diz Xavier, negligenciava a si mesmo. “Mesmo com hepatite, bebia. Perdia peso e a consciência de seus problemas. Estava longe da família, sobretudo dos três filhos. Talvez o capotamento do Cherokee possa ajudar Casagrande a colocar suas rodas no chão. É muito talento para se perder em uma viagem sem rumo e sem sentido.”
Envio de correção.
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outubro de 2008
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Pereira Neto.
Abraços
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