Namorada do esquartejador diz a juiz: “Ele não é agressivo”

Helen de Matos Victoy, namorada do goiano Mohammed D’Ali Carvalho dos Santos (foto), 22, disse nesta quarta (19) ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara que o jovem não é agressivo.

Outras testemunhas de defesa falaram coisa parecida. Santos acompanhou em silêncio o depoimentos delas, mas em alguns momentos ele ria, informa o Diário Manhã, de Goiânia, que publicou a foto ao lado. Santos será ouvido pelo juiz no próximo dia 26, quarta.

No dia 26 de julho deste ano, sábado, Santos matou a turista inglesa Cara Marie Burke, 17, com uma facada nas costas que perfurou um pulmão e atingiu o coração.
No dia seguinte, ele esquartejou o corpo. O tronco ele colocou em uma mala da moça e jogou no rio que cruza Goiânia e deixou a cabeça, pernas e braços a 30 quilômetros da cidade, em um riacho, sob uma ponte. Mas antes tirou foto do corpo desmembrado para mostrar aos amigos.

Helen afirmou que Santos praticou o crime porque estava drogado.

O comandante da PM Cláudio de Oliveira Silva confirmou ao juiz que Santos tentou subornar policiais com R$ 70 mil. “Ele não se mostrou arrependido e fez várias ofertas [de dinheiro] para não ser preso.”

Uma das tentativas de suborno foi gravada e na época mostrada na tv.

Santos confessou o crime logo após de ter sido preso, no dia 31 de julho. Disse que matou a Mara Carie porque ela tinha ameaçado contar para a mãe dele – que então morava em Londres – sobre o seu envolvimento com drogas.

Na época, à polícia, ele disse: “Eu chamei Cara para ir em minha casa, e enquanto ele comia bolacha, sentada no sofá da sala, fui à cozinha e peguei uma faca [foto]. Voltei, tapei a boca dela e acertei a facada”.

O porteiro Domingos de Assis Leal confirmou ter visto Santos descer do elevador com uma mala e colocá-la no carro.

Poliana da Costa Novaes, amiga de Santos, disse ao juiz que, na festa de aniversário de um ano de seu filho, viu no celular do acusado fotografia do corpo de Cara, antes de o seu corpo ser esquartejado. Poliana falou que pediu uma explicação ao amigo e este teria dito que a turista inglesa estava fingindo estar morta, suja não de sangue, mas de ketchup.

> Caso Mara Carie Burke.