Ong ajuda mulheres traídas a voltar ao mercado de trabalho

Reprodução do site da ong

Ao se casar, Sandra Teixeira, 29, deixou a profissão de cabeleireira e passou a ser dona de casa para se dedicar ao marido e a uma filha, hoje com 5 anos. Recentemente, ela se separou por ter sido traída: seu marido estava saindo com outro homem.

Sandra é uma das inscritas em cursos da Anjos do Mar, uma ong de Salvador (BA) que prepara as mulheres traída para a volta ao mercado de trabalho, além de orientá-las sobre os seus direitos de ex-mulher e saúde.

"Sofri um golpe muito forte porque, além da traição, deixei de lado minha vida profissional”, disse. Ela vai frequentar os cursos de maquiagem e massagem terapêutica.

A ong oferece também, entre outros cursos, culinária, perfumes e colônia, garçonete e artesanato. Só cobra uma taxa que varia de R$ 20 a R$ 45. Abriu 300 vagas.

“Muitas dessas mulheres deixaram o emprego a pedido do marido”, disse Vera Bittencourt, coordenadora da ong. Ela explicou que decidiu direcionar os cursos para as traídas porque recebia na ong muitas mulheres nessa situação.

Um estudo de Carmita Abdo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, revelou que os homens da Bahia são os mais infiéis. A cada 100 deles, 64 traem ou já traíram sua mulher, o que dá o percentual de 64%.

Os casados do Ceará estão em segundo lugar, com 61%, seguidos pelos do Rio Grande do Sul (60%), Minas Gerais (52%), São Paulo (44%) e Paraná (43%).

Pelo estudo, publicado em livro em 2004, as mulheres da Bahia estão entre as que menos traem, com 25,2%. Só perdem para as do Paraná, onde a taxa de infidelidade feminina é de 19,3%.

Com informação da Folha, do Instituto de Psiquiatria e do site dos Anjos do Mar.

> Justiça condena mulher a indenizar amante de marido.
julho de 2010

> Casos de traição conjugal.

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