Padre Marcial Maciel com os "seus" jovens |
Como gotas infectas que caem em um já transbordado barril de lama, a imprensa internacional continua a divulgar detalhes da vida devassa do padre mexicano Marcial Maciel (1920-2008), o fundador da ordem conservadora Legionários de Cristo.
No começo deste mês, reportagem de Joëlle Stolz no Le Monde informa que, de acordo com uma fonte próxima do Vaticano, Maciel dizia a seminaristas que tinha uma “permissão especial do papa” para que a sua dor de fígado fosse aliviada por eles com injeções de morfina, masturbações e penetrações neles. (Maciel tinha, na verdade, problema na próstata, não no fígado.)
Após as ‘sessões de alívio’, Maciel absolvia os seminaristas do pecado que tinham cometido ao seu próprio pedido.
“A ‘absolutio complicis’, ou absolvição do cúmplice, é uma grave infração do direito canônico, punida com excomunhão”, escreveu Stolz.
Dependente químico, o padre, em bacanais, mantinha relações com mulheres e homens. Tinha também amantes que eram viúvas ricas que fizeram doações milionárias à Legionários de Cristo.
A ordem mandava polpudas quantias de dinheiro para o Vaticano, o que explica em parte o prestigio de Maciel junto a João Paulo 2º. Em 1994, o papa escreveu uma carta afirmando ser Maciel um modelo para os jovens padres.
Maciel se sentia tão confiante, que viajou algumas vezes ao Vaticano acompanhado de quatro de seus filhos, hoje com 33, 29, 23 e 17. Ninguém sabe ao certo quanto filhos teve.
Somente no ano passado, o Vaticano decretou intervenção (ou “visitação apostólica”) na Legionários de Cristo por causa da divulgação das atividades paralelas de Marcial.
O Vaticano mandou para países onde a ordem se instalou “visitadores apostólicos” para verificar até que ponto a Legionários está contaminada pelo legado moral de seu fundador. Álvaro Corcuera, atual diretor-geral da ordem por indicação de Maciel, teria sido amante dele.
Para o Brasil, veio em setembro como “visitador” o arcebispo chileno dom Ricardo Ezzati.
Embora ele tenha declarado à imprensa que seu objetivo era ouvir todos que quisessem falar sobre a ordem, um seminarista de Curitiba disse a este blog que ninguém lhe informou sobre o real motivo da visita.
“Foi dito que era só para conhecer os seminários brasileiros e como eram tratados os seminaristas”, escreveu ele.
Por um longo tempo, a ordem manteve um “voto de silêncio especial” que impedia que padres criticassem seus superiores, para que evitar que se falasse das estripulias do Maciel.
"Era uma espécie de pacto mafioso", disse ao jornal France o sociólogo e psicanalista mexicano Fernando Gonzalez, que escreveu dois livros sobre o padre devasso.
O voto de silêncio caiu em 2006 e agora, pelo jeito, o que há é omissão de informações a seminaristas e autoridades do Vaticano.
Íntegra em português da reportagem do Le Monde
janeiro de 2010
Marcial Maciel Padres pedófilos.
Comentários
pra acreditar que vai sentir menos culpa(e dor)
pois teve o pecado perdoado...kkkkk(desculpem,
mas só rindo).
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