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Polícia indicia pai e madrasta pelo assassinato da menina Isabella

Anna e Alexandre chegam ao DP

A polícia anunciou na tarde desta sexta-feira o indiciamento de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e de Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, madrasta, pela morte da menina, que hoje completaria seis anos de idade. Na noite do dia 29 de março, depois de espancada e asfixiada pela madrasta, ela foi jogada pelo pai do 6º andar do apartamento de Alexandre. Essa é a versão da polícia com base nas investigações e laudos de pericias.

Alexandre e Anna continuam a sustentar a versão de que a menina foi assassinada por um estranho que invadiu o apartamento deles naquela noite. Mas nenhuma das dezenas das testemunhas ouvidas pela polícia disse ter visto algum desconhecido no edifício London, na zona norte de São Paulo. Filha de Ana Carolina Oliveira, a menina ficava com o pai a cada 15 dias.

O indiciamento –já esperado pela imprensa-- foi anunciado pelo delegado Aldo Galiano Júnior, da Polícia Judiciária, por volta das 15h. Nardoni ainda estava prestando depoimento, que durou 8 horas. O depoimento de Anna Carolina começou às 20 horas e terminou de madrugada. Até o final da noite desta sexta, havia a possibilidade de ocorrer uma careação entre os dois para que fossem esclarecidas possíveis contradições entre o depoimento de um e outro.

O delegado Aldo Galiano Júnior nada revelou sobre o depoimento de Nardoni. Disse que o inquérito continua sob sigilo, por determinação do delegado Calixto Calil Filho, do 9º Distrito Policial, que é o responsável pelas investigações. Assim, nada ainda vazou para a imprensa o que Alexandre e Anna disseram e se houve contradições entre eles.

O indiciamento significa que a polícia acusa formalmente os dois pelo homicídio da menina. Nesse caso, o homicídio foi caracterizado como doloso, com intenção de matar.

Na próxima semana, haverá a reconstituição do crime, com a participação de Alexandre e de Anna, o que encerrará o inquérito policial, se não houve necessidade de ouvir mais testemunhas. Em seguida, a polícia pedirá ao Ministério Público que encaminhe o inquérito à Justiça, a qual caberá julgar se o casal é culpado ou não. Nessa fase, de acusados pela polícias, eles passarão a ser considerados réus. O processo judicial poderá levar anos.

Houve protesto de populares na saída do casal da casa do país de Alexandre, pela manhã, e na chegada à delegacia onde haveria os depoimentos. De madrugada, a polícia deteve pessoas que estavam pichando as imediações da casa do pai de Alexandre, o advogado Antônio, com a palavra “justiça”.

Ao final da noite desta sexta, a informação era de que Alexandre e Anna não voltariam para a casa de Antônio. Eles iriam para um hotel cujo endereço não seria divulgado por motivo de segurança.

O pai e advogados de Nardoni temem que o casal possa sofrer linchamento. Hoje, quando Alexandre e Anna estava saindo para a delegacia, houve quem tentasse atingi-los com pedra.


Dia de tumultos



Sangue no carro do pai
Somente nesta sexta, a polícia revelou que a perícia encontrou manchas de sangue da Isabella no carro do pai dela, Alexandre Nardoni. Isso indica que a menina começou a ser espancada no carro, um Ford K, antes de chegar ao apartamento do seu pai. Durante as investigações, a polícia chegou a anunciar que as manchas no carro não eram de sangue, mas foi uma maneira de confundir a defesa do casal, conforme revelou o Jornal da Globo. Também foi encontrado vestígio de sangue na sola do sapato da madrasta. Os laudos dos peritos foram fundamentais para o indiciamento do casal por homicídio doloso.

> Isabella faria 6 anos hoje. (Agora)

> Cresce em até 46% a audiência dos telejornais. (Folha)

> Caso Isabella.

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