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Caso do bispo ultraconservador Richard Williamson.

> Papa admite que deveria ter consultado a internet para saber de bispo. (12 de março de 2009)

> Vaticano não aceita o perdão do bispo que nega o Holocausto. (27 de fevereiro de 2009)

> Bispo pede perdão por ter negado a existência do Holocausto. (26 de fevereiro de 2009)

> Bispo que nega o Holocausto tenta agredir jornalista. (25 de fevereiro de 2009)

> Argentina pede que bispo que nega holocausto saia do país. (19 de fevereiro de 2009)

> Bispo que nega o holocausto foi retirado da direção de seminário. (9 de fevereiro de 2009)

> Merkel reage à acolhida que papa deu a bispo que nega holocausto. (3 de fevereiro de 2009)

Comentários

Paulo Lopes disse…
Deu no Correio da Manhã, de Portugal:

O bispo 'amigo' dos nazis

Judeus, mulheres, comunistas e maçons são os seus inimigos de estimação. Há mais de duas décadas que as opiniões do bispo tradicionalista Richard Williamson sobre estes grupos são sobejamente conhecidas, mas isso não impediu o Papa Bento XVI de avançar com a sua readmissão na Igreja Católica, quase deitando por terra meio século de diálogo judaico-cristão.

Bastou uma entrevista ‘cirúrgica’, na véspera da sua reabilitação por Bento XVI, para colocar o nome de Williamson nas primeiras páginas dos jornais de todo o Mundo. Não porque tivesse dito algo de novo, mas por causa do ‘timing’ da entrevista. Nela Williamson reiterou que as câmara de gás "nunca existiram" e garantiu que apenas 200 a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração nazis, e não seis milhões. Mesmo depois do escândalo, não admite retractar-se, tendo feito apenas uma vaga promessa de "rever as provas históricas" e pedido perdão "a quem se sentiu ofendido".

Williamson garante não ser antissemita, mas defende veementemente, por exemplo, a autenticidade do Protocolo dos Sábios de Sião, um documento que supostamente se refere a um plano dos judeus para "dominar o Mundo", e que, apesar de já ter sido sobejamente denunciado como uma falsificação da Rússia czarista, continua a ser o livro de cabeceira de muitos neonazis.

Nascido no seio de uma família anglicana, Williamson converteu-se ao catolicismo os 31 anos, tendo estudado no seminário de Marcel Lefébvre, fundador da Sociedade de São Pio X, grupo católico que contesta as mudanças liberais do Concílio Vaticano II – como o abandono da missa em Latim ou a promoção do diálogo interreligioso – e se afirma como guardião da verdadeira fé católica apostólica romana.

Em 1988, Lefébvre decidiu ordenar Williamson e outros três padres da Sociedade como bispos, apesar das ameaças do Vaticano – acabaram todos excomungados por João Paulo II. É este ‘cisma’ de 20 anos que Bento XVI tentava agora resolver com a sua decisão de reabilitar Williamson e os outros três bispos tradicionalistas. Uma intenção polémica, até porque nenhum deles fez qualquer gesto de reaproximação ou retirou sequer uma vírgula às críticas que a Sociedade fez ao Vaticano nas duas últimas décadas. Williamson, por exemplo, continua a dizer que a Santa Sé é "controlada por Satã", e que uma eventual reconciliação entre o Vaticano e a Sociedade de São Pio X é "completamente impossível".

Perante a polémica, o bispo acabou por pedir perdão às vítimas mas ontem o Vaticano fez saber que não aceita as suas desculpas.

TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

Williamson gosta de ser polémico. Garante, por exemplo, que o 11 de Setembro não passou de uma conspiração dos EUA – com o auxílio da Mossad – para justificar as guerras no Iraque e no Afeganistão. Já sobre as mulheres, costuma dizer que "conseguem fingir que são capazes de ter ideias, mas se as tivessem não seriam mulheres". E acha que não devem usar calças ou calções, apenas saias.

A FIGURA

Richard Williamson nasceu no Reino Unido a 1 8 de Março de 1940, filho de pais anglicanos. Formado em Literatura pela Universidade de Cambridge, trabalhou como missionário em África, convertendo-se ao catolicismo em 1971. Estudou com Marcel Lefébvre e foi por este ordenado bispo em 1988, o que deu origem à sua excomunhão por João Paulo II.

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