A Sua Santidade nada fez contra predador sexual
O padre norte-americano morreu em 1998. Entre 1950 e 1974 ele trabalhou em uma escola de crianças surdas nos Estados Unidos.
De acordo com documentos que vítimas entregaram ao jornal, o então arcebispo de Milwaukee, Rembert G. Weakland, enviou em 1996 uma carta ao cardeal Ratzinger, chefe da Congregação para Doutrina da Fé, pedindo providências contra Murphy.
Oito meses depois, o cardeal Tarcisio Bertone, então secretário da Congregação e atual secretário de Estado do Vaticano, determinou o início do julgamento secreto canônico do padre, que poderia ser expulso da igreja. Mas o julgamento foi suspenso por ordem de Ratzinger após o padre Murphy lhe ter escrito que estava doente e arrependido.
Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, respondeu ao jornal que Ratzinger foi informado sobre os crimes de Murphy no fim dos anos 90, “quando já haviam transcorrido mais de duas décadas desde que os abusos foram denunciados aos dirigentes da diocese e da polícia”.
"Como o padre Murphy era velho, tinha saúde ruim, vivia recluso e não havia nenhuma informação sobre eventuais abusos durante os últimos 20 anos, a Congregação para a Doutrina da Fé sugeriu ao arcebispo de Milwaukee que restringisse as atividades religiosas do padre Murphy e pedisse ao religioso que aceitasse a plena responsabilidade pela gravidade de seus atos", diz nota divulgada pelo porta-voz.
Ou seja, para o Vaticano, um padre velho e doente não deve ser levado aos tribunais da igreja nem aos da justiça da sociedade mesmo que tenha cometido o crime da pedofilia contra cerca de 200 crianças portadora de deficiência auditiva.
Lombardi, na verdade, confirma que as informações divulgadas pelo NYT.
O jornal informa que em 1993 o arcebispo Weakland contratou um assistente social para avaliar o padre. “Após quatro dias de entrevistas, Murphy admitiu ter molestado cerca de 200 garotos e que não tinha remorsos.”
A igreja manteve Murphy em contato com crianças em igrejas e colégios até a sua morte.
> Com informação de The New York Times e outras fontes.
Comentários
Nova denúncia
Depois das revelações sobre o caso do padre americano, cujos abusos sexuais de crianças surdas teriam sido encobertas pelas hierarquias vaticanas, começando pelo futuro papa Bento XVI, o New York Times volta a publicar, hoje, 26-03-2010, uma nova reportagem retomando a polêmica do artigo de ontem.
Desta vez o caso é o do padre alemão Peter Hullermann, culpado de ter abusado de menores e que foi reintegrado no trabalho pastoral enquanto ainda estava em terapia psiquiátrica nos anos em que Joseph Ratzinger era arcebispo de Munique.
Quando o acaso emergiu, há poucas semanas, a arquidiocese de Munique declarou que o vigário geral de Ratzinger, Gerhard Gruber, assumira toda a responsabilidade do caso.
Mas o New York Times afirma que existe um documento onde o futuro papa era informado da reintegração de Hullermann. O documento “cuja existência é confirmada por duas fontes eclesiásticas – escreve o jornal americano – demonstra que não somente Ratzinger presidiu o encontro do dia 15 de janeiro de 1980 onde foi aprovada a transferência do padre, como foi informado do novo deslocamento do padre.
Os ensinamentos desta passagem são centenas, o que eu mais admiro é que quando as pessoas são acolhidas e tratadas com amor, compreensão, misericórdia, se recuperam!
Eu trabalho numa ONG que faz isto, e vejo todos os dias pessoas que chegam aqui com 30 Kgrs. em estado terminal de AIDS, ou pelo uso desenfreado de drogas que os fizeram perder até sua propria identidade pessoal(nao estou flando do documento RG), elas sao transformadas, recuperadas, voltam à vida, pelo tratamento médico sim, mas muito mais pelo amor que recebem, pela compreensao com que sao acolhidas, pelo poder libertador de Jesus.
Misericórdia não exclui a justiça. Se os agressores não forem punidos NO BOLSO OU NA CONTA BANCÁRIA, não diminuirão nem cessarão os abusos. Alguém já falou que o "órgão mais sensível do ser humano é a carteira"; se a todo-poderosa instituição goza de imunidade diplomática (questionável, até que ponto?), não é nem deve ser inimputável do ponto de vista pecuniário; afinal, com tantas doações e heranças ao longo de dois milênios, é rica e pode "pagar" (uma forma de exercer concretamente sua misericórdia e justiça) até evangelicamente, doando muito mais que o devido; em bom português, pode pagar e muito bem pelos seus erros...
Por que só os padrecos, os papa-nazis, os cardeais, e esta corja nojenta que se esconde atrás de uma igreja, não podem ser PUNIDOS???
SOLTEM TODOS, NINGUEM PODE ATIRAR PEDRA ALGUMA, CERTO???
Quanta falácia! Queria ver se fosse com a irmã, mãe, sobrinha, de alguns crentes daqui.
NÃO É COINCIDÊNCIA QUE TODOS OS MAFIOSOS ERAM CATÓLICOS...
Misericordia
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