Entre as vítimas dos padres pedófilos da Bélgica, da década de 60 até início da de 80, houve 13 suicídios. Essa informação consta no relatório que a Igreja Católica da Bélgica divulgou nesta sexta (10) com o depoimento de 124 vítimas cujos nomes não foram revelados.
O relatório foi produzido por uma comissão interna criada em janeiro para apurar as denúncias contra sacerdotes e leigos ligados à igreja, como professores de religião e monitores de colônias de jovens. Houve 475 denúncias.
O relatório foi produzido por uma comissão interna criada em janeiro para apurar as denúncias contra sacerdotes e leigos ligados à igreja, como professores de religião e monitores de colônias de jovens. Houve 475 denúncias.
Há, na lista dos predadores sexuais de todas as congregações. Nem sequer uma ficou de fora. Um terço das vitimas é do sexo masculino.
As vítimas foram assediadas pelos padres quando tinham em torno de 12 anos. Mas há casos de crianças de 2 a sete anos que também foram violentadas.
O documento foi apresentado pelo psiquiatra Peter Adriaenssens. Ele lamentou o silêncio que a igreja manteve por décadas, acobertando a pedofilia de seus sacerdotes. E sugeriu a criação de um fundo de solidariedade às vítimas e a punição dos predadores -- muitos deles ainda estão na ativa, celebrando missa.
Cronologia dos principais e recentes casos de pedofilia da igreja
Maio de 2006: O Vaticano obrigou Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, a abandonar suas funções sacerdotais após investigar várias acusações contra ele por abuso sexual apresentadas por antigos membros desta congregação ultraconservadora mexicana. Maciel faleceu em janeiro de 2008.
26 de novembro de 2009: O relatório Murphy revela que o arcebispo de Dublin ocultou abusos sexuais cometidos por sacerdotes contra centenas de crianças durante décadas.
28 de janeiro de 2010: Em Berlim, o reitor do colégio jesuíta Canisius reconhece que alguns alunos sofrieram abusos sexuais nos anos 70 e 80.
Mais casos foram revelados posteriormente em outras escolas alemãs.
1º de março de 2010: Na Holanda, a ordem dos salesianos de Don Bosco abre uma investigação sobre supostos abusos sexuais contra alunos de um internato da região de Arnhem (leste) nos anos 60.
Uma comissão episcopal holandesa registrou em agosto 1.600 "referências" em instituições religiosas.
5 de março de 2010: Revelações de dois casos de abuso sexual confirmados e de vários suspeitos no coro dos meninos cantores de Ratisbona (Baviera), dirigido durante 30 anos pelo monsenhor Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI.
16 de março de 2010: O Vaticano admite a existência no Brasil de acusações contra sacerdotes por abuso sexual. Nas semanas seguintes, pelo menos seis outros escândalos de sacerdotes pedófilos vieram à tona.
20 de março de 2010: Em uma carta pastoral aos católicos irlandeses, Bento XVI expressou a "vergonha" e "arrependimento" de toda a Igreja pelos atos pedófilos, criticando o episcopado local. Seis bispos acabaram apresentando sua renúncia, quatro das quais foram aceitas.
25 de março de 2010: O jornal The New York Times acusa Bento XVI de ter ocultado no passado um sacerdote americano acusado de ter maltratado 200 crianças surdas de uma escuela no Wisconsin (norte).
23 de abril: O bispo de Bruges (noroeste da Bélgica), Roger Vangheluwe, reconhece ter abusado sexualmente de seu sobrinho. Será o primeiro bispo a se demitir por ter cometido abusos sexuais.
2 de junho de 2010: A Conferência Episcopal Suíça indica haver 104 vítimas de abuso sexual declaradas desde janeiro.
23 de junho de 2010: a Igreja católica da Áustria cria um fundo para indenizar vítimas de abuso sexual e maus-tratos em suas instituições, após a revelação de pelo menos 200 casos desde março.
15 de julho de 2010: O Vaticano endurece suas regras para combater a pedofilia, introduzindo procedimentos rápidos para os casos mais urgentes e aumentando de 10 para 20 anos a duração da prescrição.
10 de setembro de 2010: A Igreja católica da Bélgica publica uma centena de depoimentos de vítimas de sacerdotes - de quase 500 recolhidos - e revela 13 casos de suicídio.
Com informação da agência EFE e AFP.
As vítimas foram assediadas pelos padres quando tinham em torno de 12 anos. Mas há casos de crianças de 2 a sete anos que também foram violentadas.
O documento foi apresentado pelo psiquiatra Peter Adriaenssens. Ele lamentou o silêncio que a igreja manteve por décadas, acobertando a pedofilia de seus sacerdotes. E sugeriu a criação de um fundo de solidariedade às vítimas e a punição dos predadores -- muitos deles ainda estão na ativa, celebrando missa.
Cronologia dos principais e recentes casos de pedofilia da igreja
Maio de 2006: O Vaticano obrigou Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, a abandonar suas funções sacerdotais após investigar várias acusações contra ele por abuso sexual apresentadas por antigos membros desta congregação ultraconservadora mexicana. Maciel faleceu em janeiro de 2008.
26 de novembro de 2009: O relatório Murphy revela que o arcebispo de Dublin ocultou abusos sexuais cometidos por sacerdotes contra centenas de crianças durante décadas.
28 de janeiro de 2010: Em Berlim, o reitor do colégio jesuíta Canisius reconhece que alguns alunos sofrieram abusos sexuais nos anos 70 e 80.
Mais casos foram revelados posteriormente em outras escolas alemãs.
1º de março de 2010: Na Holanda, a ordem dos salesianos de Don Bosco abre uma investigação sobre supostos abusos sexuais contra alunos de um internato da região de Arnhem (leste) nos anos 60.
Uma comissão episcopal holandesa registrou em agosto 1.600 "referências" em instituições religiosas.
5 de março de 2010: Revelações de dois casos de abuso sexual confirmados e de vários suspeitos no coro dos meninos cantores de Ratisbona (Baviera), dirigido durante 30 anos pelo monsenhor Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI.
16 de março de 2010: O Vaticano admite a existência no Brasil de acusações contra sacerdotes por abuso sexual. Nas semanas seguintes, pelo menos seis outros escândalos de sacerdotes pedófilos vieram à tona.
20 de março de 2010: Em uma carta pastoral aos católicos irlandeses, Bento XVI expressou a "vergonha" e "arrependimento" de toda a Igreja pelos atos pedófilos, criticando o episcopado local. Seis bispos acabaram apresentando sua renúncia, quatro das quais foram aceitas.
25 de março de 2010: O jornal The New York Times acusa Bento XVI de ter ocultado no passado um sacerdote americano acusado de ter maltratado 200 crianças surdas de uma escuela no Wisconsin (norte).
23 de abril: O bispo de Bruges (noroeste da Bélgica), Roger Vangheluwe, reconhece ter abusado sexualmente de seu sobrinho. Será o primeiro bispo a se demitir por ter cometido abusos sexuais.
2 de junho de 2010: A Conferência Episcopal Suíça indica haver 104 vítimas de abuso sexual declaradas desde janeiro.
23 de junho de 2010: a Igreja católica da Áustria cria um fundo para indenizar vítimas de abuso sexual e maus-tratos em suas instituições, após a revelação de pelo menos 200 casos desde março.
15 de julho de 2010: O Vaticano endurece suas regras para combater a pedofilia, introduzindo procedimentos rápidos para os casos mais urgentes e aumentando de 10 para 20 anos a duração da prescrição.
10 de setembro de 2010: A Igreja católica da Bélgica publica uma centena de depoimentos de vítimas de sacerdotes - de quase 500 recolhidos - e revela 13 casos de suicídio.
Com informação da agência EFE e AFP.
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