Emocionalmente, dar presente (ou prestar homenagem) é tão importante quanto recebê-lo. E no entanto todo segundo domingo de agosto, Dia dos Pais, cerca de 30% dos brasileiros não têm a quem dar presente porque desconhecem o seu pai. Estima-se que a cada ano o número de crianças que nascem de pai desconhecido seja de 700 mil.
A cineasta Susanna Lira, 37, uma “sem-pai”, fez o documentário “Nada sobre o meu pai”, onde expõe “histórias de amor que querem e poder ser vividas”, conforme disse a Ruth de Aquino, de Época.
Uma dessas histórias é a de um homem cuja vergonha de estar preso se equipara com a de ter pai desconhecido.
Outra história é a de Marco Paulo. Aos 30 anos de idade, ele ainda se incomoda e certamente se incomodará para o resto da vida com os XXX que aparecem em sua certidão de nascimento, no campo destinado ao nome do pai.
Susanna afirma que foi criada por uma mãe “forte e guerreira”, como tantas outras que assumem sozinhas a criação dos filhos.
Mas ainda assim o pai sempre faz falta. O que, aliás, os psicólogos e psiquiatras sabem desde sempre, mas o documentário consegue dar a idéia da dimensão que assume tal carência emocional na população brasileira. Tanto que 80% dos jovens infratores são só “filhos só da mãe”.
Para o psiquiatra e psicanalista Maurício Miguel Gadbem (foto), a ausência do pai, ainda que seja por omissão, por desinteresse pela vida do filho, é uma das principais causas que levam os jovens às drogas.
Em seu consultório e na Clínica Cristália, em Itapira (SP), ele vem observando há mais de 20 anos que a maioria dos usuários compulsivos de drogas ou não conheceram seus pais ou são filhos adotivos. “Essas pessoas se negam a amadurecer.”
O documentário mostra um menino de 13 anos de Porto Alegre que é muito bem cuidado pela mãe, mas ele diz: “Queria meu pai pra jogar bola comigo”.
Para a filósofa e socióloga Ana Liese, que foi consultora de Susanna no documento, a imagem do pai desse menino vai lhe fazer falta o resto da vida.
“Esses homens [os pais desconhecidos] nem suspeitam que são o maior objeto do desejo de seu filho ou sua filha”, diz Ana.
Susanna completa: “A ausência do pai é um vazio que não é preenchido, é parte do significado da existência que você não consegue entender".
A cineasta Susanna Lira, 37, uma “sem-pai”, fez o documentário “Nada sobre o meu pai”, onde expõe “histórias de amor que querem e poder ser vividas”, conforme disse a Ruth de Aquino, de Época.
Uma dessas histórias é a de um homem cuja vergonha de estar preso se equipara com a de ter pai desconhecido.
Outra história é a de Marco Paulo. Aos 30 anos de idade, ele ainda se incomoda e certamente se incomodará para o resto da vida com os XXX que aparecem em sua certidão de nascimento, no campo destinado ao nome do pai.
Susanna afirma que foi criada por uma mãe “forte e guerreira”, como tantas outras que assumem sozinhas a criação dos filhos.
Mas ainda assim o pai sempre faz falta. O que, aliás, os psicólogos e psiquiatras sabem desde sempre, mas o documentário consegue dar a idéia da dimensão que assume tal carência emocional na população brasileira. Tanto que 80% dos jovens infratores são só “filhos só da mãe”.
Para o psiquiatra e psicanalista Maurício Miguel Gadbem (foto), a ausência do pai, ainda que seja por omissão, por desinteresse pela vida do filho, é uma das principais causas que levam os jovens às drogas.
Em seu consultório e na Clínica Cristália, em Itapira (SP), ele vem observando há mais de 20 anos que a maioria dos usuários compulsivos de drogas ou não conheceram seus pais ou são filhos adotivos. “Essas pessoas se negam a amadurecer.”
O documentário mostra um menino de 13 anos de Porto Alegre que é muito bem cuidado pela mãe, mas ele diz: “Queria meu pai pra jogar bola comigo”.
Para a filósofa e socióloga Ana Liese, que foi consultora de Susanna no documento, a imagem do pai desse menino vai lhe fazer falta o resto da vida.
“Esses homens [os pais desconhecidos] nem suspeitam que são o maior objeto do desejo de seu filho ou sua filha”, diz Ana.
Susanna completa: “A ausência do pai é um vazio que não é preenchido, é parte do significado da existência que você não consegue entender".
Comentários
Não consigo entender como alguém da área de saúde pode prestar um deserviço tão grande à Adoção no Brasil.
A partir do momento que uma criança ou adolescente é adotada, ele/a passa a ter família e esta informação que está no blog não condiz com a veracidade dos fatos.
Se há filhos adotivos usuários de drogas é pq eles não foram educados/encaminhados de acordo e não pq foram adotados.
Quem quiser saber mais sobre o tema adoção e filhos adotivos, visite a Comunidade GVAA Adoção um Exemplo de Amor, no Orkut, são quase 50.000 pessoas envolvidas em adoção, discutindo o assunto de maneira correta e lutando contra o preconceito aos filhos adotivos.
Yara Minelli
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