Em alguns games, policiais ou militares se confrontam com bandidos tendo como cenários lugares reais. O Modern Warfare 2, por exemplo, simula vielas de uma favela do Rio, tendo ao fundo o Corcovado e o Cristo Redentor.
Agora chegou a vez de os policiais (militares e civis) do Rio terem o seu próprio game para treinamento de abordagens a bandidos, em substituição aos tradicionais estandes de tiros.
Cada conjunto dos equipamentos do game custa cerca de R$ 1 milhão. A Secretaria de Segurança do Rio encomendou três conjuntos.
Por suas características e proporção, esses equipamentos são tudo que os fanáticos por game sonham em ter um dia.
Com cinco telas de três metros de altura e som estéreo, a parafernália do game ter de instalado em uma uma sala hexagonal de 144 metros quadros (foto acima).
A visão que o policial tem é de 300 graus. A luminosidade é variável. Pode-se escolher dia, noite ou o lusco-fusco, como o de fim de tarde.
As armas são reais, geralmente as mesmas que o policial usa em seu dia-a-dia. A única diferença é que nelas é colocado um dispositivo para que disparem laser contra os meliantes nas telas.
O game simula abordagens em locais fechados, em perseguições na viatura, em confronto na rua, em favelas, como no Modern Warfare. Reféns de bandidos também fazem parte do jogo. No caso de perseguições motorizadas, os veículos dos policiais são colocados na sala, diante das telas.
A interação supera a dos console do Wii (Nintendo) e do Xbox 360 (Microsoft).
O policial pode ter curtos diálogos com o bandido. E, se for atingido um tiro ele sentirá um choquinho por meio de um colete que faz parte do equipamento.
Quando alvejado, o policial perderá pontos em seu desempenho. E esse é o propósito do treinamento. Porque, ao sair de lá, o policial estará mais consciente de que, na vida real, qualquer vacilo ou imprudência lhe poderá significar game over.
[Com informações do Dia]
> Games polêmicos.
Comentários
Favelas do Rio viram cenário de guerra em game
Após passar pela Segunda Guerra Mundial e outros conflitos, "Call of Duty" vai se arriscar nas favelas do Rio de Janeiro. "Modern Warfare 2", que chegou ontem às lojas norte-americanas em versões para PC, PlayStation 3 e Xbox 360, é uma das superproduções do ano --apenas na pré-venda foram comercializadas 2,4 milhões de cópias nos EUA.
Ao fundo, a paisagem é paradisíaca e tem o Corcovado e o Cristo Redentor, mas, nas vielas da favela, é preciso medir cada passo para não ser surpreendido por terroristas.
Ao fundo, a paisagem é paradisíaca e tem o Corcovado e o Cristo Redentor, mas, nas vielas da favela, é preciso medir cada passo para não ser surpreendido por terroristas.
O Rio é um dos cenários de um quadro de instabilidade global, mas há missões também na Rússia e no Afeganistão. A trama se passa logo após os acontecimentos vistos em "Call of Duty 4". Na pele do sargento Gary "Roach" Sanderson, é preciso liderar um esquadrão de soldados de elite e evitar que o mundo entre em colapso.
Caso prefira não encarar tamanha encrenca sozinho, o jogador pode recrutar um amigo e, via tela dividida ou on-line, se arriscar no SpecOps Mode, que consiste em uma série de missões cooperativas.
O ápice de "Modern Warfare 2", porém, é o modo multijogador, que se desdobra em diversas modalidades e opções de personalização.
Com o tempo, a Activision vai liberar conteúdo para comprar ou baixar nas redes on-line, incluindo mapas inéditos. Assim, o jogo, que é vendido apenas para maiores de 17 anos nos EUA, ganha uma vida útil muito ampla. (Théo Azevedo)
Postar um comentário