Pelo menos sete portugueses estão inscritos na Dignitate (ou Dignitas), que é uma clínica na Suíça de suicídio assistido a pessoas com doenças terminais. A informação, divulgada pelo jornal português Correio da Manhã, é de Laura Santos, professora da Universidade do Minho e estudiosa do assunto.
Ela explica a diferença entre suicídio assistido e eutanásia: o primeiro ocorre quando o doente está plenamente consciente e toma um líquido que provoca a morte e o outro se dá quando a pessoa não tem condição de decidir sobre a abreviação ou não de sua vida.
A professora acredita que, quando morrer o primeiro português na Dignitate, o suicídio assistido entrará em discussões do país, com o apoio do PS (Partido Socialista), que é favorável à legalização desse tipo de morte. O partido defende a realização de um referendo, depois de o assunto ter sido debatido pelos portugueses.
Na Suíça, três clínicas promovem o suicídio assistido. A Dignitate é a única que aceita estrangeiros. Ela pertence a uma associação sem fins lucrativos cujo funcionamento depende de voluntários e de doações. Mas ainda assim cobra uma taxa de 10 mil francos suíços, cerca de R$ 18 mil.
Lá, entidades médicas não se opõem a esse tipo de suicídio, mas na categoria há quem tema que, em caso de legalização, haja uma banalização da medida, porque pagar uma clínicia de pacientes com data marcada para morrer custa menos do que manter a vida de quem necessita de cuidados da família, remédios e leito hospitalar por um tempo indeterminado.
Entidades pró-vida defendem o fechamento da Dignitate, que teve de mudar de endereços várias vezes para não ficar na mira dos miliantes. Muitos dos pacientes estrangeiros não atendidos em apartamentos alugados próximo à clínica.
A Bélgica tem lei de suicídio assistido desde 2002 a qual tem direito somente quem estiver submetido a sofrimento físico ou psíquico insuportável por causa de doença incurável.
Até agora, do total de belgas que se mataram dessa forma, 80% sofriam de câncer e tinham expectativa de vida de um mês, no máximo.
MAESTRO DOWNES E MULHER - atualização em 14/7/2009
O The Guardian desta terça informou que Edward Downes, 85, conhecido maestro do Reino Unido, e a sua mulher Joan, 74, tiveram suicídio assistido na Suíça. De acordo com os filhos do casal, ambos estavam muito doentes.
Os estrangeiros que mais procuram a clínica Dignitate são os britânicos. Em maio deste ano, o número de inscritos chegavam a 800.
Casos de suicídios.
O CVV É UM SERVIÇO DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.
TEL. 141. Atende também por e-mail e on-line.
Ela explica a diferença entre suicídio assistido e eutanásia: o primeiro ocorre quando o doente está plenamente consciente e toma um líquido que provoca a morte e o outro se dá quando a pessoa não tem condição de decidir sobre a abreviação ou não de sua vida.
A professora acredita que, quando morrer o primeiro português na Dignitate, o suicídio assistido entrará em discussões do país, com o apoio do PS (Partido Socialista), que é favorável à legalização desse tipo de morte. O partido defende a realização de um referendo, depois de o assunto ter sido debatido pelos portugueses.
Na Suíça, três clínicas promovem o suicídio assistido. A Dignitate é a única que aceita estrangeiros. Ela pertence a uma associação sem fins lucrativos cujo funcionamento depende de voluntários e de doações. Mas ainda assim cobra uma taxa de 10 mil francos suíços, cerca de R$ 18 mil.
Lá, entidades médicas não se opõem a esse tipo de suicídio, mas na categoria há quem tema que, em caso de legalização, haja uma banalização da medida, porque pagar uma clínicia de pacientes com data marcada para morrer custa menos do que manter a vida de quem necessita de cuidados da família, remédios e leito hospitalar por um tempo indeterminado.
Entidades pró-vida defendem o fechamento da Dignitate, que teve de mudar de endereços várias vezes para não ficar na mira dos miliantes. Muitos dos pacientes estrangeiros não atendidos em apartamentos alugados próximo à clínica.
A Bélgica tem lei de suicídio assistido desde 2002 a qual tem direito somente quem estiver submetido a sofrimento físico ou psíquico insuportável por causa de doença incurável.
Até agora, do total de belgas que se mataram dessa forma, 80% sofriam de câncer e tinham expectativa de vida de um mês, no máximo.
MAESTRO DOWNES E MULHER - atualização em 14/7/2009
O The Guardian desta terça informou que Edward Downes, 85, conhecido maestro do Reino Unido, e a sua mulher Joan, 74, tiveram suicídio assistido na Suíça. De acordo com os filhos do casal, ambos estavam muito doentes.
Os estrangeiros que mais procuram a clínica Dignitate são os britânicos. Em maio deste ano, o número de inscritos chegavam a 800.
Casos de suicídios.
O CVV É UM SERVIÇO DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.
TEL. 141. Atende também por e-mail e on-line.
Comentários
Casal com câncer morre em clínica suíça para suicídio assistido
Um casal britânico em estágio terminal de câncer morreu em uma clínica de eutanásia na Suíça.
Peter Duff, de 80 anos, e Penelope, de 70, morreram na clínica Dignitas, em Zurique, na sexta-feira passada, de acordo com a filha deles, Helena Conibear.
Não foi divulgado de que forma eles morreram.
Peter, um respeitado perito em vinhos, tinha câncer de cólon e fígado. Sua mulher tinha um tumor estromal gastrintestinal (GIST, em inglês), que é uma forma rara de câncer.
Em nota, a família disse que "Peter e Penny Duff faleceram juntos e serenamente", e elogiou os cuidados que ambos receberam de médicos e enfermeiras na clínica suíça.
Um porta-voz do grupo britânico contra a eutanásia Care Not Killing disse: "Este é um caso muito triste e incomum de um casal desesperado."
"Mas casos difíceis criam leis ruins e o fato é que se a eutanásia for legalizada algum dia na Grã-Bretanha, pessoas vulneráveis e gravemente doentes vão se sentir pressionadas a por fim à vida prematuramente."
A clínica foi criada pelo advogado Ludwig Minelli há dez anos como uma organização sem fins lucrativos. O suicídio assistido é permitido pelas leis suíças desde que quem contribui para que ele aconteça não ganhe com isso.
A prática é proibida em vários países e quase mil pessoas já viajaram para a Suíça para morrer com a ajuda da clínica.
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