
Nem grávida escapa de assédio moral.
Veja só: o Sesc (Serviço Social do Comércio), entidade que se dedica ao bem-estar das pessoas, o que inclui seus funcionários, obviamente, foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar 10 salários com correção a uma nutricionista grávida de oito meses que foi humilhada e submetida a desgaste físico.
Em 1998 (sim, o caso é antigo, mas a condenação é recente), os responsáveis por uma unidade do Sesc de Curitiba (Paraná) apuraram que estavam sendo comprado carne para o restaurante do local em quantidade superior ao consumo.
Esse tipo de irregularidade é fácil de ser comprovado por intermédio da documentação da compra dos produtos e do controle do que é consumido. Desde que, claro, a papelada seja devidamente administrada.
Pois bem: em vez de reunir provas e levar o caso à polícia, aos administradores do Sesc resolveram pressionar a nutricionista. Mantiveram-na por quatro horas sob interrogatório, período em que ela não pôde se alimentar nem ir ao banheiro.
Detalhe: a nutricionista respondia pelo restaurante havia um mês. A sua antecessora, que cuidou do serviço por 11 meses, não passou pela sindicância, de acordo com relato do site Consultor Jurídico.
Consta nos laudos que, depois do interrogatório, a nutricionista teve de ouvir de colegas piadinhas de que ela ia abrir um açougue com a carne que estaria sendo desviada do restaurante.
Dois meses depois de sua volta da licença-maternidade, mesmo tendo estabilidade por ser da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), a nutricionista foi demitida.
Alguém pode argumentar que a nutricionista tenha sido de fato a responsável pelas compras extras de carne.
É possível, mas mesmo assim nada justifica o comportamento autoritário dos chefetes daquela unidade do Sesc.
Assédio moral é coisa de canalha.
> Casos de assédio moral.
> Casos da Justiça do Trabalho.
Comentários
Quase interrogatório de serviço secreto,quase que podia haver violência...
Quem tem poder adora perversamente exerce-lo.
Abraço amigo,
joao
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