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Já estamos vivendo uma ditadura gay, afirma Apolinario

por Carlos Apolinario (foto) para Folha

Carlos Apolinario De alguns anos para cá, muito se tem falado sobre gays e lésbicas. Em todas as Casas Legislativas, e também no Executivo, têm sido aprovadas leis a esse respeito -e ainda existem muitos projetos em tramitação.

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a lei nº 10.948/ 2001, que determina: se alguém for acusado de discriminar um gay em uma empresa, além da multa e do processo penal, o estabelecimento poderá ter cassada a licença de funcionamento. Ou seja, se a empresa tiver 200 funcionários e sua licença for cassada, todos serão punidos com a perda do emprego.

O movimento gay faz um intenso lobby para que o Congresso Nacional altere a lei nº 7.716, que define os crimes de racismo.

O objetivo das lideranças gays é que a legislação passe a punir também aqueles que têm uma opinião divergente das suas.

Se alguém falar contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ou disser que não concorda com a adoção de crianças por homossexuais, poderá ser processado.

E mais: caso essa lei seja alterada, não poderei falar da Parada Gay, nem mesmo fazer o discurso contra a instalação da Central de Informação Turística GLS pela Prefeitura de São Paulo, como fiz na Câmara Municipal. E não poderia nem escrever este artigo.
 
A Constituição Federal assegura o direito à liberdade de expressão.

Podemos criticar divórcio entre héteros, sindicatos, empresários, políticos, católicos, evangélicos, padres e pastores, mas, se falarmos contra o pensamento dos gays, somos considerados homofóbicos e nos ameaçam, até com processos.

Punir alguém por manifestar opinião divergente é próprio das ditaduras. Eu tenho a convicção de que já estamos vivendo numa ditadura gay, pois, na democracia, qualquer pessoa pode discordar.

Eu não concordei com a Prefeitura de São Paulo quando ela proibiu as manifestações na avenida Paulista, mas lá manteve a Parada Gay. A Paulista é uma via de acesso aos principais hospitais da cidade.

Por esse motivo, foi proibida a realização de eventos, entre eles a comemoração do Dia do Trabalho promovida pela CUT e a Marcha para Jesus. Não faz sentido manter a Parada Gay na Paulista.

Por defender essa posição, sou acusado de ser homofóbico.

Também sou acusado de homofobia por me manifestar contrariamente à participação da prefeitura na criação da Central de Informação Turística GLS no Casarão Brasil, sede de uma ONG gay.

Não é correto usar o dinheiro público para dar privilégio a um grupo. O ideal é criar um serviço que atenda a todos os segmentos sociais, já que a Constituição diz que todos somos iguais perante a lei.

Respeito o gay e a lésbica, pois, como cristão, aprendi o significado e o valor do livre-arbítrio, mas discordo da exclusividade que o poder público dá à comunidade gay.

Essas medidas tornam os homossexuais uma categoria especial de pessoas. Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco alguém apresentará um projeto transformando São Paulo na capital gay do país.

Formado em direito, Carlos Alberto Eugênio Apolinário tem 57 anos. É casado e tem dois filhos. É vereador em São Paulo pelo DEM e membro da Igreja Assembleia de Deus.

Deputado quer proibir adoção de crianças por gays.
abril de 2010

Comentários

Anônimo disse…
Concordo totalmente... Sou a favor te todos terem direitos iguais... MAS TODOS MESMOS... Posso ouvir dizer algo que de jargão virou-se ditado: "O MUNDO É GAY"... Veja bem, eu que eu saiba nunca fui gay, não pretendo ser gay, logo essa premissa esta equivocada... pois pelo menos eu não sou.

Quem quiser pode dizer em bom tom essa inverdade e não acontece nada... E acho que devemos continuar podendo dizer o que pensamos,
Mas quando querem calar a minha boca para dizer com coerência, respeito, irmandade, aceitação dizendo que serei preso, cerceado, acusado, roubando os meus bens e dos meus familiares... isso é terrível, é tão vergonhoso, tão sujo, tão arrogante, tão egoista como qualquer discriminação.

Fico pensativo ao ver inúmeros artistas, jornalistas, propagandistas, "midialistas" que se levantam a favor da causa, mas quando querem calar suas bocas, suas novelas, suas peças, seus livro, suas reportagens "pulam sobre a tamanca", unem-se...

Quantos homosexuais são contra os heterosexuais, estes tambem receberão as mesmas desaprovações...
Não lógico que não... NÃO DÁ VOTO.

Mas eu entendo que quando uma minoria que foi abundadantemente marginalizada, vituperada, ridicularizada, machucada, morta, roubada, considerada sem alma, promíscua se levanta como se fosse a última tábua de salvação... vão empurrar para baixo das águas do mar quem quer que seja...

Ou seja aqueles que lutaram tanto contra o que era errado, agora fazem-se errados, inconscientemente para punir, descontar tudo que passaram...

Mas se essas bestas leis passarem pela justiça haverão poucas penitenciárias e juízes que possam prender, guardar e julgar tantos incidentes... Haverá levantes pois famílias ficaram por bobagens sem seus pais, filhos, pais de santo, pastores, padres, rabinos, GENTE TAMBEM DO BEM.

Que o Brasil se prepare, pois seria uma volta aos primórdios, às cavernas se for levantado uma guerra fria entre homosexuais e heterosexuais...

O direito de ir e vir, o direito de com todo o respeito poder dizer nossos pontos de vista é que faz a pluralidade, o verdadeiro "arco-íris" que embeleza os céus do Brasil...
Helvécio Dias disse…
Mesmo sendo gay, concordo com todas as palavras do deputado. Esses movimentos gays estão conseguindo algo bacana que é exigir da sociedade o seu espaço e o respeito que merecemos. Mas, as vezes, tenho observado que esse objetivo tem se perdido pois o que vemos a vulgarização e a sede por dominação que alguns gays tem por querer que todos não só os respeitem como os aceitem também - e isso até na marra. Acho que a sociedade melhorou muito no diz respeito a forma como lidam com os homossexuais - eu tenho percebido isso. Porém, no meu círculo de convivência, eu consegui me impor perfeitamente sem humilhações, barulho e estardalhaço como alguns gays fazem. Simplesmente, provei e continuo provando a todos que sou um ser humano como outro qualquer. A minha sexualidade é uma característica como a cor dos meus olhos, a cor dos meus cabelos, como outra característica qualquer.
Anônimo disse…
Helvécio Dias é o cara! =) Falou tudo! Parabéns!
betoquintas disse…
"O objetivo das lideranças gays é que a legislação passe a punir também aqueles que têm uma opinião divergente das suas".

Não, meu caro. O objetivo é coibir os abusos que existem por parte de padres e pastores de divulgar um discurso contra os homossexuais que incite ações violentas, crimes de ódio, homofobia.

"A Constituição Federal assegura o direito à liberdade de expressão.
Podemos criticar divórcio entre héteros, sindicatos, empresários, políticos, católicos, evangélicos, padres e pastores, mas, se falarmos contra o pensamento dos gays, somos considerados homofóbicos e nos ameaçam, até com processos".

Sim, garantem e não garantem apenas para uns ou outros, mas para todos. O PLC 122/2006 irá corrigir exatamente a falta de direitos que estes cidadãos tem apenas por terem uma opção sexual diferente.

"Punir alguém por manifestar opinião divergente é próprio das ditaduras. Eu tenho a convicção de que já estamos vivendo numa ditadura gay, pois, na democracia, qualquer pessoa pode discordar".

Concordo. Tanto concrodo que eu defendo que os homossexuais possam ir em público ou mesmo no púlpito para se defenderem toda vez que forem difamados, caluniados e injuriados pela pregação homofóbica, tendenciosa e distorcida que muitos padres e pastores fazem.
Anônimo disse…
Meca Gay

A máfia homossexual estabelecida na elite da classe artística e cultural e, largamente, infiltrada na mídia é tão poderosa que dita o conceito sobre o que é belo e sobre o que é fashion. O que não é tolerado por ela como padrão comportamental torna-se imperdoável manifestação de autêntico mau gosto.

A viadagem troca beijinhos na boca e os meios de comunicação usam o manjado contorcionismo para transformar o vulgar em modernidade e produto de interesse comercial em veiculação cansativa e sem interesse especial para o público hétero.

The Gay Parade in SP, one of the largest in the world, em pouco tempo, será transformada em uma peregrinação de cunho homo-religioso.

Fazer uma peregrinação à profana São Paulo para participar da parada, pelo menos uma vez na vida, será considerada uma obrigação de todo o gay juramentado que receberá o pergaminho rosa grafado com o pomposo “The glorious power gay”.

A biba de responsa que não desfilar na parada da capital paulista será tomada por uma melancolia intensa e perigosa.

Enquanto isso, a tropa de simpatizantes cresce, vertiginosamente, acreditando que “ainda que um jumento vá à Meca, não quer dizer que seja um peregrino”.
Martha Assis de Souza disse…
O problema maior é a hipocrisia, deixem os GAY ssumirem cargos e veremos a gayfobia, bichas insandecidas caçando e enjaulando os heteros.
Vejam o que faz um prefeito gay. O pior é que esta biba não declara publicamente, para não perder os votos dos trouxas.prestem atenção nos diversos cargos públicos principalmente na justiça, já imagiram um promotor gay o estrago que pode fazer e um general gay com tantos machos para escolher, um professor gay reprovaria o aluno macho e gostoso?As sapatas então são ainda mais reacionárias.Os cupados somos nós sociedade que deixamos estes pevertidos ocuparem cargos de mando.Preparem-se para uma guerra.
Anônimo disse…
Ditadura

Por favor Sr. Apolinário, não espalhe onde está a DITA DURA.

Nem pronuncie a palavra membro de nenhuma agremiação, clube, entidade religiosa ou o raio que o parta de forma leviana.

A assembléia gay desmaiará de tanta emoção.

Prezado Vereador, não se faça de bobo.

Gays gostam da DITA DURA.

O senhor sabe...
Anônimo disse…
Tenho vinte e cinco anos de casada e bem casada, filhos maravilhosos, nenhum homossexual, nenhuma lésbica, porque mesmo preferindo obviamente uma diferença de sexualidade a um defeito de caráter grave, como a homofobia, ou a estreiteza preconceituosa de raciocínio, Deus não me deu uma coisa nem outra. Porque está mais do que claro que se há um Criador, foi Ele o responsável por toda a diversidade e toda a diferença. O que mais me admira é que a estupidez, e a ignorância, realmente não se alterem - mesmo com tanta informação e conhecimento que dispomos -; e ainda haja quem caia no conto do vigário de falsos moralistas religiosos, com sua problemática e obssessiva fixação no orgasmo alheio...O que é uma puta de uma inveja. Sintomático. Continuo afirmando, prefiro um filho gay que homofóbico burro e machista. Mas graças a Deus meu marido é um homem realmente autoafirmado em sua sexualidade, para si mesmo, sem depender de aprovação alheia como este deputado, que pra provar AOS OUTROS que é homem, precisa diferenciar-se dos "desviados" de seu espírito de hipócrita compreensão pseudo-cristão...Tanta coisa pra ele pensar em resolver, meu Deus do Céu, mas ele vai se preocupar porque as bibas tomaram conta da avenida onde ele queria ver desfilar a marcha para Jesus...tsc, tsc.!
Anônimo disse…
Sou homossexual e concordo com o ponto de vista dele. Assim como discordo da cota somente para negros, discordo da inclusão de um só grupo. Acho que todos devem ser inclusos. Os gays não podem levar pro pessoal a questão da retirada do evento na Av. Paulista. Creio que se soubermos respeitar as distinções teremos um mundo bem melhor.
Anônimo disse…
Pobre homossexual acima...dá gosto ter piedade dele. Como é autopiedoso, como chafurda na autocomiseração e sequer sabe! Padece de homofobia internalizada, a pobre biba. O pior analfabeto é o político, e a biba acima não sabe que a ditadura heterossexual não o é por ser esta a forma considerada válida ou legítima por deus nenhum, por natureza nenhuma, senão pelo capitalismo, e unicamente por ser junto com a etnia branca e a religião judaica-cristã, AS QUE MELHOR SE ADEQUAM Á LÓGICA DO CAPITALISMO!
Ricardo disse…
Anônimo das 05:35

De onde você tirou essa ideia estapafúrdia de "ditadura heterossexual que melhor se adequa à lógica do capitalismo"?!? O comportamento hétero sempre foi dominante, pelo simples fato de que sempre existiram mais héteros do que homos, em qualquer cultura e época.
E o que você me diz da perseguição aos gays nos regimes comunistas, muito mais violenta que em qualquer regime capitalista no mundo?
Sem mencionar que o poder econômico da comunidade gay só vem aumentando. Existe toda uma indústria para atender aos anseios capitalistas dos gays endinheirados.
Creio que o verdadeiro analfabeto político aqui é você.
Anônimo disse…
pelo visto só quem pode ter acesso ao dinheiro público são os deputados e vereadores que colocam o dinheiro público nas suas igrejas> Se a polícia Federal fazer um pente fino nas igrejas vao descobrir o quanto de desvio de dinheiro público estao indo para essas igrejas. Marcelo Crivella garotinho e quejando são as novas nísérias de nossa época. Acho que os gays deveriam deixar de fazer parada e se politizarem parem de fazer paradas de se drogarem de se serem promíscuos que voces estao dando asas aos deputados santinhos do pau oco
Anônimo disse…
Esses viados estão mesmo querendo criar uma ditadura gay no pais,veja bem tambem sou contra violencia contra eles,mas agora ninguem pode falar que é contra a união gay que ta sujeito a ir pra cadeia...Então agora dizer que não acha bonito dois homens se beijando,tambem da processo?
Ta na hora da Dona Dilma fazer alguma coisa que presta,pois até agora ela ta sendo uma tragedia,o unico projeto dela foi liberar a união gay no Brasil...
Anônimo disse…
A única solução para esse problemas é o extermínio de todos os seres humanos. Todos mesmo, não importa rico ou pobre, branco ou verde, hetero ou gay. Vamos deixar a Terra para os animais.
Muito equivocada essa publicação e me faz saltar os olhos estar lendo esse tipo de texto aqui no blog do Paulo Lopes (as réplicas automáticas de que esse é ou seria um espaço democrático para todas as vozes e discursos soa como um clichê que de certa maneira desmerece a lucidez com que os demais textos aqui presentes aparentemente foram selecionados...)

Antes de qualquer coisa, a palavra "ditadura" deve estar ausente do vocabulário de muita gente aqui - na prática, deveria estar até do meu, já que felizmente não vivi essa época. De qualquer forma, informações de fontes confiáveis me fazem crer que tal palavra aplicada à promulgação de leis que visam a igualdade de cidadãos de um país, é de um mal gosto e de uma má fé intoleráveis.

Quando surgiu a lei anti-racismo, ninguém ousou dizer (pelo menos em alta voz) que uma ditadura afro-descendente estava tomando forma. Porque é que quando se fala em leis de defesa a um grupo, que comprovadamente sofre perseguição sistemática, causa tanto furor? Porque simplesmente por motivos diversos, entre os principais os religiosos, um racista ver um negro andando na rua ou no shopping engole o xingamento ou esconde a cara feia, e segue calado no seu caminho - pois há uma lei que o puniria no caso contrário, além do que, viver num país mestiço... Mas um troglodita homofóbico, sobretudo se acompanhado de comparsas, ao ver um cidadão que pelo menos aparente ser homossexual, tem os mecanismos de auto-controle mais fluidos ou nulos: não há lei específica para puni-lo, e sempre se poderá contar com o compadecimento dos demais homofóbicos, advogados, jornalistas, políticos...

O Brasil é um país de negros, brancos, amarelos, judeus, heterossexuais, homossexuais. Todos devem ter direitos iguais. Quando esses direitos não são respeitados, ações do Estado, em forma de leis, devem ser postas em prática: não é por acaso que se tem o estatuto da criança e do adolescente, não é por acaso que foi necessário criar uma lei contra o racismo.

No país que é o segundo onde mais se matam homossexuais, a qualquer cidadão isento de ódios e rancores de fundo psicológico, religiosos, biográficos, é evidente que alguma coisa deve ser feita. A promoção da igualdade é um dever.

Utilizar a semântica de uma forma que visa a confundir as pessoas é uma arma básica de todo demagogo. "Se alguém quer dizer e fazer alguma coisa e é impedido, então vivemos numa ditadura". Essa sentença fácil, de tão cínica, deveria dar vergonha a quem a usa. Ora, se o que se quer fazer é ofender e agredir permanentemente um grupo de cidadãos e atacar seus direitos garantidos pela constituição, é mais que óbvio que tais atos ou discursos merecem punição sim: é apenas isso que leis pelas quais grupos de defesa da igualdade de direitos lutam exigem: se uma empresa demite alguém comprovadamente por sua orientação sexual, não há nada de injusto em que a mesma seja punida; se alguém sai nas ruas com placas e faixas incitando as pessoas ao ódio contra um determinado grupo, não é de se esperar que esse grupo recorra às autoridades exigindo punição? Alguém imagina grupos religiosos em defesa da família branca brasileira saindo às ruas com faixas racistas? Alguém toleraria isso? E porque eu, na minha dignidade de cidadão brasileiro, que sempre trabalhei, estudei, e hoje sou professor universitário, teria que aceitar calmamente insultos diários na televisão, na internet, nas ruas motivados por desacordo de qualquer ordem que seja com a minha orientação sexual?

A lógica distorcida do deputado Apolinário é um exemplo dos equívocos que ignorância, má-fé, homofobia e fanatismo religioso podem causar. Equívocos que acabam fomentando, num país laico que se propõe a ser multiculturalista e tolerante, mais ódio, mais preconceito e ignorância, coisas que pensei que não encontraria neste blog.

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