Com atualização em 22 de junho de 2012
Preso na Indonésia, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira (foto abaixo), 48, perdeu alguns dentes por causa de uma infecção na gengiva. Mas esse é um problema de nenhuma importância a quem está condenado à morte, e a sentença poderá ser executada a qualquer momento porque já se esgotaram todas as apelações.
No Brasil, ele ficaria na cadeia por até 15 anos ou, na melhor das hipóteses, responderia por seu crime em liberdade, beneficiando-se dos inúmeros recursos e brechas da legislação daqui.
O instrutor de voo livre foi flagrado em 2003 no aeroporto do Jacarta, a capital da Indonésia, com 13,4 kg de cocaína escondidos em sua asa delta.
Na sua versão, ele transportava a droga para obter dinheiro de modo a quitar uma dívida de US$ 55 mil (R$ 95 mil) de uma internação em um hospital de Bali, onde morava.
Ele sabia que a Indonésia tem a lei antidroga mais rigorosa do mundo, mas também tinha conhecimento de que, lá, há certo pudor de se revistar as pessoas, e foi em frente. E deu azar: no dia em que chegou ao país, a polícia estava examinando a bagagem de todo mundo por causa da suspeita de um atentado terrorista.
Moreira livrou-se de ser preso no aeroporto, mas foi pego 18 dias depois em Sumbawa, ao leste do país, quando tentava fugir de barco para o Timor Leste.
De acordo com Ricardo Gallo, da Folha, Moreira fez um apelo à imprensa e ao governo do Brasil para que não se esqueçam de que ele continua no corredor da morte.
Em fevereiro de 2006, Susilo Bambag Yudhoyono, presidente da Indonésia, negou a Moreira o pedido de clemência feito pelo presidente Lula. Foi, em tese, a última chance de o Moreira escapar do pelotão de fuzilamento.
“Fui condenado em primeira, segunda e terceira instância. Já estou cansado de ser condenado à morte. E até agora não me mataram”, disse. “Mas preciso voltar para a mídia porque estou praticamente abandonado.”
Moreira tem a esperança de que Lula não desista de sensibilizar o governo da Indonésia. “Sempre peço à minha mãe para que convença a dona Marisa a falar com Lula para que ele dê um jeito nessa história.”
Carolina Archer, 70, não vê o filho desde o final de 2008 pela dificuldade de viajar – ela sofre de câncer no pulmão. Em maio deste ano deverá visitá-lo na prisão de Nusakambangan, a 400 km de Jacarta.
“Quero que ele pague [pelo crime], mas não com a vida”, disse ela ao jornal.
Moreira não se queixa das condições da prisão. Até elogia, talvez para fazer um agrado às autoridades da Indonésia.
“Essa é considerada a melhor prisão do país”, disse. “Tem uma cantina legal e uma academia com esteira.”
Exceto pelo problema da gengiva, disse que nunca ficou doente na prisão e que fisicamente está bem. Com 1,80 m, ele tem conseguido se manter com 80 kg.
Moreira gostaria de voltar ao Brasil e formar uma família – casar e ter filhos. Mas, obviamente, ele se dará por feliz se a sua a condenação à morte foi transformada em prisão perpétua.
Com Marco está outro brasileiro, o surfista Rodrigo Gularte, 37, condenado à morte em 2004 por ter sido pego com 6 kg de cocaína.
Gularte ainda tem direito a um pedido de clemência, mas ele sabe que o seu destino depende muito do que acontecerá com Moreira.
EXECUÇÃO NAS PRÓXIMAS SEMANAS
atualização em 22 de junho de 2012
O governo da Indonésia anunciou que a execução do brasileiro ocorrerá nas próximas semanas. A decisão foi anunciada pelo procurador Andi Konggoasa, de acordo com o "The Jakarta Post", que é o principal jornal em língua inglesa do país. O Itamaraty informou que está adotando medidas sobre o caso. Mas até agora a Indonésia não cedeu a nenhum apelo das autoridades brasileiras.
Marco será o primeiro brasileiro a ser executado em outro país -e o primeiro ocidental a ser morto na Indonésia, informou a Folha de S.Paulo. A Indonésia mantém cerca de 30 estrangeiros, entre eles outro brasileiro, no corredor da morte -a maioria por tráfico.
A execução se dá por fuzilamento. Além dele, outros dois estrangeiros morrerão. O país não executa ninguém desde 2008.
Segundo o jornal, Marco já fez até o último pedido: uma garrafa de Chivas Label.
Anistia protesta contra a pena de morte na China.
julho de 2008
Brazucas. Gente.
Preso na Indonésia, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira (foto abaixo), 48, perdeu alguns dentes por causa de uma infecção na gengiva. Mas esse é um problema de nenhuma importância a quem está condenado à morte, e a sentença poderá ser executada a qualquer momento porque já se esgotaram todas as apelações.
No Brasil, ele ficaria na cadeia por até 15 anos ou, na melhor das hipóteses, responderia por seu crime em liberdade, beneficiando-se dos inúmeros recursos e brechas da legislação daqui.
O instrutor de voo livre foi flagrado em 2003 no aeroporto do Jacarta, a capital da Indonésia, com 13,4 kg de cocaína escondidos em sua asa delta.
Na sua versão, ele transportava a droga para obter dinheiro de modo a quitar uma dívida de US$ 55 mil (R$ 95 mil) de uma internação em um hospital de Bali, onde morava.
Ele sabia que a Indonésia tem a lei antidroga mais rigorosa do mundo, mas também tinha conhecimento de que, lá, há certo pudor de se revistar as pessoas, e foi em frente. E deu azar: no dia em que chegou ao país, a polícia estava examinando a bagagem de todo mundo por causa da suspeita de um atentado terrorista.
Moreira livrou-se de ser preso no aeroporto, mas foi pego 18 dias depois em Sumbawa, ao leste do país, quando tentava fugir de barco para o Timor Leste.
De acordo com Ricardo Gallo, da Folha, Moreira fez um apelo à imprensa e ao governo do Brasil para que não se esqueçam de que ele continua no corredor da morte.
Em fevereiro de 2006, Susilo Bambag Yudhoyono, presidente da Indonésia, negou a Moreira o pedido de clemência feito pelo presidente Lula. Foi, em tese, a última chance de o Moreira escapar do pelotão de fuzilamento.
“Fui condenado em primeira, segunda e terceira instância. Já estou cansado de ser condenado à morte. E até agora não me mataram”, disse. “Mas preciso voltar para a mídia porque estou praticamente abandonado.”
Moreira tem a esperança de que Lula não desista de sensibilizar o governo da Indonésia. “Sempre peço à minha mãe para que convença a dona Marisa a falar com Lula para que ele dê um jeito nessa história.”
Carolina Archer, 70, não vê o filho desde o final de 2008 pela dificuldade de viajar – ela sofre de câncer no pulmão. Em maio deste ano deverá visitá-lo na prisão de Nusakambangan, a 400 km de Jacarta.
“Quero que ele pague [pelo crime], mas não com a vida”, disse ela ao jornal.
Moreira não se queixa das condições da prisão. Até elogia, talvez para fazer um agrado às autoridades da Indonésia.
“Essa é considerada a melhor prisão do país”, disse. “Tem uma cantina legal e uma academia com esteira.”
Exceto pelo problema da gengiva, disse que nunca ficou doente na prisão e que fisicamente está bem. Com 1,80 m, ele tem conseguido se manter com 80 kg.
Moreira gostaria de voltar ao Brasil e formar uma família – casar e ter filhos. Mas, obviamente, ele se dará por feliz se a sua a condenação à morte foi transformada em prisão perpétua.
Com Marco está outro brasileiro, o surfista Rodrigo Gularte, 37, condenado à morte em 2004 por ter sido pego com 6 kg de cocaína.
Gularte ainda tem direito a um pedido de clemência, mas ele sabe que o seu destino depende muito do que acontecerá com Moreira.
EXECUÇÃO NAS PRÓXIMAS SEMANAS
atualização em 22 de junho de 2012
Marco já fez seu último pedido:
uma garrafa de Chivas Label
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Marco será o primeiro brasileiro a ser executado em outro país -e o primeiro ocidental a ser morto na Indonésia, informou a Folha de S.Paulo. A Indonésia mantém cerca de 30 estrangeiros, entre eles outro brasileiro, no corredor da morte -a maioria por tráfico.
A execução se dá por fuzilamento. Além dele, outros dois estrangeiros morrerão. O país não executa ninguém desde 2008.
Segundo o jornal, Marco já fez até o último pedido: uma garrafa de Chivas Label.
Anistia protesta contra a pena de morte na China.
julho de 2008
Brazucas. Gente.
Comentários
Na região sudeste da República das Bananas, um médio traficante compra, facilmente, a sua liberação por 15 mil reais no período compreendido entre o Natal e o reveillon.
Não é necessário retornar para a prisão.
Traficar drogas em paises muçulmanos é pedir pra morrer...
E mesmo assim, desconhecer a lei não é desculpa para sair da linha. Não importa qual punição cada país impute, todos sabem sobre a ilegalidade do tráfico.
Em Roma, faça como os Romanos.
As drogas são um câncer para uma nação, assim como a corrupção.
Quem poupa os Lobos condena as ovelhas.
Seria bom uma lei assim por aqui, e não só pra tráfico, pra corrupção, aliciamento de menores, policiais e afins corruptos, ia faltar bala...
Meus parabéns a indonésia por fazer do mundo um lugar um pouquinho melhor.
A Indonésia é um país soberano com suas próprias regras. Aquele que lá comete um crime, pela lei de lá está exposto a pagar por tal crime. Logo, se a lei de lá diz que a pena do crime de tráfico de drogas é a morte, é a morte e pronto! Não pode haver interferência na lei penal deles só por causa de um traficantezinho internacional que diz ter feito a escolha errada na vida. Como dito em cima, o presidente deveria ter é virado as costas para ele, imagine se o Excelentíssimo mandasse "cartinhas" para todos os brasileiros condenados no exterior. Seria uma afronta à globalização e à soberania!
Quem poupa os Lobos condena as ovelhas +1
Nego além de sujar a imagem do brasil que já é porcaria, pede ajuda por clemencia ao presidente do brasil ? Bahhhhhhh
ERROU, PAGA !
Lugares tem costumes e habitos diferentes
Mas a lei não é aplicada a todos a policia mais corrupta do mundo
Sabem que a droga entra,deixam que as pessoas usem e qnd convem cobram verdadeiras fortunas e no fim nao da em nada
No caso do marcelo ele nao tinha ,nem tem dinheiro e isso faz toda diferença
A pouco tempo uma australiana foi pega com um cigarro de maconha ,pagou 30 mil dolares e voltou p casa
Um brasileiro q roubou um carro ,drogado com cha de cogumelo e araki ,atropelou alguns locais e matou
Foi para a cadeia ,de familia rica ,tb pagou e foi embora
Sem falar nas dezenas de traficantes peruanos e australianos que vivem em Bali e andam e gastam dinheiro livremente pq dao proprina a policia
Outro ponto importante é ter senso crítico no que lemos e principalmente nas diversas situações que a sociedade apresenta.
Em meio a conrrupção praticada pelos legisladores, é incrivelmente confortante saber que vivemos num país onde a elaboração das leis segue o princípio da razoabilidade.
Quem apoia a pena capital não consegue explicar porque apoia, nenhum dos que a apioam conseguem sequer citar exemplos de países onde tal pena diminuiu ou extinguiu a violência, criminalidade e tráfico de drogas.
Então, não me venham falar do que nunca pararam pra pensar porque é feio falar o que camarão tem na cabeça. Pensem! sejam mais humanos acima de tudo, mais críticos; parem pelo menos uma hora por dia na vida de vocês e pensem, questionem e procurem condições de avaliar situações com visão mais ampla que a apresentada em primeiro plano; investiguem se as informações não são tendenciosas e se são verídicas; observem as idéias e discutam, abram diálogos sobre determinadas situações e NÃO DEIXE QUE PENSEM POR VOCÊ!
Abraço a todos.
Uma lástima que no Brasil não exista nem a Pena de Morte nem as Penas de Castigos Corporais, como as chibatadas.
O presidente deve olhar pelo povo simples e trabalhador. Esse exemplo desses otários não é para ser seguido. Libertar um idiota desses que ainda acha que deve virar best seller é o fim dos tempos.
além de exportar travestis agora quer exportar bagunça e o chiqueiro penal que tem aqui
Eu disse mais q 1 mil reais!
PENA DE MORTE JÀ!! (apesar de saber q isso só será possivel com uma nova constituição, pq a nossa veda com cláusulas pétras a pena de morte)
Também não sou a favor da pena de morte para traficantes. Assim com, não concordo com a lenidade das leis brasileiras, muito menos com a impunidade. Penso que a iniciativa de alguns parlamentares de pedir a conversão da pena de morte para prisão perpétua seria a solução mais equilibrada. Não feriríamos a soberania de outro país e teríamos um exemplo para outros aspirantes ao tráfico internacional e postulantes da pena de morte para si.
Agora nisso eles estão certos. Por mais repulsa que a Indonésia me causa, eles têm o direito de manter sua terra livre de drogas. Que os indonésios gastem seus impostos pra sustentar esses dois traficantes vagabundos. Se vivem ou morrem não nos interessa. O que importa é que esses dois pulhas Marco e Rodrigo nunca mais voltem pra cá!
SOU A FAVOR DESSA PENA PORQUE A DROGA NÃO TEM LADO BOM, SÓ RUIM. UM CARA QUE LEVA KILOS DE COCAÍNA PARA REVENDER SÓ ESTÁ GERANDO O MAL. SIMPLESMENTE O MAL, NADA MAIS.
O idiota, se deu mal se fosse aqui ele estaria tranquilo, com essas leis que favorecem pessoas ílicitas.
A sociedade Brasileira tem é que agradecer ao presidente da Indonésia por solucionar um problema que era nosso.
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