da BBC Brasil
Um estudo publicado pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA, na sigla em inglês) indica que 44% dos 64 mil brasileiros que residem legalmente em Portugal teriam sofrido algum tipo de discriminação nos últimos 12 meses.
Segundo o estudo, esses brasileiros teriam sofrido discriminação ao tentar abrir uma conta bancária, ao buscar trabalho, residência, serviços sociais e de saúde, ou mesmo em bares, restaurantes e lojas. O estudo indica ainda que 74% dos brasileiros consideram alto o nível de discriminação e racismo em Portugal.
Esses números fazem parte da primeira pesquisa já realizada pela FRA sobre a situação dos direitos fundamentais nos 27 países europeus, baseada em entrevistas realizadas com 23,5 mil imigrantes e membros de minorias étnicas residentes no bloco.
O estudo revela que 12% das pessoas que se incluem em um desses grupos foram vítimas de algum tipo de violência motivada por questões racistas durante os últimos 12 meses, entre elas roubos, ameaças e assédios.
Conforme a FRA, 37% dessas pessoas afirmam ter sido discriminadas de alguma forma nos últimos 12 meses e 55% sentem que a discriminação por motivos raciais está amplamente difundida no país onde vive.
O único país no estudo em que são apresentados dados que citam especificamente a discriminação de brasileiros é Portugal.
As conclusões colocaram em alerta a Comissão Europeia, o órgão Executivo da UE. O comissário de Justiça, Jacques Barrot, disse estar "preocupado" com o resultado do estudo, que "mostra que a discriminação, o racismo e a xenofobia continuam sendo um fenômeno persistente na UE" e podem "afetar a integração social de imigrantes e minorias étnicas".
Se em Portugal os brasileiros são a população mais afetada, na Espanha os sul-americanos de forma geral são os que mais reclamam de discriminação: 58% dos entrevistados dessa origem acha que a prática é comum no país, uma percepção manifestada por 54% dos imigrantes norte-africanos e 43% dos ciganos.
Mas na prática os ciganos são o grupo que mais sofre discriminação em toda a UE. De acordo com a pesquisa, metade dos cerca de 12 milhões de ciganos que vivem no bloco foram vítimas de discriminação nos últimos 12 meses.
Nesse mesmo período, 36% dos imigrantes norte-africanos e 41 % dos subsaarianos afirmam ter sofrido alguma discriminação.
A FRA chama atenção para o fato de que 82% das vítimas declaradas dessas práticas não denunciou a agressão às autoridades locais. "A pesquisa revela o quão elevado é, em realidade, o número de delitos racistas e a discriminação na UE. Os números oficiais são só a ponta do iceberg", afirmou Morten Kjaerum, diretor da agência.
"Isso significa que os autores dos delitos continuam impunes, que não se faz justiça às vítimas e que os responsáveis pela formulação de políticas não podem tomar ações apropriadas para evitar que se repitam as infrações", ressalta.
O motivo da omissão em 80% dos casos é a falta de conhecimento a respeito das instituições encarregadas de ajudar vítimas de racismo ou discriminação. Essa foi a razão apresentada por 92% dos brasileiros entrevistados em Portugal.
Outros 40% das vítimas considera esse tipo de incidente algo normal, enquanto 64% disseram acreditar que sua denúncia não teria resultados. A raiz dessa desconfiança, segundo a pesquisa, está na percepção que as vítimas têm do poder público. Entre os entrevistados, 58% dos norte-africanos e 50% dos ciganos disseram acreditar que já foram abordados por agentes de segurança apenas devido a sua origem étnica.
> Português xenófobo mata brasileiro que urinava em uma rua.
novembro de 2010
> Brazucas. > Notícias de Portugal.
Um estudo publicado pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA, na sigla em inglês) indica que 44% dos 64 mil brasileiros que residem legalmente em Portugal teriam sofrido algum tipo de discriminação nos últimos 12 meses.
Segundo o estudo, esses brasileiros teriam sofrido discriminação ao tentar abrir uma conta bancária, ao buscar trabalho, residência, serviços sociais e de saúde, ou mesmo em bares, restaurantes e lojas. O estudo indica ainda que 74% dos brasileiros consideram alto o nível de discriminação e racismo em Portugal.
Esses números fazem parte da primeira pesquisa já realizada pela FRA sobre a situação dos direitos fundamentais nos 27 países europeus, baseada em entrevistas realizadas com 23,5 mil imigrantes e membros de minorias étnicas residentes no bloco.
O estudo revela que 12% das pessoas que se incluem em um desses grupos foram vítimas de algum tipo de violência motivada por questões racistas durante os últimos 12 meses, entre elas roubos, ameaças e assédios.
Conforme a FRA, 37% dessas pessoas afirmam ter sido discriminadas de alguma forma nos últimos 12 meses e 55% sentem que a discriminação por motivos raciais está amplamente difundida no país onde vive.
O único país no estudo em que são apresentados dados que citam especificamente a discriminação de brasileiros é Portugal.
As conclusões colocaram em alerta a Comissão Europeia, o órgão Executivo da UE. O comissário de Justiça, Jacques Barrot, disse estar "preocupado" com o resultado do estudo, que "mostra que a discriminação, o racismo e a xenofobia continuam sendo um fenômeno persistente na UE" e podem "afetar a integração social de imigrantes e minorias étnicas".
Se em Portugal os brasileiros são a população mais afetada, na Espanha os sul-americanos de forma geral são os que mais reclamam de discriminação: 58% dos entrevistados dessa origem acha que a prática é comum no país, uma percepção manifestada por 54% dos imigrantes norte-africanos e 43% dos ciganos.
Mas na prática os ciganos são o grupo que mais sofre discriminação em toda a UE. De acordo com a pesquisa, metade dos cerca de 12 milhões de ciganos que vivem no bloco foram vítimas de discriminação nos últimos 12 meses.
Nesse mesmo período, 36% dos imigrantes norte-africanos e 41 % dos subsaarianos afirmam ter sofrido alguma discriminação.
A FRA chama atenção para o fato de que 82% das vítimas declaradas dessas práticas não denunciou a agressão às autoridades locais. "A pesquisa revela o quão elevado é, em realidade, o número de delitos racistas e a discriminação na UE. Os números oficiais são só a ponta do iceberg", afirmou Morten Kjaerum, diretor da agência.
"Isso significa que os autores dos delitos continuam impunes, que não se faz justiça às vítimas e que os responsáveis pela formulação de políticas não podem tomar ações apropriadas para evitar que se repitam as infrações", ressalta.
O motivo da omissão em 80% dos casos é a falta de conhecimento a respeito das instituições encarregadas de ajudar vítimas de racismo ou discriminação. Essa foi a razão apresentada por 92% dos brasileiros entrevistados em Portugal.
Outros 40% das vítimas considera esse tipo de incidente algo normal, enquanto 64% disseram acreditar que sua denúncia não teria resultados. A raiz dessa desconfiança, segundo a pesquisa, está na percepção que as vítimas têm do poder público. Entre os entrevistados, 58% dos norte-africanos e 50% dos ciganos disseram acreditar que já foram abordados por agentes de segurança apenas devido a sua origem étnica.
> Português xenófobo mata brasileiro que urinava em uma rua.
novembro de 2010
> Brazucas. > Notícias de Portugal.
Comentários
http://economico.sapo.pt/noticias/ft-portugal-teria-a-ganhar-em-tornarse-uma-provincia-do-brasil_114376.html
Moro em Portugal ha 9 meses e estou passando por essa situação e não sei onde buscar ajuda de alguém da lei aqui.
Desde já agradeço se souberem me informar.
Abraços,
Caren
Eu conheço alguns casos e é quase sempre no Consulado do Brasil que alguém te encaminha...
Eu sou português e tenho conhecimento de causa.
Quanto ao resto das discriminações o melhor a fazer é ignorar, gente tola existe em qualquer lugar, seja em PT e ou no Brasil (curiosamente em PT já passa reportagens de forma alertar a xenofobia, coisa que nunca vi no Brasil, para minha surpresa) mesmo eu aqui no Brasil já fui alvo e procuro ignorar porque é uma minoria de pessoas que não merece a nossa consideração e o nosso respeito.
Ignorar é o melhor remédio, mas se for muito grave apresenta queixa judicial.
Um abraço e boa sorte em Portugal.
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