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Cresce adesão da classe média ao consumo de crack

Tida como droga de pobres, porque custa pouco, o crack vem sendo consumido cada vez mais por pessoas da classe média. A constatação é do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), entidade ligada à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Em 2005, 0,7% da população brasileira entre 12 e 65 anos informou ter experimentado o crack, contra a taxa de 0,4% de 2001. A Folha de hoje publica dados dessa pesquisa do Cebrid.

Entre as explicações para o avanço do crack está o fato de a droga causa dependência mais rapidamente, além ter preço bem acessível – uma pedra custa em torno de R$ 2,50.

Há também a inventividade dos traficantes: no Rio, eles criaram a craconha, uma mistura de maconha com crack, também conhecida por zirrê. Quem já é viciado em maconha é um cliente em potencial dessa mistura.

No Rio Grande do Sul o consumo de crack é considerado uma epidemia. Estima-se que, lá, existam 50 mil dependentes.

Na cidade de São Paulo, o índice de viciados da droga é superior ao da população brasileira que em 2005 admitiu ter experimentado o crack.

A Secretaria Municipal da Saúde estima que 0,9% da população acima de 12 anos seja viciada, o que dá 70 mil pessoas. Uma jovem de 22 anos que mora em um bairro de classe média alta admitiu ao jornal que em um único dia fumou 40 pedras.

O crack faz efeito rápido – em 10 segundos atinge o cérebro. A sensação de prazer que o viciado tem é imediata. Mas trata-se de uma droga cujas conseqüências são devastadoras, porque o dependente tem necessidade de doses cada vez maiores.

Consumido em forma de vapor quente, abala em pouco tempo o sistema nervoso e o circulatório, os rins, os pulmões e destrói neurônios. Muitos viciados morrem de infarto do miocárdio ou de parada cardíaca.

“É uma droga muito barra pesada”, afirma a psiquiatra Analice Gigliotti, da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas).

No Youtube, existem vídeos nos quais aparecem jovens sob o efeito da droga, muitos deles menores de idade. Há também orientação com a pedra deve ser consumida.

As imagens abaixo são de uma reportagem do ano passado de uma emissora do Piauí. Em Teresina, capital do Estado, também há epidemia.

 

 

> O que é o crack. (Wikipédia)

> Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína das Américas. (junho de 2008)

> Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

Comentários

Anônimo disse…
Oh SENHOR tenha misericordia está droga é uma DESGRAÇA....CORRAM ,FUJAM ,GRITEM...
Tenho 36 anos ,classe media ,sou usuaria
Anônimo disse…
Oh SENHOR tenha misericordia está droga é uma DESGRAÇA....CORRAM ,FUJAM ,GRITEM...
Tenho 36 anos ,classe media ,sou usuaria
Anônimo disse…
O que mais nos indigna não é o crescente número de viciados em crack, mas a indiferença da população brasileira em relação a isso. Há uma disposição sem precedentes para passar horas em pé para assitir escolas de samba desfilarem em um carnaval, há uma disposição sem precedentes para enfrentar horas em uma fila de um estádio afim de assistir uma partida de futebol e até mesmo debaixo de chuva, porém não disposição dessa mesma sociedade para se mobilizar e ter alguma ação frente ao avanço dessa destruição social e familiar. É hora de revermos nosso conceito como sociedade.
Anônimo disse…
Tapa na pantera....
Anônimo disse…
Realmente muito difícil... Enquanto não for tratada como epidemia nacional, só haverá desgraças familiares.
Anônimo disse…
sou usuario do crack tenho 18 anos moro em Belo horizonte fumo crack com maconhaaa minha maior luta e pra sair dessa merdaaa sem que ninguem percebaaa ... ja fumeiii 15 "fristo" maconha com crack num dia ja desmaei de tanto fumarr essa merdaa...
nuncaa entree nessa merdaaaa ... sou de classe media altaa ja esprementei varios tipos de drogass... hj tenho medoo do futurooo ... que Deus me protejaa e me salve de todo o mall amem ...
Vencedor disse…
O crack, com seu poder devastador, definitivamente invadiu a classe média. Minha história é bem parecida. Sou universitário, classe média alta e tenho 24 anos. Fui viciado em crack durante os últimos 3 anos e hoje estou ha 42 dias sem essa maldita droga. Nem preciso dizer que tive que chegar ao fundo do posso para perceber no que havia me metido. Antes tarde do que nunca! O que posso dizer é que a recuperação é muito difícil, mesmo com todo o apoio necessário. A droga é realmente poderosa. Busquei em mim uma motivação interior, a mais forte possível, para que agarrado nisso eu pudesse superar. Tem funcionado bem e hoje me sinto indescritivelmente melhor. Mas não foi nem um pouco fácil, só que valeu a pena. Hoje tenho um blog, que fiz como desabafo, e que tem me motivado muito a continuar lutando. Vou tomar a liberdade de deixar aqui o endereço, pra que possam conhecer a minha história e confirmar que o crack está muito mais perto do que pensamos

http://cracknuncamais.blogspot.com
Anônimo disse…
Sou viciado em crack a mais ou menos 4 anos, nem sei como ainda estou vivo pra contar isso , ja busquei ajuda , fiquei internado em um centro de tratamento por 3 meses,saindo fique limpo durante mais dois meses,quando tive uma queda: estava sozinho em casa e com um dinheiro , ja havia passado por essa prova algumas vezes, porém dessa vez não consegui.Estou recaído no presente momento e sinseramente minha luta é totalmente individual , pois não tenho apoio da minha família, pois eles não acreditam na minha recuperação, e cada vez fica pior, pois vou enfraquecendo com isso, mas enquanto meu coração pater dentro do meu corpo eu não irei desistir de lutar contra a maldita droga, tenho que vence-la com a ajuda de Deus ,pois ela ate então quase acabuo com a minha vida, que Deus possa me ajudar , me dar força e me abençoar.
Anônimo disse…
é preciso que as autoridades tomem medidas urgentes em socorro das vitimas do crak, pois nossa juventude esta sendo contaminada por essa praga e assim se nada for feito teremos no futuro uma humanidade totalmente dependente, onde todos serão afetados. socorro autoridades façam alguma coisa de concreto, salvem a juventude.

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