Pular para o conteúdo principal

Nestlé diz que culpa é da vítima que passou mal com chocolates

A secretária Isabel (nome fictício), de Itajubá (Minas), não pode consumir alimentos com glúten porque é alérgica. Por isso ela já se acostumou a ler os rótulos dos produtos industrializados antes de consumi-los. A Lei 8.543/92 determina que os fabricantes informem o uso dessa proteína.

Especialidades-Nestle Como na caixa de bombons Especialidades Nestlé não há menção  ao uso de glúten, ela consumiu alguns deles e passou mal.

O caso foi parar na Justiça, onde a Nestlé alegou que a culpa era exclusiva da vítima, porque na embalagem individual da cada bombom havia a informação sobre o glúten.

Mas a empresa não convenceu os desembargadores do TJ (Tribunal de Justiça) de Minas, que confirmaram a condenação da empresa em primeira instância.

A Nestlé vai ter de indenizar Isabel em R$ 15 mil. Ainda cabe recurso. A informação é do site do TJ-MG.

Antes de a secretária recorrer à Justiça, a Nestlé tinha se comprometido a pagar à consumidora R$ 899,20 referentes aos gastos que ela teve com médico e medicamento. Depois que comeu os bombons Chokito e Crunch, Isabel teve enjôos, gases e diarréia.

Mas Nestlé fez uma exigência: ela faria o ressarcimento, desde que a consumidora abrisse mão de qualquer reclamação à Justiça. Isabel não aceitou.

A consumidora procurou ajuda do Procon, que comprovou a falta da informação na Especialidades Nestlé em duas caixas do produtos adquiridas em um supermercado. O órgão descobriu que a embalagem já tinha sido considerada inadequada pela Funed (Fundação Ezequiel Dias).

O Procon aplicou à Nestlé multa de R$ 105 mil, valor que depois seria reduzido pela Secretaria do Governo de Itajubá.

A Nestlé teve de admitir a existência de glúten nos bombons, mas ressaltou que a porção era irrelevante, 20 partes por bilhão. A sua explicação foi de os flocos de arroz da receita do Crunch e do Chokito foram processados em máquinas usadas também na industrialização de outros cereais.

No TJ prevaleceu o julgamento do juiz de primeira instância Willys Vilas Boas segundo o qual o fato de a Nestlé ter acrescentado na embalagem dos novos lotes das caixas de chocolate a informação sobre o  glúten mostra que a culpa não foi da vítima.

> Mais sobre defesa do consumidor.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Estado laico coloca a religião na esfera privada e impede que ela seja usada pelo governo

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Pai de vocalista dos Mamonas processa Feliciano por dizer que morte foi por ordem de Deus

Padre acusa ateus de defenderem com 'beligerância' a teoria da evolução

Liminar derruba pai-nosso em escolas de Rio Preto. Vitória do Estado laico

Malafaia diz ter só R$ 6 milhões e que vai ‘ferrar’ a Forbes

Revista avaliou o patrimônio do pastor em R$ 300 milhões O pastor Silas Malafaia (foto), da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse ter um patrimônio avaliado em R$ 6 milhões e que, por isso, vai “ferrar” a revista Forbes por ter publicado que a fortuna dele está avaliada em R$ 300 milhões (US$ 150 milhões). "Vou ferrar esses caras (da Forbes)", disse ele à Folha de S.Paulo, referindo-se a sua intenção de mover uma ação contra a revista americana. "Vivo de renda voluntária, e eles me prejudicaram. [O fiel] vê aquilo e pensa, 'ih, não vou [dar o dízimo], tá me roubando." A revista estimou que Malafaia é o terceiro mais rico pastor do Brasil, ficando abaixo de Edir Macedo (com fortuna de R$ 1,9 bilhão), da Universal, e Valdemiro Santiago (R$ 440 milhões), da Mundial. Em quarto lugar está R.R. Soares (R$ 250 milhões), da Igreja Internacional da Graça, e em quinto, Estevam Hernandes Filho (R$ 130 milhões), da Renascer. Forbes informou que sua estima...

Estudo aponta que homofóbicos são homossexuais enrustidos

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Cristianismo é a religião que mais perseguiu o conhecimento científico

Cristãos foram os inventores da queima de livros LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião As epidemias e pandemias durante milhares de anos antes do cristianismo tiveram as mais estapafúrdias explicações dos deuses. Algumas mentes brilhantes da antiguidade, tais como Imhotep (2686-2613 a.C.) e Hipócrates (460-377 a.C.) tentaram passar explicações científicas para as massas de fanáticos religiosos, ignorantes, bestas humanas. Com a chegada ao mundo das feras cristãs, mergulhamos numa era de 2000 anos de trevas e ignorância. Os cristãos foram os inventores da queima de livros e bibliotecas. O cristianismo foi a religião que mais perseguiu o conhecimento científico e os cientistas. O Serapeu foi destruído em 342 d.C. por ordem de um bispo cristão de Alexandria, sob a proteção de Teodósio I.  Morte de Hipatia de Alexandrina em ilustração de um livro do século 19 A grande cientista Hipátia de Alexandria (351/370) foi despida em praça pública e dilacerada viva pelas feras e bestas imundas cristãs...

O que houve com as entidades de defesa do Estado laico? Evaporou pelo Bule de Russell?