A Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) está solicitando aos seus afiliados e simpatizantes que enviem à imprensa uma longa e veemente carta dirigida a José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB, repudiando a “exploração da religiosidade popular com fins pessoais e eleitoreiros”.
A entidade acusa o candidato de manifestar discriminação contra os ateus quando afirmou, em uma emissora de tv católica, achar “bom que o presidente da República acredite em Deus”. "Não há outra palavra para esse tipo de opinião, Serra: preconceito.”
A Atea também não gostou da afirmação do tucano segundo a qual “todas as doutrinas convergem naquilo que é o essencial: que Jesus é a verdade e a justiça”.
A entidade entende que Serra, em seu discurso, privilegia os cristãos em prejuízo dos devotos de outras crenças, como os muçulmanos, judeus, hinduístas, além dos ateus e agnósticos.
A influência religiosa nestas eleições -- com a pregação contra a legalização do aborto e da união gay -- tem sido de uma abrangência sem precedente.
Com algumas exceções, entre as quais a Igreja Universal do Reino de Deus, evangélicos e católicos se uniram contra a candidata governista Dilma Rousseff cujo programa do partido prevê a liberação do aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Serra, o segundo colocado nas pesquisas, tem procurado capitalizar essa “cruzada santa”. A Atea, em sua carta, lembra a Serra que o Estado é laico e que o poder “não emana de qualquer religião ou ideia religiosa”.
Embora Dilma, na defensiva, tenha falado muito em religião nos últimos dias, inclusive firmando pacto com pastores aliados, ela foi poupada pela Atea.
Com informação da Atea.
> Ateísmo. > Religião no Estado laico. > Religião na política.
A entidade acusa o candidato de manifestar discriminação contra os ateus quando afirmou, em uma emissora de tv católica, achar “bom que o presidente da República acredite em Deus”. "Não há outra palavra para esse tipo de opinião, Serra: preconceito.”
A Atea também não gostou da afirmação do tucano segundo a qual “todas as doutrinas convergem naquilo que é o essencial: que Jesus é a verdade e a justiça”.
A entidade entende que Serra, em seu discurso, privilegia os cristãos em prejuízo dos devotos de outras crenças, como os muçulmanos, judeus, hinduístas, além dos ateus e agnósticos.
A influência religiosa nestas eleições -- com a pregação contra a legalização do aborto e da união gay -- tem sido de uma abrangência sem precedente.
Com algumas exceções, entre as quais a Igreja Universal do Reino de Deus, evangélicos e católicos se uniram contra a candidata governista Dilma Rousseff cujo programa do partido prevê a liberação do aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Serra, o segundo colocado nas pesquisas, tem procurado capitalizar essa “cruzada santa”. A Atea, em sua carta, lembra a Serra que o Estado é laico e que o poder “não emana de qualquer religião ou ideia religiosa”.
Embora Dilma, na defensiva, tenha falado muito em religião nos últimos dias, inclusive firmando pacto com pastores aliados, ela foi poupada pela Atea.
Com informação da Atea.
> Ateísmo. > Religião no Estado laico. > Religião na política.
Comentários
Estranho: ateus se colocando como representantes de crenças que teriam sido desprezadas pelo candidato Serra.
Deste jeito, não dá para levar a sério esse pessoal.
Entendo a posição da Atea. Ela simplesmente não quis colocar os ateus como únicas vítimas dos comentários do Serra.
Eu, como ateu e associado da Atea, prefiro uma postura dessa, de respeito mútuo. Afinal, não é por que discordamos em algumas idéias que temos de ser a favor da falta de respeito para quem pensa diferente.
ambos estão utilizando da religião de maneira errada.
Religião significa religar, e segundo Hegel, a separação ocorre no momento em que o homem sai do estado de natureza, e entra no mundo da cultura, do artifício; onde regras, convenções, e arbítrio ou poderes, e determinações, o remodelam, e o redefinem. O homem separado de sua essência, que é comunidade, que é amor, que é associação, solidariedade, partilha, entra num jogo de competição, rivalidades, um querendo pisar no pescoço do outro, um querendo ver a caveira do outro, um querendo ver a derrota do outro, um querendo destruir o outro. Escravizados à lógica única do dinheiro ,como meio absoluto e universal das relações humanas, todos os sentimentos vinculantes, de pertença, filiação, outrora mediados pelas religiões de deuses; agora são produzidos , consumidos e subsumidos na aquisição de objetos, mercadorias, valores monetários, status, místicas funções dos antigos ídolos e totens , projetados na nova religião universal mercadorificada, como valores espirituais, metafísicos.
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