Conselho insiste: não houve erro com os irmãos esquartejados

O Conselho Tutelar de Ribeirão Pires (SP) reuniu-se nesta quinta (11) e concluiu: não houve erro no caso dos meninos assassinados e esquartejados pelo pai e pela madrasta. A informação é do Globo Online.

Os irmãos João Vitor, 13, e Igor Giovanni, 12, ficaram no ano passado nove meses no Abrigo Novo Rumo por causa das agressões que sofriam em casa de João Alexandre Rodrigues, o pai, e de Eliane Aparecida Antunes, a madrasta.

Os garotos foram tirados do abrigo pela conselheira Edna Amante, que acompanhava os dois desde 2005. Ela teria tomado a decisão com base em uma avaliação de um psicólogo segundo a qual os meninos ‘manobravam a realidade’ para permanecerem no abrigo.

Ao voltarem para casa, João e Igor foram expulsos. Detidos na praça da cidade pelo guarda municipal, Edna determinou mais uma vez que eles fossem entregue ao seu pai. Dois dias depois, um gari achou um saco de lixo com a perna de um dos garotos.

Após a reunião de hoje, da qual Edna não participou, Alexandre Damasio Coelho, advogado do Conselho, falou à imprensa que não foi “encontrada nenhuma irregularidade” no procedimento da entidade.

Ontem, Edna Amante disse estar tranqüila, ainda que abalada com a morte dos garotos. “Fiz tudo o que era possível pelos dois.”

Na avaliação da polícia, mesmo estando os procedimentos dentro da lei, Edna não teve sensibilidade para compreender a gravidade da situação. Quando os meninos estiveram com ela pela última vez, levado por um agente da guarda municipal, eles pediram para ficar no abrigo. Edna disse não.

A morte dos garotos deflagrou uma discussão sobre a qualificação das pessoas que são eleitas para compor os conselhos tutelares de todo o país. Na avaliação de educadores e de psicólogos, o caso de Ribeiro Pires mostra que essas entidades precisam passar por profundas alterações.

> Caso dos irmãos mortos e esquartejados pelo pai e madrasta.