Fundadores da Renascer tentam anular pedido de extradição

Eles querem se precaver

Os advogados do apóstolo Estevam e bispa Sônia Hernandes (foto), fundadores da Igreja Renascer, estão tentando obter do STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus, de modo que seja suspenso o pedido de extradição que a Justiça brasileira encaminhou os Estados Unidos.

No ano passado, os dois foram presos nos Estados Unidos ao entrarem naquele país com US$ 56,5 mil não-declarados. As cédulas estavam escondidas em malas, porta-CDs e na capa de uma Bíblia.

Ambos foram condenados a 140 dias prisão, em período alternado. Sônia saiu da cadeia no dia 8 de junho e agora é Estevan que cumpre a condenação. Em um acordo com a Justiça americana, para não ficarem mais tempo na prisão, o casal admitiu o crime. Mesmo assim, os religiosos terão de ficar nos Estados Unidos até agosto de 2009, em regime de liberdade vigiada.

Na justiça brasileira correm mais de cem processos contra os dois. Eles são acusados de estelionato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Recentemente, foi revogado um pedido de prisão preventiva contra os religiosos.

A intenção dos advogados, com o pedido de habeas corpus, é garantir que, em caso de haver novo pedido de prisão, Estevan e Sônia possam continuar nos EUA por mais algum tempo, até que possam voltar ao Brasil.

Os advogados argumentam que o STJ (Superior Tribal de Justiça), ao respaldar o pedido de extradição, não levou em conta o Acordo de Extradição entre Brasil e Estados Unidos, que não reconhece o crime de lavagem de dinheiro.

Agora que Estevam está preso, é a bispa Sônia, por intermédio de transmissões via satélite, que tem procurado evitar que haja maior dispersão de seu rebanho de fiéis.

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