Tribo ia devolver criança "para a natureza" |
Antônio é alegre, como todas as crianças, mas, como poucas, é surdo e mudo e tem problemas nos pulmões e síndrome de Down.
Ele ia ser “devolvido para natureza” pela tribo dos Cinta-Larga, dos quais é filho.
Ou seja, em bom português, os índios iam matá-lo porque, pela crença dos Cinta-Larga, criança com problemas de saúde traz desgraça para a tribo.
Antônio só não foi jogado no fundo de um penhasco porque a sua mãe biológica teve a coragem de se opor à tradição e o entregou à Funai para adoção, há quatro anos.
Para a família que o adotou, Antônio só trouxe alegria. E muito trabalho, é verdade, porque criança com Down exige paciência e dedicação.
Beatriz Pietro Melo, a mãe adotiva, está com Antônio desde os seus três meses de vida, com a autorização da Justiça.
“Foi amor à primeira vista”, disse Beatriz, que já é mãe de meninas.
A sua irmã adotiva Verônica afirmou que o indiozinho se comunica muito bem. “Ele encanta todo mundo.”
Beatriz se sente realizada.
“É gostoso dedicar tempo e carinho a ele. Ele me preenche a vontade de fazer algo pelo mundo.”
Com informações da TV Centro América.
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março de 2009
Comentários
Tudo bem. É uma opção deles.
Mas o gozado é que, quando nasce uma criança doente, eles logo recuperam a tradição para se livrar dela.
E tem "homens brancos" que defendem esse tipo de coisa, em respeito à cultura indígena. Talvez porque eles também não gostariam de ficar com criança doente.
Estão de Parabéns pela prática do bem a Mãe natural do indiozinho que teve uma coragem imensa de enfrentar a tribo.
O amor supera o medo e defende a Vida.
E também está de Parabéns a família que adotou o menino.
O amor não tem fronteiras. O amor abre mão de seus próprios interesses, privilégios, comodidades, seu tempo, para ajudar e fazer o bem ao próximo e ao mundo.
Veja a frase da mãe adotiva sobre o menino "Ele me preenche a vontade de fazer algo pelo mundo".
No mundo atual há muita indiferença e pouca motivação para fazer o bem, outros acham que é obrigação e de pouco valor, mas ao mesmo tempo não praticam, ou pouco fazem, e as carências existentes são enormes.
O Bem e o Amor são contagiosos, e devem ser divulgados de forma a incentivar as pessoas para que também pratiquem o bem.
Tem suas razões.
Mas o fato é que sem civilização temos a barbárie.
Abaixo a hipocrisia: etnocentrismo é falácia, existem sim, culturas superiores.
Algumas civilizações lembram o período paleolítico (pré-civilização), com culturas excludentes para os doentes e deficientes, de preferível crianças, para eliminar problemas por muitos anos.
Mas as civilizações modernas evoluiram e até mesmo os animais e as plantas possuem proteção. Matar tartarugas, cortar árvores dá prisão, multas elevadas, etc.
Isto é a evolução da sociedade.
Pena que nestas civilizações modernas, com tanta sensibilidade para proteger a vida dos seres mais simples, e possui horror consciente em relação aos povos do paleolítico, a contradição seja mais elevada.
Vejam que estas civilizações modernas e sensíveis, estão pouco a pouco tentando restaurar a babárie por meio da morte por aborto de seus próprios filhos, crianças ainda mais inocentes, ainda mais pequenas, ainda mais indefesas, pois sequer tem para onde fugir ou alguém proteger.
E por meio de técnicas refinadas a barbárie é executada. E o número de abortos passa dos muitos milhões por ano, talvez em apenas 1 ano matem mais crianças que civilizações inteiras, durante séculos não conseguiram matar em seus rituais.
E os motivos não são rituais e crenças paleolíticas de 5000 anos atras, mas vaidades, libertinagens, irresponsabilidades, orgulhos, egoísmos, estas "virtudes" que o mundo moderno individualista transformou em novo modo de culto, crença e ritual.
O problema é que agora a civilização moderna tão consciente e crítica dos erros dos povos antigos, tão sensível a cada detalhe rico da vida de qualquer ser, tão consciente da dignidade e direito de cada ser, faz passeatas por tartarugas, papagaios, ipês, e despreza os próprios filhos, carne da nossa carne, sangue do nosso sangue.
Evoluimos tanto, ficamos mais incoerentes e mais hipócritas.
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