Só agora, mais de 30 anos depois, é que 60 ex-alunas e ex-alunos surdos-mudos de uma escola religiosa de Verona, norte da Itália, tiveram coragem de tornar público o drama que marcou a vida de cada um deles: foram vítimas de abuso sexual de padres.
A informação foi publicada pela revista L'Espresso com repercussões em toda a Itália.
De acordo com as denúncias, pelo menos 25 sacerdotes abusaram de mais de 100 estudantes -- crianças e adolescentes.
Relatos de ex-alunos publicados pelo site da revista [reprodução acima] dão ideia do bacanal: "Na sala estabelecida como confessionário (...) alguns sacerdotes aproveitavam para se masturbar e ser tocados ao mesmo tempo por meninas surdas (a porta estava nesse momento sempre fechada)".
No site da revista, há um vídeo no qual um ex-aluno conta que sofreu abuso dos 6 aos 10 anos de idade.
As vítimas resolveram enviar cartas à hierarquia da Igreja Católica detalhando os crimes. Esperaram por dois anos, e o Vaticano não se sensibilizou o suficiente para providenciar uma apuração, ao menos para um registro histórico.
Talvez porque esteja muito ocupado em ditar padrões morais para o mundo. Ou porque teme ter de pagar indenização às vítimas.
EXTORSÃO - atualização em 23 de janeiro de 2009
Nesta sexta, Giuseppe Penzi, bispo de Verona, negou que na escola tenha havido abusos sexuais. Segundo ele, os denunciantes visam extorquir dinheiro da igreja.
Reportagem da revista L'Espresso.
janeiro de 2009
Bispo em processo de santificação é acusado de abuso sexual
janeiro de 2009
Comentários
Que nojo desses salafrários...
Eu como católica, fico enojada com atitudes desses "padrecos ordinários".
E o Vaticano, ainda se omite em apurar esses casos de pedofilia.
A vergonha é ainda maior.
Näo é dessa forma que se corrige um erro.
A quem eles ainda querem enganar?
Mari.
ABSURDO!
E agora ainda por cima estes casos de pedofilia destes padres... Sempre fui católica praticante, mas do jeito que a Igreja anda ultimamente, não dá não. Mantenho minha fé em Deus, mas só voltarei a frequentar a Igreja quando sentir que ela se tornou menos pecadora do que nós, os comuns dos mortais.
M.
Viva Roma! Viva o Papa!
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