Procurador teria dito que invadiu nu uma casa a mando de ETs

São Lourenço é uma cidade mineira de 42 mil habitantes que fica a 387 km da capital, Belo Horizonte. É aprazível: cercada por montanhas, ela faz parte do circuito das águas de Minas e está a 875 metros de altitude.

Por isso talvez ela seja um point de extraterrestres. O que ninguém desconfiava até a noite de 7 de setembro de 2008, quando Carolina Velloso de Lima e o seu namorado Martins Lucas Brabner perceberam que não estavam sós em seu sítio no Condomínio Estância São Lourenço.

Eles encontram um homem nu que dizia estar ali por ter recebido de ETs uma missão especial cujo objetivo era elegê-lo presidente da República em 2012.

O peladão era – e continua sendo - uma importante autoridade. Trata-se do procurador da República André Luiz Tarquínio da Silva Barreto.

Na versão de Carolina, Barreto disse que deveria se apresentar despedido na casa número 9 do condomínio onde ETs estariam lhe esperando com as roupas que ele deveria vestir, o que seria parte do missão para torná-lo presidente. Mas a casa estava trancada, e ele ficou vagueando por ali.

Barreto poderia ter sofrido um surto psicótico que pode ocorrer com qualquer um, mesmo com um procurador da Justiça. E até, é de se supor, com um extraterrestre.

Mas Barreto garantiu estar na plenitude de suas faculdades mentais. Disse que não tomava remédios fortes e que nem era usuário de drogas, além de não consumir bebidas alcoólicas.

Por escrito ele deu a versão de que, ao sair do hotel onde estava hospedado, molhou as roupas quando escorregou e caiu em um córrego. Então ele entrou na primeira casa que viu por achar que estava vazia. Tirou as roupas para secá-las sobre a grama e se escondeu em uma sauna, onde passou a noite. No dia seguinte, entrou em outra casa à procura do que vestir. E foi quando ouviu gritos da moradora. Ele disse ter finalmente conseguido roupas secas de um morador e do síndico do condomínio.

A versão contada por Barreto não o livrou de um inquérito por quebra de decoro e invasão de domicílio sob a alegação de insanidade.

A procuradoria da República em Minas Gerais tentou arquivar o inquérito.

O pedido do arquivamento foi negado em agosto do ano passado pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região.

Para a Corte Especial do Tribunal, a possível insanidade de Barreto tem de ser apurada para verificar se ele tem condições de permanecer no Ministério Público.

A favor da versão de Barreto há o fato de que o seu nome não consta na lista dos presidenciáveis, até agora.

Com informações do site Consultor Jurídico e do inquérito policial 2009.01.00.024791-3, de Minas.

Diretor do Observatório do Vaticano admite existência de ETs.
novembro de 2009


Ceticismo e crendice.