O MPF (Ministério Público Federal) em Goiânia, em Goiás, investiga denúncias de mais quatro pacientes segundo os quais foram vítimas de cirurgia experimental para emagrecimento do médico goiano Áureo Ludovico de Paula.
Os pacientes afirmam que ficaram com sequelas, como perda de visão e de capacidade motora. Eles são dos Estados de Goiás, Sâo Paulo, Minas e do Distrito Federal.
Eduardo Siade, advogado de Ludovico, disse que seu cliente ainda não tinha sido comunicado sobre as investigações do MP.
O médico é o inventor de uma cirurgia que, segundo ele, cura o diabetes tipo 2, mas, tido como experimental, não é reconhecida pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
O médico usa o mesmo procedimento – que diminui o estômago em 40% -- para reduzir peso de obesos.
Desde 2007, ele já teria atendido cerca de 500 pessoas, entre elas o aparesentador da TV Globo Fausto Silva. A operação de Faustão foi uma das mais recentes. Ele já teria perdido cerca de 40 quilos. O apresentador não sofre de diabetes.
Apesar de o procedimento não ter o aval das entidades médicas, até um senador, o Demóstenes Torres (DEM-GO), se submeteu a ele. Demóstenes, que sofre de diabetes, já emagreceu, mas ainda não se curou da doença.
A procuradora da República Léa Batista de Oliveira informou os quatros pacientes que denunciam o médico passarão por uma perícia médica. Eles vão ser ouvidos pelo Ministério Público nos próximos dias.
O MP vai investigar também outros casos, inclusive alguns de pessoas que teriam morrido em consequência da cirurgia experimental.
O caso da advogada Daliana Kristel (foto), 31, se arrasta desde 2005, quando ela, com 90 quilos, foi operada por Ludovico de Paula sem que fosse informada de que o médico iria usar uma técnica experimental.
Até hoje Daliana está na cama. Por causa de complicações pós-operatórias, há em seu estomago uma fistula que se fecha, e ela tem de se alimentar como soro, pela veia.
Ela já passou por 17 operações para tentar recuperar as funções do estomago. Há mais de dois anos que não come nem bebe.
Daliana se aposentou por invalidez e está movendo uma ação contra o médico com o pedido de indenização de R$ 10 milhões.
Há outro processo contra o médico que tramita em segredo de justiça.
O Cremego (Conselho Regional de Medicina de Goiás) propôs em outubro ao médico que assinasse um termo pelo qual ele deixaria de operar para a suposta cura de diabetes, até que a nova técnica estivesse devidamente estudada.
O médico obteve da Justiça liminar para não assinar o documento.
O Cremego vai encaminhar novo pedido de liminar, agora com base na decisão tomada na quinta-feira (12) pelo CFM estabelecendo oficialmente que o procedimento de Ludovico é experimental.
Enquanto isso, o médico continua atendendo normalmente.
[Com informações do jornal Hoje, de Goiânia]
Comentários
ACREDEITO E ORO PELA REGULAMENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO, E DA CURA DE DALIAN KRISTEL.
DEIXO AI O SALMO 121 PARA TODOS
Infelizmente, no meio médico também há uma fogueira de vaidades com rivalidades que em nada beneficiam a Medicina Brasileira, nem os pacientes.Espero que em breve tudo se esclareça de forma limpa, cristalina e ética para o bem da nossa Medicina.
Postar um comentário